Deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já vinha trabalhando "enlouquecidamente" no livro em que detalha a crise política e os bastidores que levaram ao impeachment de Dilma Rousseff; dentre os alvos iniciais de Cunha estariam Moreira Franco e o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); com a prisão de Cunha, material deverá ser usado em uma eventual delação premiada
247 - Antes de ser preso pela Polícia Federal dentro das investigações da Operação Lava Jato, o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já vinha trabalhando "enlouquecidamente" em um livro onde detalharia a crise política e os bastidores que levaram ao impeachment da presidente eleita Dilma Rousseff.
O material, que já conta com mais de 100 páginas, é visto como um tipo de "delação informal" do ex-presidente da Câmara. Dentre os alvos iniciais de Cunha estão o responsável pelo Programa de Parceria de Investimentos (PPI) do governo Michel Temer, Moreira Franco, e o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Segundo matéria do jornal Folha de S. Paulo, Cunha vinha procurando auxílio profissional para deixar o texto em um formato acessível ao público, além de levantar dados sobre encontros que manteve com diversos políticos e sobre as doações em que trabalhou para o PMDB. Este levantamento foi delegado para o corretor Lúcio Bolonha Funaro, preso em julho deste ano. Cunha também teria compilado dados acerca da arrecadação para o PT.
A hipótese de que o ex-parlamentar feche um acordo coma Justiça por meio do mecanismo de delação premiada ganhou força, já que os dados que seriam utilizados no livro poderão ser usados para abrandar a pena que terá que cumprir em caso de condenação, além de servir para proteger a mulher, Cláudia Cruz, que também responde a um processo Lava Jato pela suspeita de lavagem de dinheiro.
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