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sábado, 2 de fevereiro de 2013

POLÍTICA Eduardo na articulação por Delgado


Publicado por Branca Alves,em 2.02.2013 

Governador de Pernambuco compra a briga para emplacar Júlio Delgado e, assim, tentar quebrar a “força” da aliança entre o PT e o PMDB (Foto: Agência Brasil)














Por Jamille Coelho

Da Folha de Pernambuco
Diante do resultado de ontem na eleição no Senado Federal, que elegeu presidente o líder do PMDB, Renan Calheiros, com 56 dos 78 votos, o governador Eduardo Campos decidiu entrar de cabeça na disputa pela presidência da Câmara para inviabilizar a candidatura do peemedebista Henrique Eduardo Alves. Agora, o governador compra a briga para emplacar o deputado Júlio Delgado e, assim, tentar quebrar a “força” da aliança entre o PT e o PMDB, que resultou no acordo político de revezar o posto em ambas as casas. Ontem, em entrevista exclusiva, por telefone, o cacique socialista, um dos nomes cotados para a Presidência da República em 2014, contou que já sabia da dificuldade na eleição do Senado em relação à tese que o PSB tanto defendeu sobre a renovação.
“Realmente, não esperava tão poucos votos para o candidato Pedro Taques (PDT). Achava que ele teria pelo menos 30 votos, mas só teve 18. Sabia que era difícil para nós”. O governador acrescentou que enxerga o resultado como um retrocesso. “Vejo como um distanciamento do Senado com os anseios da sociedade, que quer a renovação política. Mas vamos em frente e continuar erguendo nossa bandeira”, afirmou. O líder não acredita que o resultado da Casa Alta se repetirá na Câmara e se empenhará, durante o fim de semana, na tentativa de eleger Delgado. Campos declarou apoio ao correligionário há duas semanas e, desde então, vem reunindo esforços para somar forças junto aos seus aliados. Antes de dar carta branca para Delgado, o governador vinha reafirmando que não iria se meter na eleição das duas casas, já que existia acordo entre PT e PMDB para eleger Alves.
Mas como o entendimento não envolvia sua legenda ele decidiu apoiar o correligionário. “Não acho que a situação se repetirá na Câmara porque a Casa tem um outro quadro. Não é uma missão fácil, mas não é possível que a gente não chegue no segundo turno. A Câmara é suscetível ao apelo social, principalmente com as campanhas nas mídias sociais. Além disso, 2/3 do Senado têm oito anos de mandato, e na Câmara todo mundo está próximo de renovar os mandatos”, lembrou. Eduardo disse ainda que, amanhã, membros do PSB nacional e de Pernambuco estarão em Brasília para acompanhar a eleição. “Conversei com alguns aliados e tenho pedido apoio para ele (Delgado)”, afirmou.
Desde ontem, quando viajou para o Espírito Santo para encontrar o governador Renato Casagrande (PSB), com quem também discutirá sobre os apoios a Delgado, o socialista intensificou sua agenda política atrás de voto para o deputado. Hoje, ele visita o ex-ministro Fernando Lyra, que está internado em São Paulo, no Instituto do Coração (Incor). “De lá, eu sigo para a Campus Party, também em São Paulo, com Geraldo Julio, já que o Recife receberá, mais uma vez, a maior feira de tecnologia (da América Latina). Depois retorno para Recife e prestigio o Baile Municipal”, revelou.

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