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quinta-feira, 20 de março de 2014

CRÍTICA A brutalidade da guerra é tema de O grande herói

Filme, que estreia nesta quinta-feira (20/02), conta a história de um sobrevivente

Publicado em 20/03/2014, às 06h01

Cena de O grande herói / Paris Filmes/Divulgação

Cena de O grande herói

Paris Filmes/Divulgação

Jornalista, escritor, soldado e cineasta, Samuel Fuller descreveu a experiência dele no front da Segunda Guerra Mundial em Capacete de aço, Baionetas caladas e Agonia e glória – filmes que ainda guardam em suas imagens o cheiro do campo de batalha. Para ele, “a única glória da guerra é sobreviver”.
A máxima de Samuel Fuller teima em permanecer atual. Ela ganha uma nova tradução em O grande herói, um filme de guerra magnífico e brutal, a principal estreia na segunda semana em que os lançamentos cinematográficos passaram da sexta para a quinta-feira no Brasil.
A história contada pelo ator e diretor Peter Berg é uma missão da Guerra ao Terror – como ficaram conhecidas as ações do Exército americano no Oriente Médio durante a caça a Osama bin Laden.

O título brasileiro do filme – Lone survivor, no original – tenta camuflar o que o espectador fica sabendo em poucos minutos de projeção. Sem se importar em revelar a essência da história, Peter Berg mostra o resgate de um soldado à beira da morte.

Ele é Marcus Luttrell (Mark Wahlberg, também produtor), um soldado das Forças Especiais da Marinha (Navy Seals) que, junto com outros três colegas, saem em missão para capturar – ou matar – um líder talibã, nas montanhas do Afeganistão, e são surpreendidos por cerca de 200 guerrilheiros inimigos. O fato aconteceu em maio de 2005.
Antes mesmo de entrar na ação, Berg abre o filme com imagens de treinamentos militares que preparam os soldados para resistir a qualquer situação. São aquelas imagens reais, aterradoras e desumanas, que costumam aparecer em programas de TV, principalmente quando algum deles não aguenta.

Berg, com toda certeza, não se importa também em agradar a espectadores sensíveis demais ao que acontece num confronto de vida e morte. Mas ele tenta ao menos mostrar que os soldados não são apenas “feras da guerra”. Eles também amam suas mulheres e namoradas e nem sempre se levam a sério.

Como sabemos desde o início que a história terá um único sobrevivente, o que resta ao espectador é ver como os outros soldados irão morrer. Na missão, Marcus é acompanhando por Michael Murphy (Taylor Kitsch), Danny Dietz (Emile Hirsch) e Matt Axe Axelson (Ben Foster). Os quatro atores estão soberbos.

As sequências em que os soldados enfrentam os talibãs chocam e assustam pelo realismo extremo com que foram filmadas. Para sobreviver, eles pulam de penhascos e rolam ladeira abaixo em terreno pedregoso e cheio de árvores. Acredite, você nunca viu isso antes.

Além disso, o filme aponta que as falhas de equipamento e de comando foram as principais responsáveis pela morte dos soldados. Simples assim. Curto e grosso.

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