Ex-governador foi transferido, na semana passada, do Rio para o Paraná, após denúncias de regalias em penitenciárias fluminenses
© Pedro de Oliveira/ ALEP
POLÍTICA INTIMAÇÃO
A pós deixar o Rio, na semana passada, o ex-governador Sérgio Cabral, que estava preso na cadeia pública José Frederico Marques, zona norte da capital fluminense, chegou algemado, nas mãos e nos pés, ao Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba, onde passou por exame de corpo de delito.
A cena chamou a atenção e levou o juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instância, a pedir esclarecimentos à Polícia Federal, nesta segunda-feira (22), sobre o procedimento.
'[...] em conduções anteriores de presos no âmbito da Operação Lavajato, inclusive de Sergio de Oliveira Cabral Santos Filho, vinha a Polícia Federal evitando o uso de algemas em pés e mãos. Não raramente presos foram conduzidos até mesmo sem algemas", argumenta Moro no despacho.
Cabral foi transferido para o Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, no Paraná, por determinação da Justiça Federal no Rio. A juíza Caroline Vieira de Figueiredo, substituta do juiz Marcelo Bretas, que está de férias, atendeu ao pedido do Ministério Público Federal no Estado, que denunciou a existência de regalias para Cabral no sistema penitenciário fluminense.
Ao mesmo tempo, próprio Moro também ordenou a transferência do ex-governador, atendendo ao pedido do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná.
O advogado de defesa de Cabral, Rodrigo Roca, nega a existência de regalias. Ele recorreu contra a determinação, nos tribunais regionais federais da 2ª e 4ª regiões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário