Deputado federal disse que "As manifestações são legítimas e a democracia tem de conviver com elas"
Publicado em 15/06/2013, às 17h06
Agência Estado
O deputado federal José Genoino (PT-S), um dos condenados no processo do mensalão que apurou o desvio de recursos públicos para compra de apoio parlamentar ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), criticou neste sábado (15), em Ibiúna, a repressão da Polícia Militar aos protestos dos estudantes contra o aumento nas tarifas de ônibus e metrô, que resultaram em depredações e vandalismo em São Paulo. "As manifestações sociais são legítimas e a democracia tem de conviver com as manifestações. O caminho não é a repressão, mas o respeito e o diálogo."
Genoino participou do 11º Congresso da União dos Estudantes do Estado de São Paulo (UEE-SP), que prestou homenagem aos estudantes presos na cidade em 1968. O evento transformou-se em audiência da Comissão Nacional da Verdade para julgamento de processos de anistia de estudantes presos em 1968. Genoino era um deles. "É bom encontrar os companheiros e lembrar aquele período. Acho que estamos servindo de inspiração para os estudantes de hoje." Alexandre Silva, da UEE, defendeu a presença dos estudantes nas ruas, reivindicando mudanças. "O que vemos ainda é uma polícia repressora, que não respeita a vontade coletiva."
O ex-ministro do governo Lula, José Dirceu, também condenado no mensalão, seria homenageado durante o ato público, na praça da matriz, centro da cidade, mas não compareceu. De acordo com a organização, ele esteve na cidade na noite de sexta-feira e se reuniu com o grupo, mas não permaneceu para o evento público. Dirceu era presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) em 1968 e foi preso durante o Congresso realizado entre 14 e 16 de julho daquele ano. Na ocasião, entre 600 e 700 estudantes foram detidos. O ex-ministro da Comunicação do governo Lula, Franklin Martins, estava no evento e lembrou ter se tornado amigo de Dirceu no período da militância estudantil.
De acordo com Paulo Abrão Júnior, secretário nacional de Justiça e presidente da Comissão de Anistia, 170 estudantes tiveram o reconhecimento da condição de perseguidos pela repressão. Outros 40 que fizeram a solicitação ainda aguardam o resultado do processo. Dois estudantes receberam a condição de anistiados durante o evento. "Fiquei preso um dia, mas até hoje choro ao lembrar da tortura psicológica que sofri com os colegas", disse Etelvino Bechara, que hoje é professor Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp).
Genoino participou do 11º Congresso da União dos Estudantes do Estado de São Paulo (UEE-SP), que prestou homenagem aos estudantes presos na cidade em 1968. O evento transformou-se em audiência da Comissão Nacional da Verdade para julgamento de processos de anistia de estudantes presos em 1968. Genoino era um deles. "É bom encontrar os companheiros e lembrar aquele período. Acho que estamos servindo de inspiração para os estudantes de hoje." Alexandre Silva, da UEE, defendeu a presença dos estudantes nas ruas, reivindicando mudanças. "O que vemos ainda é uma polícia repressora, que não respeita a vontade coletiva."
O ex-ministro do governo Lula, José Dirceu, também condenado no mensalão, seria homenageado durante o ato público, na praça da matriz, centro da cidade, mas não compareceu. De acordo com a organização, ele esteve na cidade na noite de sexta-feira e se reuniu com o grupo, mas não permaneceu para o evento público. Dirceu era presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) em 1968 e foi preso durante o Congresso realizado entre 14 e 16 de julho daquele ano. Na ocasião, entre 600 e 700 estudantes foram detidos. O ex-ministro da Comunicação do governo Lula, Franklin Martins, estava no evento e lembrou ter se tornado amigo de Dirceu no período da militância estudantil.
De acordo com Paulo Abrão Júnior, secretário nacional de Justiça e presidente da Comissão de Anistia, 170 estudantes tiveram o reconhecimento da condição de perseguidos pela repressão. Outros 40 que fizeram a solicitação ainda aguardam o resultado do processo. Dois estudantes receberam a condição de anistiados durante o evento. "Fiquei preso um dia, mas até hoje choro ao lembrar da tortura psicológica que sofri com os colegas", disse Etelvino Bechara, que hoje é professor Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp).
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