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sábado, 29 de outubro de 2016

O Brasil do Judiciário golpista — Lula, Dilma, Serra, Carmem, Gilmar e Moro — Renan não é santo, mas acertou



26 de Outubro de 2016

A PGR (MPF) é o DOI-Codi. A PF é o Dops. O STF paga para ver e dá o alicerce, ampara e protege as ações persecutórias e arbitrárias de meganhas que transformaram o Brasil, mais uma vez, em uma republiqueta das bananas, bem como cúmplice do golpe de direita e das oligarquias contra uma presidente constitucional, eleita legalmente com 54,5 milhões de votos e que não cometeu quaisquer crimes de responsabilidade. O STF deveria saber que quem quer respeito tem que se dar o respeito". (DSF)
O senador Renan Calheiros (PMDB) tem razão ao chamar o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, de "juizeco de primeira instância", bem como chamar o ministro da Justiça, Lex Luthor, vulgo Alexandre de Moraes, de "chefete de polícia". Não que eu considere o presidente do Senado um santo, pois o Brasil sabe muito bem que o político das Alagoas teve participação no golpe de estado e parlamentar contra Dilma Rousseff, a presidente legítima, constitucional, e que não incorreu em crimes.
Porém, a mandatária trabalhista foi derrubada do poder por um golpe de terceiro mundo (mais um), para que as atrasadíssimas oligarquias retomassem o poder central e pudessem fazer o que estão a fazer: desmontar o estado nacional, dar fim aos programas de inclusão social, efetivar o programa de governo ultraliberal do derrotado PSDB, em quatro eleições presidenciais consecutivas, vender a toque de caixa as estatais, principalmente a Petrobras, empresa simbólica, que no imaginário brasileiro representa a independência e o desenvolvimento do Brasil, fato este que causa ódio e rancor aos "aristocratas" de província e cucarachas endinheirados de Miami.
Estas importantes questões deixam, indubitavelmente, inconformada a grande burguesia proprietária da casa grande, que sempre lutou por um País dependente, vinculado à órbita dos Estados Unidos e sem influência e expressão internacional, porque, na verdade, os golpistas de direita querem usufruir e se locupletar no Brasil, como se o País fosse um gigantesco e eterno fazendão do século XIX e das primeiras décadas do século XX.
Os escravocratas e imperialistas querem um País para poucos, com um estado mínimo, mas que propicie a transferência do dinheiro e do patrimônio público para a iniciativa privada, que, apesar de cantar loas e boas a tudo que é particular, jamais abriu mão das benesses do estado, que mantém seus benefícios e privilégios, por intermédio da venda das estatais, de publicidade e propaganda e de opulentos empréstimos mediante os cofres de bancos estatais e de fomento. Tanto os empresários do setor rural quanto do urbano vivem sob o guarda-chuva do Estado. Aquela conversa fiada de que "não existe almoço grátis" só serve mesmo para a população, que ganha pouco e, por sua vez, tem dificuldade para ter crédito.
Instituições bancárias a exemplo do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, do BNDES, do Banco do Nordeste do Brasil e do Banco da Amazônia. Crédito apenas para os empresários, pois o estado patrimonialista é, na verdade, a torneira aberta para inundar de dinheiro e de riquezas a plutocracia nacional e internacional. O que interessa a esses grupos alienígenas e fundamentalistas do mercado é, sem dúvida, manter o Brasil eternamente como País emergente, mediano, mas sem voz ativa nos fóruns internacionais, como a ONU e o FMI. Dar fim à diplomacia independente, autônoma e não alinhada dos governos do PT é o que está a acontecer, com o antirrepublicano e antinacionalista José Serra, um privatista fanático, ligado às corporações multinacionais.
A verdade é que tal tucano golpista há muito tempo deveria estar preso por motivo de crime de lesa-pátria. Trata-se de um conspirador, sabotador e traidor da Pátria, que elaborou um projeto de privatização do Pré-sal, porque já sabia, de antemão, que Dilma Rousseff sofreria um golpe criminoso por parte de burocratas e agentes do Judiciário e de políticos do Congresso ligados às oligarquias e aos grupos econômicos insatisfeitos com o Governo Trabalhista. Serra tem um comportamento psicótico e pernicioso, mesmo a ser delatado por vários empreiteiros no âmbito da Lava Jato.
Blindado pela imprensa de negócios privados dos magnatas bilionários e pelo Judiciário, o usurpador do PSDB chegou ao Executivo por intermédio de um golpe de estado à moda paraguaia. O ativista da UNE dos tempos da ditadura militar se transformou em um reles golpista e totalmente compromissado com as petroleiras transnacionais e com o mercado de capitais. Serra é o que se poderia chamar de um pária a serviço dos interesses corporativos e privados.
Como todo traidor e golpista tem um viés para a ilegalidade e nenhuma autocrítica, tal sujeito se considera apto a mandar no Brasil, sem, no entanto, ter sido eleito pelo povo brasileiro, no que diz respeito a comandar setores tão importantes do Governo Federal, como os são o Itamaraty e a Petrobras. Pedro Parente, o privatista obsessivo e presidente golpista da estatal, é subordinado de Serra, que é tucano, sendo que o candidato derrotado, Aécio Neves, do PSDB, perdeu a eleição para Dilma, e, com efeito, o programa entreguista e ultraliberal dos tucanos foi rejeitado pela maioria dos eleitores.
Contudo, o governo usurpador da dupla *mishell temer/PSDB está a impor a fórceps um programa econômico draconiano, que prejudica de morte a Nação, sem, no entanto, ter a autoridade do voto soberano do povo brasileiro. Serra é um dos fiadores do governo corrupto de *mishell, afinal o partido dos tucanos assumiu vários ministérios, todos eles de relevância e com orçamentos gigantes. O PSDB entrou para história, quer queira ou não, como um partido golpista de caráter udenista/lacerdista, conforme vai registrar, indelevelmente, a história. O PSDB saiu de cima do muro e assumiu, definitivamente, ser o partido da plutocracia, do empresariado, além de ser o mais importante do campo da direita. Os tucanos abraçaram o golpe. O PSDB é a direita. Ponto.
A intenção do consórcio golpista que conquistou o poder, por meio de um golpe criminoso, é fazer com que o Brasil seja um grande canal, ou seja, um duto para repassar riquezas, mas manter as desigualdades sociais, de forma que o povo continue sem instrução e sem acesso ao conhecimento, uma forma perversa e diabólica de se manter uma imensa Nação indefinidamente sob grilhões, como massa de manobra, a ter seus braços para servir a burguesia, e só.
A verdade é que neste infeliz e azarado País viceja a mais estúpida, perversa e preconceituosa burguesia do mundo ocidental. Trata-se da "elite" que faz juras ao retrocesso, sendo que, antes de tudo e qualquer coisa, luta contra o Brasil. A verdade é que o inimigo real do povo brasileiro e dos interesses desta Nação é interno e não externo, porque os estrangeiros não precisam usar de força militar ou de pressão econômico-financeira para ter acesso às riquezas do Brasil, como fizeram no Iraque e na Líbia, por exemplo. E por quê? Porque temos nessas terras uma casa grande entreguista, feudal, subordinada e subserviente às potências ocidentais, ao tempo que de visão estratégica míope e pensamentos imperiais perante os países latinos, africanos, árabes e o povo brasileiro, que sempre foi tratado pelas classes dominantes apenas como mão de obra barata, cujo lugar é a senzala e nada mais.
Dito isto, volto a refletir sobre as palavras e as ações de Renan Calheiros em relação à Lava Jato e seus "Intocáveis", além de aproveitar para citar também o delegado irresponsável, Filipe Hille Pace, talvez o alter ego do famoso delegado aecista, Márcio Anselmo, que, vez ou outra, acusa Lula de ter cometido crimes sem apresentar quaisquer provas. Anselmo e seus parceiros de menganhagem de Curitiba xingavam afrontosamente Lula e Dilma pelo facebook, no decorrer das eleições presidenciais de 2014. É esse pessoal da ativa e em pleno exercício profissional como servidor público que denuncia, acusa, julga e quer prender Lula, mas que age como inimigo do ex-presidente e absurdamente como se fosse uma questão pessoal, a inclusive participar de escaramuças político-eleitorais. Durma-se com um barulho desse.
