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sexta-feira, 29 de março de 2013

Salvador 464 anos - Ações da Sema protegem as áreas verdes da cidade


Desenvolvimento econômico com responsabilidade social e proteção ambiental. Esses são os pilares da gestão em que a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) tem pautado suas ações no interior do Estado e em Salvador, onde programas e projetos em desenvolvimento visam minimizar os efeitos do processo de ocupação urbana e preservar o patrimônio ambiental da cidade.
A requalificação do Parque Metropolitano de Pituaçu, área protegida de aproximadamente 400 hectares, é um dos principais exemplos da Sema, em cuidar do verde, em Salvador. Rico em biodiversidade, com remanescentes da Mata Atlântica, o Parque vai ganhar um novo projeto contendo três eixos de ação que contemplam medidas de intervenção em curto, médio e longo prazo.
O primeiro eixo abrange a implantação do Parque Ecoesportivo e Lazer, com a recuperação da ciclovia, construção da pista de skate e anfiteatro para apresentações ao ar livre. O projeto contará também com intervenções estruturantes, como implantação de iluminação e sinalização, reforma do posto de segurança e estacionamento e recuperação dos quiosques, entre outros. O Parque ganhará ainda a construção da Casa Sustentável, que abrigará o memorial Milton Santos, receberá a Biblioteca do Meio Ambiente Paulo Jackson, além de um centro multimídia, auditório e restaurante panorâmico.
“O Parque de Pituaçu tem um grande valor para Salvador, devido a sua importância ambiental, social e cultural. A requalificação deverá ocorrer de forma gradual, garantindo a sua reestruturação física e a valorização dos recursos naturais, com a participação da população e amparada por diretrizes legais”, explica Eugênio Spengler, secretário estadual do Meio Ambiente.
Novidades no Zoo - Outro refúgio ecológico e espaço de lazer gratuito na cidade, o Zoológico de Salvador colocou, desde o início deste mês, à disposição da população o Zoo Noturno. O projeto consiste em passeios noturnos, monitorado pela equipe de educação ambiental da instituição, em que é possível visualizar os animais de hábitos noturnos, que pouco aparecem durante o dia.
A ideia do projeto surgiu de uma demanda dos próprios visitantes, que questionavam sobre o comportamento de alguns animais, encontrados na sua maioria dormindo, durante o dia. Cada grupo pode ter até 25 participantes, que ainda assiste a uma palestra sobre fisiologia animal e a importância da preservação das espécies. O Zoo Noturno funciona às terças e quintas, das 18h30 às 20 horas.
Pacto pela Vida - As ações para a conservação ambiental da Sema contam ainda com o reforço da Política Estadual de Educação Ambiental, aprovada em 2011, que contém as diretrizes e estratégias que servirão como referência para programas setoriais e projetos em todo o território baiano, a exemplo do Programa Pacto pela Vida, do governo do estado.
A Sema participa como integrante da Câmara de Prevenção Social, desenvolvendo atividades de educação ambiental nos bairros do Calabar, Nordeste de Amaralina, Coutos, Rio Sena e Bairro da Paz. “Realizamos o levantamento das necessidades das comunidades na área ambiental. O trabalho é construído numa parceria entre os moradores e as secretarias estaduais. Uma oportunidade dos bairros mostrarem suas potencialidades e, a partir daí, promoverem melhorias nas localidades”, explica Zanna Matos, diretora de Educação Ambiental para a Sustentabilidade da Sema.
Salas Verdes - Outra iniciativa na área da educação ambiental é o Projeto Salas Verdes. A Bahia é o primeiro estado a ter um convênio firmado com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) para a condução deste projeto, que consiste na implantação de centro de informação e formação ambiental. O projeto é coordenado pela Sema juntamente com o MMA, por meio de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT).
As Salas Verdes são centros de referência, que disponibilizam publicações materiais, proporcionando acesso à informação, além de ser um ambiente de encontro, reflexão e construção da ação socioambiental. “A Sema entra nessa parceria para revitalizar esses espaços, reforçar a mobilização da comunidade e estimular a melhoria de sua atuação”, explica Zanna Matos.
O MMA lançou novo edital para a seleção de 100 novos espaços. Instituições públicas e privadas, que já desenvolvam atividades educativas relacionadas com a questão ambiental, têm até o dia 15 de abril para se inscrever no projeto. (www.mma.gov.br).
Diálogos Ambientais - Para estimular na sociedade a discussão sobre temas relacionados ao meio ambiente, a Sema promove, mensalmente, o Projeto Diálogos Ambientais, uma série de debates, aberto ao público. A proposta surgiu, a partir da fusão dos programas Quintas-Feiras Ambientais, que eram desenvolvidos pelo Instituto do Meio Ambiente (Ima) e do Diálogo das Águas, uma realização do Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá). Hoje as duas instituições estão integradas e formam o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), autarquia da Sema.
Segundo a diretora de Estudos Avançados de Meio Ambiente da Sema, Kitty Tavares, desde a sua criação, em 2012, os Diálogos Ambientais têm contribuído na difusão do conhecimento ambiental junto à sociedade baiana sobre questões ambientais de interesse coletivo. “Nossa proposta é a interação entre os segmentos e atores sociais, visando à sustentabilidade socioambiental na Bahia”, afirma Tavares.
Biblioteca Ambiental - A Sema coloca à disposição da comunidade, desde 2011, um importante acervo ambiental com a inauguração da Biblioteca do Meio Ambiente Paulo Jackson. Além de 17.300 publicações, a população conta também com uma moderna infraestrutura, destacando o sistema de estantes deslizantes e publicações disponíveis em meio digital.
Além de instalações amplas, totalmente informatizadas, o espaço oferece aos seus usuários serviços de consulta e reserva de livros pela internet, além de pesquisas bibliográficas. O acervo é especializado nas áreas de Ciências Naturais, com ênfase em Meio Ambiente e Recursos Hídricos. A biblioteca está localizada no Inema Itaigara.
O acesso é gratuito.
Monitoramento do ar - Salvador é a primeira capital, no Norte e Nordeste, e a segunda, no país, a monitorar a qualidade o ar. A iniciativa, que tem o apoio do governo do estado, por meio da Sema, atende a um requisito internacional para a cidade-sede da Copa de 2014. A primeira estação de monitoramento foi instalada na Avenida Paralela, em 2010. A Bahia já dispõe de uma rede de monitoramento para emissão de CO2, além de outros parâmetros, a exemplo de monóxido de carbono, ozônio, partículas inaláveis, entre outros.
A população tem acesso aos dados sobre a qualidade do ar, através de um totem, com monitor de LED. Além disso, os resultados estão disponíveis, em tempo real, nos sites da Cetrel, parceira do projeto, e do Inema. 

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