O advogado Luiz Medeiros, que defende o prefeito de Canapi, Celso Luiz, acusado de liderar um grupo que desviava dinheiro público do município,informou que o mandado de condução coercitiva foi expedido após a solicitação para remarcar uma audiência; segundo o advogado, Celso Luiz foi foi intimado a comparecer anteriormente, mas não poderia estar presente e solicitou a remarcação da oitiva. "Fomos pegos de surpresa porque, ao invés de remarcar a audiência, já recebemos o mandado de condução coercitiva"; Medeiros disse, ainda, que "o gestor "nunca se negou a colaborar com qualquer investigação", destacando a existência de contratos que comprovariam a destinação dos recursos públicos a programas sociais executados em Canapi; defesa também argumentou que o desembargador do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, sediado no Recife, foi "induzido ao erro"
Alagoas 247 - O advogado de defesa do prefeito afastado de Canapi, Celso Luiz, assegurou, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (29), que o gestor do município sertanejo não tem qualquer envolvimento em esquema de desvio de recursos do município sertanejo. Na oportunidade, Luiz Medeiros assegurou ainda que o gestor "nunca se negou a colaborar com qualquer investigação", destacando a existência de contratos que comprovariam a destinação dos recursos públicos a programas sociais executados em Canapi.
"Os dez milhões de reais foram usados no desenvolvimento de programas sociais. O prefeito tem todos os contratos e vamos provar tudo", apontou a defesa, rebatendo a acusação, feita pelo Ministério Público Estadual, de que Celso Luiz teria desviado o montante dos cofres da Prefeitura de Canapi, razão pela qual foi afastado do cargo
O advogado também alegou que o prefeito não teria como acompanhar todos os atos de seus secretários. "Ele se negou a falar quando interrogado na Polícia Federal porque não foi intimado a depor", emendou, acrescentando que Celso Luiz se manteve em silêncio porque a oitiva seria desnecessária. "Nenhum ofício foi encaminhado para a Prefeitura de Canapi", reforçou.
A defesa argumentou ainda que o desembargador do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, sediado no Recife, foi "induzido ao erro" ao determinar a condução coercitiva do prefeito à sede da PF. O advogado afirmou também que vai provar ao magistrado que "Celso Luiz é inocente".
"Ele jamais desviou verba e nunca esteve envolvido com enriquecimento ilícito. Vamos provar ao desembargador federal que a decisão dele foi um equívoco. Além disso, provaremos que o prefeito vem colaborando com as investigações", destacou a defesa.
Já o advogado de Jorge Valença, secretário de Assuntos Estratégicos de Canapi, disse à imprensa que, à época, seu cliente não fazia parte da equipe de Celso Luiz, prestando serviço apenas como fornecedor de carros-pipa. "Ele não portava nenhuma procuração, como consta no inquérito. As informações não têm embasamento", expôs João Luiz Fornazari.
Após a operação desencadeada nas primeiras horas da manhã de hoje, a Justiça decidiu afastar o prefeito também investigado na Operação Taturana, que apurou desvio milionário de recursos da Assembleia Legislativa de Alagoas. A decisão do juiz João Dirceu Soares, da Comarca de Mata Grande, também determinou o afastamento do cargo de servidores públicos municipais que estariam envolvidos no esquema. Todos tiveram os bens bloqueados.
Segundo a PF, mais de R$ 10 milhões provenientes de recursos da União sumiram dos cofres de Canapi entre os anos de 2015 e 2016. Por isso, estima-se que 1/4 da receita anual daquele município foi roubado pelos integrantes do esquema, já que a Prefeitura possui orçamento que gira em torno de R$ 40 milhões.
Com gazetaweb.com e assessoria
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