Agora temos o delegado da PF, Filipe Hille Pace, a dar "batatadas", a torto e a direito. Toda semana aparece um meganha do Judiciário para fazer algo estúpido e sem pé nem cabeça, com o objetivo de manchar a imagem de Lula e desconstruir sua memória política e o legado social de seus dois governos. O referido sujeito, que não participa diretamente das investigações, como frisou o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, fez uma denúncia vazia, mas com propósito político, evidentemente. Os federais só querem fazer política, mas fiscalizar e guardar as imensas fronteiras do Brasil e trocar tiros com traficantes de armas e drogas, os policiais da PF não querem. Lógico. Matar e prender bandidos armados não dá mídia e nem status, assim como poderá ser muito perigoso. Além disso, eles devem sentir enfado ou tédio...
Luiz Inácio Lula da Silva foi acusado de ser o "Amigo", codinome que consta em planilha de pagamentos de propinas por parte da Odebrecht. Para o delegado Hille Pace, que deve ter tido uma crise gravíssima de alucinação propiciada pela abstinência midiática, Lula teria recebido R$ 23 milhões. O "Amigo" é o Lula, e pronto, o meganha assim decidiu. Ponto final e fim de papo! Não há provas; porém, e daí? Não vem ao caso..., como gosta de afirmar o juiz Sérgio Moro, quando perguntam a ele sobre os crimes de corrupção, abuso de poder, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha praticados pelos políticos do PSDB, do PPS e do DEM, que ora usurpam a Presidência da República, seus ministérios e suas estatais por meio de um golpe bananeiro e terceiro-mundista. O delegado está cheio de "convicções". Ele é mais um dos "gênios" da PF e do MPF.
A verdade é que a lista da Odebrecht envolve os políticos de todos os partidos. Entretanto, vejam só, não constam os nomes de Lula e de Dilma, para o desgosto do Sérgio Moro, do Rodrigo Janot, dos delegados aecistas e dos procuradores obsessivos pelo Lula, somente pelo político trabalhista, mas jamais pelos tucanos "ingênuos" e dignos da modéstia e da simplicidade de ermitões moradores de cavernas. O MPF do power point. A PF das escutas ilegais em mictórios de presos da Vara do Moro. A PF do agente japonês herói dos coxinhas e preso por contrabando. O meganha que escoltava presos e a usar tornozeleira. Um absurdo! Grande esculhambação! Aliás, a transformação do País em "Casa da Mãe Joana", para que a direita retratada nas oligarquias possa ganhar mais dinheiro do que já ganha. Praxe de sua história.
Incrível disparate, deboche e escárnio com a sociedade brasileira, pois falo do segmento mais atento e que não se deixa levar pelas manipulações, distorções e mentiras da imprensa de mercado deste País, que liderou, em 2016, mais um golpe violento e vexaminoso no Brasil, conforme percebeu a imprensa conservadora dos países desenvolvidos. Realmente, não dá, mesmo se um coxinha demente e de direita forçar a barra, considerar comunista, petista e esquerdista a imprensa estrangeira do mundo ocidental e porta-voz do grande capital em âmbito mundial.
Só que teve incontáveis coxinhas despolitizados e paneleiros de barrigas cheias que chamaram pelas redes sociais o New York Times, o Clarin e o Financial Times, por exemplo, de publicações petistas. Trata-se de uma inacreditável idiotice e burrice, a toda prova. Tais publicações poderosas, a exemplo de outras, como o Le Monde, o El Pais, o Corriere Della Sera e o Washington Post consideraram golpe o que houve no Brasil. E quem não sabe disso? Respondo: os coxinhas de classe média, os togados e meganhas do Judiciário, os políticos golpistas que afrontaram a Constituição e o Estado de Direito, para tomar de assalto o poder central e a imprensa privada e nativa, uma das mais bárbaras e corruptas do mundo, a ter as Organizações(?) Globo a liderar tão grande patifaria e cafajestada contra a ordem democrática, os 54,5 milhões de eleitores que votaram no PT e contra Dilma Rousseff, a presidente legalmente reeleita e constitucional.
