Há quem nem o reconheça na feira. Mas, na mesa, ao molho de coco, ele é obrigatório para os pernambucanos
A aparência do bredo se assemelha à do espinafre. É formado por folhas, caules fibrosos e uma semente bem pequena
Hélia Scheppa/JC Imagem
O verde exuberante do bredo tem data certa para aparecer na mesa pernambucana. A arte de separar as folhas graúdas antes de lavá-las e cozinhá-las é tradição de muitas famílias durante a Semana Santa. Como um fenômeno, é nesse período que o vegetal passa a encher os balcões das feiras de alimentos, dos supermercados e do Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa-PE).
A sazonalidade explica o porquê de alguns pernambucanos não ligarem de imediato seu nome à imagem da planta que costuma ser servida ao coco, acompanhando, principalmente, bacalhau, peixe e quibebe de jerimum. A aparência do bredo se assemelha à do espinafre. É formado por folhas comestíveis, caules fibrosos, uma semente bem pequena e uma seiva natural, que, normalmente, é retirada depois de escaldá-lo.
“O bredo não tem personalidade forte. É possível combinar o sabor com o que quiser. O mais comum é prepará-lo com leite de coco, mas minha mãe fazia muito com leite de castanha. Tem gente que usa também com azeite de oliva e alho ou só regando no limão”, explica o chef César Santos, do restaurante Oficina do Sabor, que, como muitos, não sabe bem porque ele aparece apenas nesta época do ano. A sacrossanta hortaliça é cercada por curiosidades e mistérios.
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