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quarta-feira, 18 de maio de 2016

REPRESENTAÇÃO Trabalhadores não estão representados no ministério Temer, diz Paulinho da Força

Ligado à Força Sindical, Paulinho disse que, se Temer insistir na reforma da Previdência, vai acabar unindo as centrais sindicais em torno de pautas contra o governo


Publicado em: 18/05/2016 12:10 


Ao chegar no Palácio do Planalto para a primeira reunião de trabalho do grupo da Previdência, o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, disse que os trabalhadores não estão representados no ministério do presidente interino Michel Temer. "Foi montado um ministério em que os trabalhadores foram esquecidos", disse ele pouco antes do encontro em que estão presentes o titular da pasta, Ronaldo Nogueira, e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, além de representantes de outras centrais sindicais, como UGT e CSB.

Ligado à Força Sindical, Paulinho disse que, se Temer insistir na reforma da Previdência, vai acabar unindo as centrais sindicais em torno de pautas contra o governo. Hoje, a Força Sindical, a UGT, a CSB e a Nova Central Sindical aceitam sentar à mesa para discutir com o governo, enquanto entidades ligadas ao PT e ao PCdoB, como CUT e MTST, afirmam não reconhecer o governo interino, a quem chamam de "golpistas".
Paulinho disse que insistirá na reunião que é necessário alguns ajustes antes de se pensar em fazer uma reforma do sistema, como tem propagado o governo do presidente em exercício Michel Temer. Segundo ele, é necessário acabar com a desoneração, cobrar dos sonegadores e acabar com o que chamou de filantropia. "Filantropia no Brasil é pilantropia. É um bando de gente que faz filantropia mas cobra caro de seus clientes, como é o caso das faculdades", disse.

Segundo o deputado, o setor do agronegócio também deve ser cobrado a contribuir. "O grande rombo na Previdência é no setor rural porque os empresários deste setor não pagam a Previdência" disse. Segundo o deputado, o setor rural teve um déficit de 89 bilhões no ano passado, com arrecadação de R$ 7 bilhões.

Paulinho disse que só depois que forem feitos os ajustes é que se deve discutir uma reforma da Previdência para os novos trabalhadores. "Se tivéssemos feito o que estou dizendo antes já tinha passado 22 anos para os novos trabalhadores. Só que as pessoas ficam querendo resolver o problema agora. Para resolver o problema agora tem que mexer com quem não paga a previdência", disse.

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