Michel Temer recebeu, neste feriado, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, um dos articuladores do golpe parlamentar contra a presidente Dilma Rousseff, para pedir conselhos sobre como consertar a economia, que afundou em razão da instabilidade política dos últimos dois anos; da reunião, no Palácio do Jaburu, também participou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, que poderá controlar o prazo da ação em que o PSDB pede a cassação da chapa Dilma-Temer; ou seja: fica claro que Temer está nas mãos do PSDB e de Gilmar e terá que executar a "ponte para o futuro", com medidas como a PEC 241, que impõe um Estado mínimo por 20 anos, e a reforma da Previdência, com idade mínima de aposentadoria aos 65 anos, se quiser continuar no poder
247 - Michel Temer se reuniu nesta quarta-feira (12) com dois personagens centrais da trama política brasileira: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que articulou o golpe parlamentar contra a presidente Dilma Rousseff, e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, que é também presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
A FHC, Temer pediu conselhos sobre como consertar uma economia que foi arruinada pela sabotagem política, que paralisou o País nos últimos dois anos e levou ao impeachment de Dilma, na aposta tucana do "quanto pior, melhor".
Com Gilmar, o encontro se tornou ainda mais polêmico, uma vez que ele colocará em pauta, ou não, a ação movida no TSE que pede a cassação da chapa Dilma-Temer e que pode, portanto, apeá-lo do poder.
Ontem, por exemplo, o senador cassado Delcídio Amaral depôs nesta ação e afirmou que a chapa vitoriosa em 2014 recebeu propina nas obras de Belo Monte, com a maior parte do dinheiro destinada ao PMDB, presidido por Temer.
Com o encontro desta quarta-feira, Temer sinaliza ser refém tanto de FHC quanto de Gilmar. O PSDB exige dele que faça o "trabalho sujo" da "ponte para o futuro", com reformas como o teto de gastos por 20 anos, a abertura do pré-sal e a reforma da Previdência, com idade mínima aos 65 anos.
E Gilmar, em último caso, é quem define a pauta do TSE, na ação de cassação movida pelos tucanos.
De acordo com os relatos oficiais, FHC parabenizou Temer pela aprovação em primeiro turno da iniciativa na Câmara dos Deputados e disse que o mercado financeiro reagiu bem à proposta.
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