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sexta-feira, 19 de maio de 2017

Crise política: revelações sobre Temer racham base do governo

Saiba como se posicionou cada partido, após revelações sobre Michel Temer

© Reuters
POLÍTICA DELAÇÃO DA JBSHÁ 1 HORA
POR NOTÍCIAS AO MINUTO





A delação premiada dos donos da JBS causou grandes impactos na política brasileira. O STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou a abertura de inquérito contra o presidente Michel Temer (PMDB) e a base do governo federal sofreu duas baixas. Os partidos PPS e Podemos (ex-PTN) anunciaram o rompimento com o Planalto. Um ministro, do PPS, se demitiu por conta da repercussão das revelações.
Como destaca o UOL, foram protocolados oito pedidos de impeachment desde a noite desta quarta (17). Parlamentares do PSDB assinaram um dos pedidos e o partido anunciou a permanência no governo até segunda ordem, depois de reuniões de avaliação de cenário.
O senador Aécio Neves (MG) foi afastado do cargo pelo STF e pediu licença da presidência do PSDB "para provar sua inocência".
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, pediu, em nota, que Fernando Coelho Filho, entregue o Ministério de Minas e Energia e volte a exercer o mandato de deputado federal pelo partido, o que não ocorreu até o fim de quinta-feira (18).
A reportagem do UOL listou a posição adotada pelos partidos que compõem o Congresso:
Podemos (ex-PTN) 
O ex-PTN tem uma bancada de 13 deputados e anunciou oficialmente o rompimento com o governo Temer. O partido prometeu assumir posição de "independência" a partir de agora. A deputada federal Renata Abreu (SP), presidente da sigla, afirmou que o partido deverá entregar todos os cargos que possui atualmente no governo federal, entre eles o da presidência da Funasa (Fundação Nacional de Saúde).
PPS 
O PPS anunciou a decisão de deixar o governo federal, "tendo em vista a divulgação do conteúdo da delação premiada de sócios da JBS envolvendo o presidente Michel Temer e a gravidade da denúncia" e defende a renúncia de Temer. A sigla comandava dois ministérios, tem nove deputados federais e um senador, Cristovam Buarque (DF). Roberto Freire, agora ex-ministro da Cultura, entregou o cargo na tarde de quinta. Já o ministro da Defesa, Raul Jungmann, "irá permanecer na função pela relevância de sua área de atuação de segurança do Estado brasileiro neste momento de crise e indefinições", segundo nota assinada pelo presidente da legenda, Davi Zaia.
PSB 
O PSB, que conta com 35 deputados e sete senadores, divulgou uma nota na qual pede a saída do ministro Fernando Bezerra Coelho Filho. O presidente do partido disse que a sigla não pode "admitir" que um de seus membros faça parte de um governo "antipopular que perdeu, por inteiro, sua legitimidade para governar o Brasil".
PSDB 
É o segundo partido com maior número de ministros no governo Temer, são quatro. O PSDB até ameaçou desembarcar do Planalto, mas decidiu permanecer na base por conta de "sua responsabilidade com o país, que enfrenta uma crise econômica sem precedentes".
DEM 
O partido no Senado, Ronaldo Caiado (GO), disse que o presidente fez a pior das opções para ele e para o país "ao insistir em permanecer no cargo mesmo admitindo o quadro já instalado de ingovernabilidade". O senador pediu a renúncia de Temer, admitiu apoiar um processo de impeachment caso ele não renuncie e disse que o peemedebista "desafiou a crise". Já o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) deve rejeitar todos os pedidos de abertura de processo de impeachment contra o presidente.
PP 
O partido tem dois ministérios. O senador Ciro Nogueira (PI) defendeu "um rápido esclarecimento dos fatos por parte da Justiça, para que o país volte o mais breve possível à normalidade e recupere sua estabilidade política e econômica". "O PP reafirma o seu compromisso com o Brasil e acredita que as políticas adotadas pelo atual governo do presidente Michel Temer são necessárias para a retomada e consolidação do crescimento do nosso país", diz o comunicado.
PR 
O PR conta com um ministr no governo e divulgou uma nota assinada pela direção nacional da sigla. "Reiteramos a condição de partido da base governista no Congresso Nacional, na oportunidade em que renovamos a confiança no trabalho do presidente Michel Temer".
PTB
Com um representante na Esplanada dos Ministérios, o PTB se posicionou por meio de comunicado do líder do partido na Câmara, Jovair Arantes (GO): "em nome da bancada do PTB na Câmara dos Deputados, reiteramos o apoio dos parlamentares do Partido Trabalhista Brasileiro ao governo do presidente Michel Temer".
PMDB 
A bancada do PMDB da Câmara declarou confiar na palavra de Temer. "No seu pronunciamento, o presidente defendeu a celeridade das investigações comandadas pelo Supremo Tribunal Federal e deixou claro que irá responder a todos os questionamentos. Neste momento, a Constituição Federal tem de ser nosso guia, a fim de garantir o funcionamento das instituições democráticas em favor do povo", diz a nota assinada pelo líder, o deputado Baleia Rossi (SP). O partido tem oito ministérios.
A reportagem não conseguiu contato com o PRB, PV e PSD.
19\05\2017

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