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quarta-feira, 16 de abril de 2014

ALFÂNDEGA Receita Federal retém duas toneladas de tecidos suspeitos de falsificação

Cargas vieram da China e foram avaliadas em R$ 70 mil

Publicado em 16/04/2014, às 18h39

Da editoria de Economia

A Receita Federal no Porto de Suape reteve duas cargas de material infantil com fortes indícios de falsificação. Nas cargas estavam duas toneladas de tecidos com desenhos dos personagens Ben 10, Mickey, Pato Donald, além de 21 guarda-chuvas com desenhos parecidos com a Hello Kitty. As duas cargas vieram da China e foram avaliadas em R$ 70 mil. Os donos das marcas foram contatados pela Receita e se comprovarem a falsificação do material, as mercadorias que estão retidas, serão efetivamente apreendidas e os importadores poderão responder criminalmente por uso indevido da marca.

Segundo o inspetor-chefe da Alfândega, Carlos Eduardo Oliveira, a descoberta dos tecidos suspeitos foi feita durante uma conferência da carga. “Eram rolos de tecidos de mais de 23 toneladas, mas 2 delas tinham a estampas. Pode ser uso indevido de personagem protegido. A Disney e a dona do Ben 10 já foram contatados e terão 10 dias para entrar com pedido de apreensão judicial. Se não fizerem isso, a carga poderá ser liberada”, comentou. O nome das empresas compradoras não foi divulgado, mas são companhias que importam regularmente por Suape. 

De acordo com o inspetor, a preocupação da Receita é proteger quem investiu dinheiro nessas marcas. “É por isso que não se trata de uma apreensão e sim de uma retenção. A gente avisa ao dono da marca para ela confirmar se é ou não falsificação”, diz. Na sua avaliação, há importadores e também tipos de cargas que naturalmente levantam suspeitas e frequentemente há casos de retenção. “Há alguns critérios que adotamos para manter a vigilância e repressão em relação a todas as cargas que passam pelo porto”, avisa. 

Segundo o fiscal, somente no ano passado, mais de 12 mil produtos falsificados foram apreendidos no Porto de Suape, entre produtos como a bola Jubilam da Adidas, bolsas Louis Vuitton e outros produtos e marcas. “Também já pegamos 100 capas para tabletes com marcas da Disney, 7 mil caixas de lâminas de barbear com a marca ‘Gilere’. Tudo isso é risco grave para o consumidor. A lâmina, por exemplo, analisamos com lupa e parecia um serrote. Mais de 1000 relógios Tommy Hilfiger, mochilas, bicicletas BMW, cadeiras da marca Disney”, enumera. 

Oliveira explica que há alguns anos a Receita Federal ampliou ao cerco a produtos falsificados. “O Brasil já chegou a figurar o ranking de países lenientes com a pirataria. Hoje somos um dos que mais combatem”, diz.  “Em Foz do Iguaçu, por exemplo, combatemos bastante a entrada de remédios falsificados.”  

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