Considerado a mortalha de Jesus Cristo pela Igreja Católica, o manto só havia sido mostrado pela TV uma vez, em 1973
Imagem do Santo Sudário é transmitida ao vivo pela rede de televisão italiana RAI (Reprodução TV Rai)
A Igreja Católica aproveitou o Sábado de Aleluia para mostrar, pela primeira vez em 37 anos, imagens ao vivo do Santo Sudário. De acordo com informações da rádio do Vaticano, a peça havia sido filmada apenas uma vez, em 1973, a pedido do Papa Paulo VI. A autorização da transmissão, que aconteceu na tarde deste sábado, véspera do Domingo de Páscoa, foi uma das últimas medidas assinadas por Bento XVI, enquanto ainda papa.
O sudário foi filmado na Catedral de Turim, na Itália, onde é mantido em um espaço fora do campo de visão, protegido com vidros à prova de balas e dentro de um ambiente com clima controlado. O Papa Francisco, que falou sobre a peça durante a transmissão, chamou o manto de “sudário sagrado” e de um ícone — e não uma relíquia.
O Santo Sudário tem quase 4,5 metros de altura e 1,5 metros de largura. Mantido há mais de 430 anos pela Igreja em Turim, a peça tem legitimidade duvidosa. As gravações do corpo de um homem nu, com olhos e bocas fechados e marcas de escoriações nas mãos e nos pés, é, para os crentes, sinal de que o manto envolveu de fato o corpo de Cristo, e se tornou um valioso símbolo de fé. Historiadores e especialistas, no entanto, discordam de sua autenticidade: não há provas conclusivas de que o manto tenha sido, de fato, a mortalha de Jesus Cristo.
Em 1988, cientistas das universidades de Oxford, na Inglaterra, de Zurique, na Suíça, e do Arizona, nos Estados Unidos, tiveram acesso a retalhos do pano, com autorização do Papa João Paulo II. Para surpresa dos cientistas, testes de carbono demonstraram que o manto teria sido criado entre 1260 e 1390 depois de Cristo. As críticas, dúvidas e discussões sobre o Sudário, no entanto, não param por aí,
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