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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

GREVE DA PM Oposição critica prisão de líder do movimento grevista da PM

Para oposição, prisão de PM foi uma 'medida arbitrária' que tensiona relação com a categoria
Publicado em 09/12/2016, às 18h22
Presidente da Associação de Cabos e Soldados (ACS-PE), Alberison Carlos, foi preso durante a assembleia dos PMs / Foto: André Nery/JC Imagem

Presidente da Associação de Cabos e Soldados

 (ACS-PE), Alberison Carlos, foi preso 

durante a assembleia dos PMs

Foto: André Nery/JC Imagem
Da Editoria de Política
Em uma nota divulgada na tarde desta sexta-feira (9), a oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) criticou o governo do Estado pela prisão do presidente e vice-presidente da Associação de Cabos e Soldados de Pernambuco (ACS-PE), Alberisson Carlos e Nadelson Leite, durante a assembleia que pode resultar em uma greve de policiais militares (PMs) no Estado. Os dois foram detidos por descumprirem decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) que impedia a realização de reuniões para discutir greve ou paralisação na PM. Os policiais seguiram em passeata para o Palácio do Campo das Princesas, sede do Executivo estadual.

"Uma atitude autoritária só contribui para tensionar ainda mais as relações entre a categoria e o Estado, enquanto a sociedade clama para que as duas partes cheguem ao entendimento", disparou o líder da oposição, Silvio Costa Filho. "A sociedade pernambucana não pode continuar acuada, pagando o maior de todos os impostos, o do medo. Fazemos mais uma vez o apelo pelo diálogo como forma de se buscar o entendimento. Medidas arbitrárias e a radicalização entre policiais e Estado aumentam a sensação de insegurança que já vivemos e penaliza, ainda mais, a população pernambucana", diz o deputado na nota.

"A categoria estava iniciando a assembleia, portanto não se chegou sequer a falar em greve ou qualquer outra ação. O Governo, que encerrou a mesa de negociação com as associações, voltar a agir de maneira arbitrária, prendendo o presidente e vice da associação. Isso que está acontecendo em Pernambuco é inaceitável num Estado democrático de direito", criticou Joel da Harpa (PTN), que representa os PMs na Alepe.

Leia a íntegra:


Nota Oficial

Oposição condena prisão de dirigentes da ACS e cobra diálogo
A Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco condena a prisão do presidente e vice-presidente da Associação de Cabos e Soldados de Pernambuco (ACS-PE), Alberisson Carlos e Nadelson Leite, ocorridas na tarde desta sexta-feira (9), durante realização de assembleia conjunta de policiais e bombeiros militares.

Para o líder da Bancada, Silvio Costa Filho (PRB), a medida não contribui para que o Governo do Estado e os agentes de segurança cheguem um acordo. “Uma atitude autoritária só contribui para tensionar ainda mais as relações entre a categoria e o Estado, enquanto a sociedade clama para que as duas partes cheguem ao entendimento”, avaliou. Silvio lembra que, preocupada com o crescimento da criminalidade e o aumento da tensão entre a corporação e o Governo, a Oposição protocolou há dois meses pedido de audiência com o governador para discutir a segurança.

Vice-líder oposicionista, o deputado Joel da Harpa (PTN) também se posicionou contra a prisão. “A categoria estava iniciando a assembleia, portanto não se chegou sequer a falar em greve ou qualquer outra ação. O Governo, que encerrou a mesa de negociação com as associações, voltar a agir de maneira arbitrária, prendendo o presidente e vice da associação. Isso que está acontecendo em Pernambuco é inaceitável num Estado democrático de direito”, criticou.

Para os parlamentares, o momento é de se construir o diálogo, principalmente levando-se em conta que Pernambuco caminha para o terceiro ano seguido de crescimento no número dos homicídios, com aumento também dos assaltos a ônibus, ataques a bancos, roubos de veículos, entre outros crimes.

“A sociedade pernambucana não pode continuar acuada, pagando o maior de todos os impostos, o do medo. Fazemos mais uma vez o apelo pelo diálogo como forma de se buscar o entendimento. Medidas arbitrárias e a radicalização entre policiais e Estado aumentam a sensação de insegurança que já vivemos e penaliza, ainda mais, a população pernambucana”, ponderou Silvio.

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