Com a irritação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em relação à Operação Métis, da Polícia Federal, que fez batida na Casa e prendeu policiais legislativos, o governo de Michel Temer está em alerta agora com a tramitação da PEC 241 no Senado, sua prioridade número um; isso porque Renan é peça-chave na votação da PEC do teto dos gastos, e pode dar a velocidade que quiser na tramitação da proposta; o senador está especialmente irritado com o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, a quem chamou de "chefete de polícia" em coletiva nesta segunda-feira.
247 - Com a irritação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em relação à Operação Métis, da Polícia Federal, que fez batida na Casa e prendeu quatro agentes da Polícia Legislativa na última sexta-feira 21, a equipe do Palácio do Planalto está em alerta agora com a tramitação da PEC 241 no Senado, prioridade número um do governo Temer.
Isso porque Renan é peça-chave na votação da PEC do teto dos gastos, e pode dar a velocidade que quiser na tramitação da proposta. Nas palavras da jornalista Helena Chagas, do site Os Divergentes, Renan costuma "dar o troco em plenário". Alertado sobre isso, Temer chamou o presidente do Senado para conversar.
A verdade é que não está sendo fácil convencer Renan de que não há o envolvimento do ministro da Justiça, Alexandre Moraes, no caso. Michel Temer chegou a chamar Moraes no sábado e cobrar explicações sobre a ação a fim de mostrar a Renan que nada sabia e nem autorizou.
No dia da operação, Mores afirmou em coletiva de imprensa que os policiais legislativos "extrapolaram" suas funções. A declaração deixou Renan furioso, o que ficou claramente demonstrando em seu discurso nesta segunda-feira 24.
Em declaração a jornalistas sobre a operação da PF, a qual chamou de "invasão", Renan chamou Moraes de "chefete de polícia" e o juiz que autorizou a ação, Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, de "juizeco de primeira instância" (leia mais).
Como se não bastasse a Operação Lava Jato, que se aproxima do Planalto com o anúncio da delação de 50 executivos da Odebrecht, e os índices negativos na economia, o governo de Michel Temer passa agora por uma crise inesperada, que pode ameaçar sua agenda econômica.
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