3 de março de 2016 - 11h05
A coordenadora do Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas de Honduras (Copinh), Berta Cáceres, foi assassinada em sua casa na madrugada desta quinta-feira (3) em La Esperanza, na região oeste do país. Segundo as primeiras informações relatadas por fontes locais, homens não identificados e armados invadiram a casa de Cáceres enquanto ela dormia e a mataram e feriram seu irmão.
GoldmanPrize
Berta Cárceres denunciou as ameaças que vinha recebendo há pouco mais de uma semana, em coletiva de imprensa
Cáceres era líder da comunidade indígena Lenca e de movimentos de camponeses hondurenhos, defensora de direitos humanos e ativista ambiental. Há pouco mais de uma semana, concedeu uma coletiva de imprensa onde denunciou que quatro dirigentes de sua comunidade haviam sido assassinados e outros, incluindo ela, estavam recebendo ameaças.Em 2015 recebeu o prêmio Goldman, considerado o Nobel do Meio Ambiente, em decorrência de sua luta em defesa das comunidades rurais hondurenhas. Na ocasião Cáceres afirmou "O que nos inspira não são os prêmios, mas os princípios. Aqui, com reconhecimento ou sem, lutamos e vamos continuar lutando".
As comunidades indígenas lencas, que habitam o ocidente hondurenho lutam em defesa de seu território ancestral que está ameaçado por projetos hidroelétricos e mineradoras aprovados pelo governo sem consultas aos moradores.
Cáceres dedicou sua vida a denunciar as expropriações e violação aos direitos humanos impulsionadas pelo governo em territórios ancestrais. Além disso, cobrou ampliação de serviços básicos de saúde e assistência rural. Também não se curvou diante das tentativas norte-americanas de implementar bases militares no território Lenca.
Do Portal Vermelho, com agências
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