"Segundo o Ministério Público Federal, essa palestra que aconteceu em 7 de maio de 2014, em Luanda, Angola, não existe", diz post na página do ex-presidente no Facebook, acompanhado de um vídeo de 10 minutos com trecho da palestra e o áudio da íntegra da fala de Lula; segundo a acusação do Ministério Público Federal, Lula teria favorecido a Odebrecht com empréstimos no BNDES em troca da contratação da empresa de seu sobrinho em Angola e de palestras suas no país africano; segundo a defesa do ex-presidente, a acusação é "absurda", primeiro, porque "as decisões do BNDES são colegiadas", e Lula não participava delas; além disso, "se Lula não é funcionário público desde 2011 não pode lhe ser imputado o crime de corrupção ou tráfico de influência", afirmam os advogados
247 - A equipe do ex-presidente Lula publicou nesta sexta-feira 14 no Facebook
uma palestra dele em Angola, na África, que o Ministério Público Federal afirma
não existir.
"Segundo o Ministério Público Federal, essa palestra que aconteceu em 7 de
maio de 2014, em Luanda, Angola, não existe", diz o post, acompanhado de um
vídeo de dez minutos com trecho da palestra e o áudio da íntegra da fala de Lula.
Segundo a acusação do Ministério Público Federal, Lula teria favorecido a
Odebrecht com empréstimos no BNDES em troca da contratação da empresa do
sobrinho de Lula no primeiro casamento, a Exergia, em Angola, e de palestras
suas no país africano.
Segundo a defesa do ex-presidente, a acusação é "absurda" por uma série de
motivos. Confira abaixo a íntegra do esclarecimento dos advogados sobre o
assunto:
A acusação: Lula teria trocado empréstimos do BNDES pela contratação da
empresa de sobrinho em Angola e palestras no país
Porque é absurda: As decisões do BNDES são colegiadas, tomadas por
funcionários do banco, e Lula não participava delas quando era presidente
tampouco após deixar a presidência, em 2011. As decisões do BNDES são
devidamente assinadas pelos responsáveis pelos empréstimos do banco, que
não estão na denúncia. São mais de 40 pessoas que analisam e participam do
processo de aprovação de cada empréstimo. Lula fez palestras, todas
devidamente registradas e comprovadas, como vários outros ex-presidentes.
Atos perfeitamente legais para um cidadão privado, que agora os procuradores
querem rever, sem provas, munidos apenas de preconceito e insinuações. Além
disso, se Lula não é funcionário público desde 2011 não pode lhe ser imputado o
crime de corrupção ou tráfico de influência. As relações entre Odebrecht e
Exergia (da qual o filho do ex-cunhado de Lula é sócio) são relações entre duas
empresas privadas. Lula não recebeu qualquer valor da Exergia, o que é
provado pela quebra de sigilo bancário e fiscal do ex-presidente, que não
mostra um centavo vindo da empresa.
Confira o post:
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