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segunda-feira, 18 de julho de 2016

SOBRE A PARTICIPAÇÃO DE MILITANTES DO MOVIMENTO NEGRO EM CONSELHOS CONSULTIVOS DURANTE O GOVERNO GOLPISTA DO PRESIDENTE INTERINO.

23 de mai de 2016





SOBRE A PARTICIPAÇÃO DE MILITANTES

 DO MOVIMENTO NEGRO 

EM CONSELHOS

 CONSULTIVOS DURANTE O GOVERNO

 GOLPISTA DO PRESIDENTE INTERINO.



Nós dirigentes nacionais e estaduais do MNU desde a criação da entidade em 1978, durante a Ditadura Militar combatemos o arbítrio, a segregação racial imposta ao povo negro.

O racismo permanente no Brasil é determinado pelos interesses econômicos da oligarquia burguesa brasileira que detém e concentra a maior parte das riquezas produzidas pela classe trabalhadora, onde o povo negro está inserido.

Essa tem sido a tônica da organização da sociedade brasileira cuja classe dominante no Brasil impõe e mantém sua visão de mundo a partir de seus valores eurocêntricos, capitalistas e neocolonialistas.

Assim a ação das entidades do movimento negro tem sido no sentido de construir ações que façam frente a essa situação buscando sua eliminação em busca de melhores condições de vida do povo negro. No entanto, a vitória política temporária do grande capital promovida por esses setores representa os interesses do grande capital financeiro especulativo internacional e das grandes multinacionais organizados em torno da Bancada da Bala, de veículos de comunicação representado pelas organizações Globo, a revista Veja, a Folha de São Paulo e de falsos aliados promoveu desde o dia 17 de abril o maior golpe político do qual se tem notícia no mundo. É algo tão vergonhoso que tem provocado manifestações diárias de protesto e repúdio, não apenas no Brasil como também em outros países frente ao rápido desmonte das instituições democráticas promovidos pelos golpistas que nesse momento utilizam as estruturas de poder para instituir medidas antipopulares que desconstroem vitórias obtidas com muito esforço pelos movimentos sociais.

As denúncias de corrupção cometidas por essa parcela de empresários e figuras políticas importantes foi novamente jogada para “debaixo do tapete”.

O Movimento Negro Unificado se mantém na defesa intransigente de continuidade das ações de combate à corrupção que promova uma limpeza na política brasileira criminalizando principalmente os corruptores encobertos nos grandes conglomerados econômicos.

Os corruptores não querem um Brasil que construa uma alternativa internacional financeira como é o caso do BRIC’S que é uma grande articulação financeira formada pelo Brasil, Rússia, Índia e China que juntos já  possui um grande peso econômico e político que lhe permite desafiar domínio  imposto pelo Fundo Monetário Internacional.

O retorno ainda que temporário desses “vampiros” desorganiza o Estado Brasileiro, pois retoma com força total os princípios neoliberais promovidos pelo latifúndio e agronegócio determinando a impossibilidade do prosseguimento da reforma agrária, do fortalecimento  agricultura familiar e do enfrentamento as resistências à titulação das terras quilombolas.

Repudiamos e lutaremos contra o acirramento e o fortalecimento da repressão policial e o redimensionamento do genocídio da juventude negra através da REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL.

Não queremos e lutaremos contra a homofobia, a violência contra a mulheres, a exploração das terras indígenas e da mão de obra escrava, da exploração dos trabalhadores e trabalhadoras através da precarização do mercado de trabalho, da privatização das empresas públicas, da abertura irrestrita da economia ao capital internacional e a repressão a participação popular e democrática que impossibilitará a efetiva conquista de uma reforma política que atenda os interesses dos setores excluídos e marginalizados.

Por isso defendemos a saída imediata desse governo golpista, pois não é possível dialogar ou ter participação da sociedade civil em um governo que já tem mostrado a que veio.

Nossa ação deve ser nas ruas juntos aos demais movimentos sociais em busca da manutenção de nossas conquistas -fruto dessas lutas, o que permitirá o fortalecimento da luta negra contra o racismo.

Dizemos Não a esse governo RACISTA, MACHISTA, SEXISTA E ANTI-POVO TRABALHADOR. Todas as medidas proposta até agora, são de interesse do capital nacional e internacional, de arrocho aos trabalhadores e tirada de direitos que atinge principalmente o povo negro.
Um governo que não reconhece a diversidade étnica de nosso povo;

Um governo que não reconhece os direitos das mulheres;

Um governo de homens brancos, ricos e envolvidos em atos de corrupção tem que ser combatido;
Um governo que tem como Ministro da Justiça quem defende a tomada das escolas de São Paulo pela Polícia Militar sem mandato judicial,  da forma mais truculenta, que aumentou exponencialmente a repressão e os índices de assassinato de jovens negros no estado de São Paulo,  que diz que a luta e a resistência popular ao golpe são atos de guerrilhas que devem ser combatidos com mão de ferro.

Este governo da REAÇÃO CONSERVADORA E DIREITISTA é um governo inimigo dos setores populares.

Lutamos:

Pelo Retorno da Democracia;

Pela participação de mais negros (as) no governo legítimo da Presidenta Dilma Roussef.

Implementação imediata da Lei 10.639/03 (ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira nas escolas);

Pelo Fim do Extermínio da Juventude Negra.

Pelo Fim da Perseguição e Repressão às Religiões de Matrizes Africanas.

Pelo Empoderamento das Mulheres Negras.

Pelo Feriado de 20 de Novembro em Homenagem à Zumbi e Dandara.

Pela Titulação e Apoio as Comunidades Negras Rurais Quilombolas.

Pela Construção do Projeto Político do Povo Negro Para o Brasil.

Por Reparação Histórica e Humanitária ao Povo Negro.

PELA SAÍDA IMEDIATA DAS NEGRAS E NEGROS LUTADORES (as) DOS CONSELHOS CONSULTIVOS ENQUANTO DURAR O GOVERNO GOLPISTA DO PRESIDENTE INTERINO.

NÃO RECONHECEMOS ESTE GOVERNO GOLPISTA.

JÁ TEM LUTA, VAI TER VITÓRIA.

NENHUM PASSO ATRÁS. REAJA Á VIOLÊNCIA RACIAL.

Assinam:

Angela Gomes 
Coordenação de Relações Internacionais – MNU MG.

Marcelo Dias 
Coordenação de Comunicação Nacional - MNU RJ.

Haroldo Antonio 
GT de Formação da Coordenação Nacional - MNU RJ.

Edson Axé
GT LGBT da Coordenação Naciona -MNU PE.

Délio Martins
GT de Comunicação da Coordenação Nacional -MNU RJ.

José Ventura
GT Quilombola da Coordenação Nacional - MNU MG.

MNU Rio de Janeiro.
MNU Minas Gerais
MNU Ceará.
MNU Goiás.
MNU Espírito Santo
MNU Santa Catarina.
MNU Rio Grande do Sul.
MNU Mato Grosso do Sul.




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