Especulações de que ele confessaria os crimes foi negada pelos advogados de defesa
AGÊNCIA ESTADO
Depois de dois dias, o momento mais esperado do julgamento do goleiro Bruno Fernandes vai ocorrer na quarta-feira (6). O próprio goleiro será interrogado pelo Ministério Público Estadual (MPE) e pelos advogados de defesa de todos os acusados de envolvimento no sequestro, cárcere privado e assassinato da ex-amante do jogador, Eliza Samudio, de 24 anos, e do bebê que a vítima teve com o atleta.
O goleiro foi retirado do plenário por ordem da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues para a oitiva de Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro. O depoimento dela segue nesta terça-feira (5) e a previsão é que siga pela madrugada.
Bruno é acusado de ser o mandante do sequestro, cárcere privado e assassinato de Eliza, enquanto Dayanne é processada pelo sequestro e cárcere privado do bebê. Desde o início do julgamento, na segunda-feira (4), circulam rumores no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, de que o goleiro poderá confessar sua participação no crime. Mas a reportagem apurou que a defesa, apesar de assumir a morte da jovem, deve negar qualquer envolvimento do jogador com o crime. A estratégia seria atribuir o sequestro e o assassinato ao ex-braço direito do atleta, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão.
Em novembro passado, Macarrão foi condenado a 15 anos de prisão, sendo 12 anos em regime fechado, depois de assumir que participou da morte de Eliza, mas alegou que o goleiro foi o mandante do crime. "Dissemos para ele (Bruno) contar o que sabe. Dissemos que a máscara já caiu. Ele não é mais goleiro do Flamengo. É um cidadão comum, um preso, um réu", declarou o advogado Tiago Lenoir, um dos defensores do jogador. Mas ele ressaltou que isso não significa que o acusado vá assumir que cometeu o crime. "Se ele confessar, a confissão vai surpreender até os advogados", avaliou.
Questionado sobre a possibilidade de o goleiro atribuir o crime a Macarrão, o advogado preferiu manter silêncio e disse apenas que, entre a palavra do goleiro e do ex-amigo, a do jogador teria "muito mais peso". "A confissão do Macarrão é completamente distinta das provas no processo", avaliou.
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