Aposentado José Marne disse que assistência não foi adequada
04/05/2013 08:28 - Mariana Clarissa, da Folha de Pernambuco
"Tem tanto dinheiro para construir uma Arena daquele tamanho, mas não tem dinheiro para melhorar o atendimento e a estrutura dos hospitais. É muito contraditório". Esse foi o desabafo do aposentado José Marne Bandeira da Silva, 64 anos, que se viu com uma dor profunda no peito e com o mau atendimento da UPA de Paulista. Afirmação que também vem sendo frequentemente repetida por diversas pessoas.
Sentindo as fortes dores, José esperou cerca de um dia para ser transferido para um hospital com mais estrutura. "Foram 24 horas sentado na recepção da UPA esperando para ir para um hospital maior. Aplicaram uma injeção em mim e me deixaram lá. Até o exame de sangue demorou seis horas para chegar", informou o idoso.
Transferido para o Hospital Agamenon Magalhães, José Marne realizou a cirurgia de angiosplastia. "Quando cheguei no hospital, a médica disse que era para eu ser atendido de emergência e que era sorte minha ainda está vivo", relatou o idoso. Com tudo parcialmente resolvido, o aposentado foi orientado a ir até a farmácia da Secretária de Saúde para conseguir os medicamentos que lhe foram receitados, porém, a instituição comunicou que não podia fornecer o remédio.
A Secretaria de Saúde informou que o paciente deve procurar o serviço de Cardiologia do Hospital Agamenon Magalhães para a retirada do medicamento Clopidogrel no próprio local, onde está disponível no estoque. De acordo com eles, possivelmente, deve ter havido um erro de comunicação entre José Marne e o funcionário que o atendeu e que o caso já está sendo apurado. A Secretaria da Saúde salientou que os medicamentos Losartan e Selozok não fazem parte do portfólio de medicamentos excepcionais. Essas são medicações da atenção primária, de responsabilidade dos municípios e entregues nos postos de saúde.
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