Contudo, o advogado Cristiano Zanin Martins não deixou por menos e respondeu à altura e para o endereço certo: "A Lava Jato não apresentou qualquer prova que possa dar sustentação às acusações. (...) Uma autoridade {Filipe Hille Pace} que não é a responsável pelas investigações em relação a Lula emitiu sua 'convicção', sem lastro, para atacar a honra e a reputação do ex-presidente. Tal posicionamento não pode, assim, ser tratado como oficial, mas tão somente como a indevida e inconsequente opinião de um membro da Polícia Federal" — afirmou o advogado, para logo complementar: "Todas as contas de Lula já foram analisadas pela Polícia Federal e nenhum valor ilegal foi identificado".
E é verdade. Lula, sua família, seus amigos e funcionários, além do Instituto Lula e a empresa de palestras LILS têm sido investigados duramente e desrespeitosamente, com vazações criminosas sistemáticas e promovidas por servidores do Judiciário pagos a peso de ouro pelo contribuinte brasileiro. Além disso, percebe-se nitidamente que existe um processo persecutório e covarde que se levanta contra o ex-presidente Lula, talvez o político, volto a ressaltar, mais investigado da história do Brasil e que, apesar de estar há seis anos afastado do poder, enfrenta um consórcio de direita formado pelo Judiciário, imprensa comercial, grandes empresários e políticos golpistas, que ora estão a desmontar o Brasil em prol das empresas e bancos. Transferência das riquezas do País para o mundo privado sem disfarçar, pela força do golpe, na cara dura, para quem quer ver ou não.
O Judiciário que arrogou para si, indevidamente e inapropriadamente, a responsabilidade de intervir na governança deste País, além de se sobrepor, de forma surreal, aos outros poderes da República, exemplificados no Legislativo e no Executivo. Esses servidores simplesmente pararam o Brasil e cooperaram, e muito, para afundar sua economia. Sugiro que depois os milhões de trabalhadores desempregados se dirijam a Curitiba, a capital do golpe bananeiro, para pedir emprego lá na Vara do Moro, além de irem tentar uma colocação empregatícia na PGR e no STF, o que será inútil, porque temos um Judiciário dos mais caros do planeta e sem credibilidade para milhões de brasileiros, que há muito tempo não confiam em uma Justiça burguesa, cujos membros são aliados e até subservientes aos interesses do grande capital.
Eles são simplesmente "aristocráticos". Por isto que quando o governo turco derrotou o golpe, a primeira coisa que o presidente Recep Tayyip Erdogan fez foi mandar prender centenas de juízes, procuradores e delegados. E por quê? Porque, em qualquer lugar do mundo, não há como se dar um golpe de estado sem a cumplicidade e a participação de membros do Poder Judiciário. Foi o que ocorreu no Brasil também em 1964 e agora em 2016. O Judiciário brasileiro, ratifico, é peça-chave do golpe de um consórcio de direita, que não aceitou a derrota eleitoral de 2014 para o Partido dos Trabalhadores de Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva.
É exatamente o que ouço nas ruas, no trabalho e na vizinhança quando converso com as pessoas. Quem vai confiar numa Justiça dessa e num MPF desse? E o que dizer da PF? Uma Justiça seletiva, que tem lado e preferências, o que é um absurdo e que blinda a todo custo os demotucanos, que se tornaram no Brasil uma classe à parte, como se vivessem em um mundo paralelo, onde a Constituição e o Código Penal brasileiros não têm validade, pois letras mortas. E por quê? Porque os tucanos do PSDB, do DEM e do PPS são simplesmente i-nim-pu-tá-veis! E todos nós, os brasileiros, somos idiotas e... burros. Não dá para concordar e aceitar. Inaceitável. Simples assim.
Além da acusação alucinada e despropositada a Lula por parte do delegado Filipe Hille Pace, verifica-se também que o chefete de polícia, Alexandre de Moraes (Lex Luthor), sujeito que não tem limites, que vive a pensar que o Brasil é a província conservadora de São Paulo e controlada por tucanos há 20 anos. Trata-se do fascismo em todo sua grandiloquência e esplendor. Moraes é o que São Paulo produz de pior, porque fruto do fáscio paulista e useiro e vezeiro em mandar a polícia bater em trabalhadores e a reprimir os movimentos sociais e de reivindicações.
