Páginas

Pesquisar este blog

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

ENTREVISTA “Querem vender alvará”, diz produtor cultural


Produtor cultural do Recife denuncia venda de alvarás de funcionamento


 ROSÁLIA VASCONCELOS, do FolhaPE

A necessidade de produzir eventos com segurança deve ser uma preocupação compartilhada: da parte de quem realiza as festas, do dono do local e dos órgãos fiscalizadores. Porque a responsabilidade, caso aconteça um acidente, também será de todos. Um produtor cultural do Recife, que preferiu não ter a identidade revelada, disse que nem sempre a regularidade é o item mais importante por parte das instituições que liberam os documentos. Ele levanta uma questão muito grave: “aparece gente querendo vender alvará mediante propina”.
Há dificuldade de se conseguir licença por questões burocráticas?
Não. O que “rola” é muita máfia.

Que tipo de máfia? A de uma empresa funcionar com a atividade diferente na registrada no alvará?
Não. De aparecer gente querendo oferecer alvará de funcionamento, atestado de bombeiros e etc, mediante propina.

Quem são essas pessoas?
Em geral, são despachantes que agem em conjunto com quem trabalha na Dircon e etc... E isso acontece muito. No meu caso, não acho que vale a pena, porque eles cobram muito alto.
Como acontece?
Já vi cobrarem R$ 1 mil para uma fiscalização da Dircon não “bater” na festa de um produtor amigo, que fez um show com banda em um bar. Isso aconteceu há cerca de dois anos.
Isso é muito grave, porque envolve a segurança das pessoas. Você tem esperança de que esse tipo de atitude mude?
Acho que nesse País as coisas acontecem do mesmo jeitinho. Nem sempre fui produtor, já trabalhei em empresas privadas na área de imóveis e todo ano tinha que se renovar o atestado de regularidade do Corpo de Bombeiros. E sempre havia a opção de “pagar por fora”. Os caras emitiam um atestado sem sequer vistoriar o local. Ou seja, o fato de ter um alvará de funcionamento não quer dizer que o local passou por uma vistoria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário