A acusação feita pelo ex-vereador Josenildo Sinésio (sem partido), de que o ex-prefeito João da Costa (PT) e seu grupo minaram a sua tentativa de reeleição, com a suposta compra de lideranças ligadas ao ex-parlamentar, foi minimizada pelo ex-gestor, que preferiu a ironia no momento de comentá-la. “Quando perdem a eleição, botam a culpa em mim. Agora, se alguém ganha, ninguém diz que foi João da Costa”, disparou, ao Blog da Folha, o petista. A fala do ex-prefeito remete também às queixas realizadas pelos seus correligionários Humberto Costa e João Paulo, que obtiveram apenas 17% dos votos na eleição do Recife, no ano passado, e o culparam por uma parcela desse resultado.
João da Costa ainda afirmou que o insucesso eleitoral de Josenildo Sinésio é fruto do julgamento realizado pela população e não de suposta perseguição. “O povo julgou o mandato de Josenildo na Câmara. A atuação dele, a forma como ele conduziu o seu mandato. Não fui eu ou ninguém do meu grupo que não deixamos ele se reeleger”, assegurou o ex-prefeito. Curiosamente, durante dois anos da legislatura passada, Josenildo foi o líder do governo de Costa na Câmara. Será que esse momento pesou na avaliação dos eleitores do ex-vereador?
No entanto, João da Costa garantiu que não quer levar o debate interno do PT para esse rumo, com culpados e lesados. O ex-prefeito disse que o partido precisa se unir, uma vez que a presidente Dilma Rousseff (PT) vai necessitar de um palanque forte no Estado nas eleições do próximo ano. E, por conta disso, questionou o lado em que Sinésio marchará no pleito que vem.
“Eu estarei lutando pela reeleição de Dilma no ano que vem. O PT precisa fazer esse debate. Agora, eu não sei se Josenildo estará. Como eu disse, eu estarei”, provocou João da Costa, completando: “Precisamos discutir o partido e como será a forma de atuarmos na eleição. Esse é o debate que o PT tem que travar”.
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