Não se pode esquecer que a burguesia paulista e seus governos lideraram a repressão nos tempos da ditadura militar, a ter como símbolo de violência e tortura o Dops do delegado de triste memória, Sérgio Paranhos Fleury. A PF vai ao Senado, prende policiais do Legislativo, que têm, por força de Lei, autoridade para agir e realizar ações sobre tudo que é pertinente ao Senado, inclusive, no que tange a proteger os senadores e a instituição, a fazer varreduras de possíveis grampos, porque somente um ingênuo ou um omisso negligenciaria a segurança da Casa e dos parlamentares.
O Congresso Nacional e suas câmaras alta e baixa são poderes da República autônomos e não podem ser subjugados por uma corporação de segundo escalão, que é a Polícia Federal, bem como pela Vara do juiz Sérgio Moro, que é de primeira instância. Não discuto o mérito da questão, que é o combate à corrupção, que deve e tem de ser sempre feito. Não é isto. O que está em jogo é a continuação do golpe, que tem por objetivo final destruir Lula como liderança política e popular. Ninguém é ingênuo, muito menos este articulista autor deste artigo.
A PF sabe disso, como também o sabe a PGR e o STF de Carmem Lúcia, juíza recém-empossada como presidenta do STF. A chamei de PRESIDENTA porque ela deu declarações, a debochar da presidenta Dilma, que foi derrubada por um golpe criminoso e a magistrada sabe disso. Ela também não é ingênua. Só que Carmem Lúcia gosta do "bom português", como ela disse, assim como ser chamada de presidente com "e" no final ao invés de "a" no fim da palavra. Parabéns para ela.
Contudo, acho que a juíza poderia também não gostar de golpe de estado travestido de legal e legítimo. Afinal, ninguém é idiota. Ou ela considera que não houve um golpe no Brasil? Entretanto, antes de assumir o STF, Carmem ironizou Dilma Rousseff, uma mulher que foi injustamente sacrificada, ao ponto de ser alvo de selvageria e barbarismo, porque golpe é barbarismo e selvageria, geralmente praticado pelos moradores da casa grande, que se consideram, hipocritamente e cinicamente, "cultos" e "civilizados". Só que, cara pálida, grandes escritores escreveram a palavra "presidente" com "a" no final, a exemplo de Carlos Drumond de Andrade, dentre inúmeros intelectuais, além de também constar nos dicionários. Não sei se Carmem Lúcia acha Drumond um admirador do "bom português", como a juíza se considera, mas sei que incontáveis brasileiros admiravam o português do poeta mineiro.
A verdade é que a bronca da presidenta (escrevi com "a") do STF é também devido o senador Renan Calheiros, que, ratifico, não é santo, chamar o juiz Vallisney de Souza Oliveira, de Brasília, de "juizeco" de primeira instância. A verdade é que juízes que se dão o respeito se reportam apenas aos autos dos processos. Juízes que se dão respeito para serem respeitados não visitam e não participam de eventos com tucanos inimigos dos governos petistas. Juízes que se dão respeito não são ligados às mídias golpistas, não vazam processos, delações e áudios e nem usam seus poderes constitucionais e institucionais para criminalizar o investigado ou o preso, que ainda vai ser julgado, assim como muito menos agem como promotores, a fazer acusações a Lula ou a quaisquer indiciados ou réus, por exemplo, como o fez o juiz Moro em documento para o ministro do STF, Teori Zavascki, a respeito do ex-presidente trabalhista e do PT.
Juízes não podem fazer publicidade opressiva pelas mídias comerciais do baronato, bem como deveriam se recusar a receber prêmios de empresas midiáticas reconhecidas como opositoras de governos trabalhistas desde o início do século XX. Se Carmem Lúcia e Sérgio Moro não sabem e não compreendem, deveriam, então, estudar a história do Brasil, dos partidos e suas respectivas correntes políticas e ideológicas. Ou os togados pensam que todo mundo é burro e idiota e não percebe o que está a acontecer neste País bananeiro dominado por uma "elite" bananeira, provinciana, desprovida de projeto de independência nacional e que se recusa a pensar o Brasil?
Moro é juiz, policial e promotor. Surreal! Tudo ao mesmo tempo. Além disso, considera-se o paladino da Justiça e o varão de Plutarco em duelo contra a corrupção. Só que tal magistrado cometeu crimes graves ou não os combateu, como as violações das contas bancárias de Lula e de sua família, assim como do Instituto Lula e da LILS, empresa de palestras. Por seu turno, os vazamentos são diuturnos, porque a intenção é deixar Lula, o líder em todas as pesquisas, inelegível ou prendê-lo. Vale tudo para afastar o maior e o mais importante político da América Latina das eleições presidenciais de 2018.
São inesquecíveis os diálogos vazados por Moro entre Lula e Dilma. A imprensa mais corrupta do planeta e que atua no Brasil se banqueteou. Moro agiu politicamente e impediu que Lula assumisse a Casa Civil, pois a finalidade era fazer com que o ex-presidente restabelecesse a bancada governista no Congresso. Alucinados e ignorantes do processo político, porque não sabiam nem do que se trata um governo de coalizão, bem como ignoravam como se procedem as emendas parlamentares, os meganhas do Judiciário, espertos e "safos", passaram a dizer que Lula e Dilma queriam interferir no processo da Lava Jato, o que é uma mentira deslavada desses servidores autoritários e que desejam mandar no Brasil no lugar dos eleitos pelo povo. Absurdo inominável.
Evidentemente que se trata de manipulação e covardia, porque se tem alguma coisa que esses caras sabem fazer é se aproveitar de seus cargos para cometer todo tipo de casuísmos e, com efeito, chegarem onde querem: acabar com o Partido dos Trabalhadores e suas lideranças, de forma que para o todo e o sempre sejam eleitos no Brasil políticos de direita, como os do PSDB e do DEM, mas que são derrotados recorrentemente nas urnas. Pura covardia...
Improcedente é a queixa de Carmem Lúcia contra Renan Calheiros. Ela disse que o Judiciário tem de ser respeitado e que juízes se reportam aos autos. A presidente do STF deve estar, infelizmente, com problemas de memória ou esqueceu da figura ímpar do condestável juiz Gilmar Mendes, do PSDB de Mato Grosso. Não é possível que ela ainda não observou e nem compreendeu que o STF além de assegurar o golpe contra a Dilma, permitiu que um bandido, como o Eduardo Cunha, fosse o canal para se dar o pontapé inicial para que a presidenta da República fosse derrubada do poder. Gilmar está a fazer política para valer, como o fez Joaquim Barbosa e muitos outros juízes aposentados ou que ainda ocupam a cadeiras no STF. Em que mundo vive a juíza Carmem Lúcia?
Sempre digo que quando membros de uma instituição se intrometem, indevidamente e imprudentemente, na política, tem de aguentar o tranco depois e não reclamar, como se estivessem a chorar. Política é debate e enfrentamento. Se o juiz, o procurador, o promotor e o delegado querem usar seus cargos e poderes para tomar partidos, partidárias também serão suas ações, que, evidentemente, se transferirão para o campo da luta política e ideológica, cujos adversários também vão reagir aos ataques, ainda mais quando estes são injustos e seletivos, como ocorre com Lula, Dilma e muitas outras lideranças petistas. Agora vamos à pergunta que não quer se calar: "Juíza Carmem Lúcia, porque somente petistas são presos e tucanos do PSDB, do DEM e do PMDB nunca são presos?" Espero que a presidenta do STF não responda como o juiz Moro: "Isto não vem ao caso".
A verdade é que quem tem um pouco de discernimento na vida sabe que o Judiciário e, especificamente, o STF, são partes essenciais e intrínsecas do golpe terceiro-mundista efetivado pelas atrasadas oligarquias deste País. O Judiciário e seus agentes públicos sempre foram a base de garantia do status quo, do establishment controlado pela casa grande. Os juízes deste País, sem generalizar, são os capatazes, os capitães do mato da ordem hegemônica, sendo que muitos deles sonham com a ascensão social, ou seja, participar dos banquetes das oligarquias tradicionais e centenárias. Só que a grande maioria acaba como o Joaquim Barbosa: esquecida. Basta se afastar do cargo momentâneo de poder para se aposentar. Muitos juízes asseguram os privilégios e os benefícios dos grupos sociais e econômicos dominantes. Os magistrados dão-lhes a primazia sobre todas as outras classes sociais. Por isto que temos juízes como o Sérgio Moro e o Gilmar Mendes. Lamentável.
Gilmar Mendes abriu a boca contra a Lava Jato. Renan abriu a boca contra o Lex Luthor e o Vallisney Oliveira, que foram chamados de "chefete de polícia" e "juizeco" de primeira instância. Não admiro e nunca admirei o Renan. Pelo contrário, sou crítico a ele e o considero um golpista que deveria pagar duramente pelos seus atos. Renan consta em várias listas de delações. Contudo, acredito que ele acertou em cheio, ao ponto de Carmem Lúcia se insurgir contra ele. Os burocratas do Direito se enfurnaram em suas redomas de cristais distantes das realidades humanas e das intempéries e das agruras do povo brasileiro. Trata-se da Justiça de punhos de renda e perfumada. Agora estão aí à disposição da história, que vai, sem sombra de dúvida, retratá-los como golpistas e traidores do próprio País.
Esses senhores cheios de empáfias e arrogâncias permitiram que um mafioso ficasse solto para, a partir do Congresso, derrubasse uma presidente constitucional que teve 54,5 milhões de votos. Essa gente tem o tamanho do Brasil, no que concerne a ser uma eterna Banânia, à espera, invariavelmente, de ser desenvolvida. Em vão... Tem aquela piada, né? Estrangeiros já mortos falaram com Deus, a reclamar: "Por que o Senhor nos deu países tão pequenos e com natureza comum, enquanto o Brasil é aquela enormidade de terras e riquezas naturais sem precedentes?" Ao que Deus respondeu com outra pergunta: "Não reclamem, meus filhos, vocês viram a porcaria de "elite" e de classe média que eu coloquei lá?"
Gilmar Mendes, juiz do STF e presidente do TSE, vai dar um jeito de ainda pôr um tucano na Presidência. Gilmar é o próprio PSDB. Está a atacar a Lava Jato somente agora, após dois anos de perseguição feroz e covarde a Lula e a outros políticos, como Guido Mantega. O motivo disso, não se engane, é que o magistrado de índole condestável quer afastar a Lava Jato de seus aliados e parceiros demotucanos. Gilmar é a herança maldita de FHC — o Neoliberal I —, que jogou na lixeira o que restava de sua péssima biografia política, pois encerrou sua carreira como golpista. Não tem jeito.
O juiz tucano fará de tudo para que as delações de Marcelo Odebrecht, Leo Pinheiro, Andrade Gutierrez, Paulo Preto et caterva não se transformem em celas de cadeia para as principais lideranças do PSDB, dentre elas Aécio Neves, o mega delatado, José Serra, o político da tarja preta e dos R$ 23 milhões, Geraldo Alckmin, onde vicejam, em São Paulo, os escândalos do metrozão, do trenzão, do roubo da merenda escolar, da Sabesp, do rodoanel 1 e 2, da cratera do metrô, da Nossa Caixa, dos pedágios abusivos e das concessões de rodovias, dentre muitos outros escândalos.
Casos nebulosos como o da compra de votos para eleger o presidente da Alesp, em 2005, e a CPI da Eletropaulo, porque estes são apenas de âmbito estadual, pois quando a Lava Jato abrir realmente a caixa de Pandora vão ser espalhados penas e bicos para todos os lados. Evidentemente, se o Gilmar Mendes deixar, pois, ao que parece, ao invés de o juiz sofrer um impeachment, como aconteceria em um país sério, ocorre o contrário, porque Gilmar se transformou em um dos poucos donos do Brasil. Surreal.
A caça ao Lula vai continuar, a não importar os dois anos de investigação canina contra o ex-mandatário do Brasil. É o macartismo à brasileira em toda sua plenitude e profusão. Fascismo na veia. Todavia, o problema é a ausência de provas, pois o que sobra são as "convicções" levianas de conotações injuriosas, caluniosas e difamatórias por parte de servidores do Judiciário. Todas as pessoas do mundo real e com discernimento já estão fartas desse processo draconiano e injusto. O Judiciário perdeu a linha. Renan não é santo. Muito longe disso. Porém, neste caso ele acertou. O nome do problema para a direita é Lula. É isso aí.
Davis Sena Filho

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