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quarta-feira, 17 de maio de 2017

Moro, olha o que você fez da construção!

Está um colosso para 82% dos consumidores!
publicado 17/05/2017
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Lembra, amigo navegante, quando o Lula perguntou ao Imparcial de Curitiba se ele sabia que tinha destruído a industria da construção e provocado 600 mil de demissões?
E o Moro não respondeu?
Os resultados do primeiro trimestre apresentados pelas incorporadoras de capital aberto apontam que, apesar da melhora dos dados operacionais, a receita setorial caiu e o resultado líquido piorou. Com a queda acumulada de lançamentos nos últimos anos, o número de obras diminuiu bastante, resultando em menos composição da receita, que passou a ser mais dependente da venda de unidades já prontas. O indicador continua a refletir também distratos elevados, ainda que menores, em decorrência de menos entregas.
Nos próximos trimestres, receita e resultados líquidos tendem a continuar pressionados por volume pequeno de obras, pelos estoques elevados e pela revenda de unidades distratas com margens menores.
Espera-se que, no próximo ano, o desempenho operacional seja beneficiado por taxas de juros menores e pela inflação mais baixa. Há quem diga que, em função da contabilidade do setor, com composição da receita à medida que a construção avança, melhoras mais expressivas nos balanços podem ocorrer somente a partir de 2019.
De janeiro a março, CR2, Cyrela, Direcional Engenharia, Even Construtora e Incorporadora, EZTec, Gafisa, Helbor, João Fortes, MRV Engenharia, PDG Realty, Rodobens Negócios Imobiliários (RNI), Rossi Residencial, Tecnisa, Tenda, Trisul e Viver Incorporadora tiveram prejuízo líquido consolidado de R$ 582,4 milhões, 40% maior do que a perda registrada um ano antes, conforme levantamento do Valor DATA. A receita líquida caiu 16%, para R$ 3,539 bilhões, incluindo a receita de incorporação da JHSF.
Direcional, Even, Helbor, RNI e Tecnisa reverteram o respectivo lucro líquido do primeiro trimestre do ano passado em prejuízo líquido. PDG continuou a responder pela maior perda do setor, mas reduziu seu prejuízo em 32,7%, para R$ 276 milhões. Cyrela e EZTec apresentaram queda do lucro líquido. Apenas MRV, Tenda e Trisul tiveram ganhos líquidos superiores na comparação anual. MRV e Tenda são as principais incorporadoras com atuação no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.
As companhias lançaram e venderam mais no primeiro trimestre do que no mesmo período de 2016 e registraram queda nos distratos, considerando-se a parcela própria das incorporadoras nos empreendimentos.
(...)
Conversa Afiada reproduz, também, trechos de comunicado do SPC Brasil:
Em abril de 2017, o Indicador de Confiança do Consumidor (ICC), apurado pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), registrou 40,5 pontos, abaixo do observado no mês anterior (42,3). Em termos percentuais, o recuo foi de 4,1% e reflete quedas tanto da avaliação do momento atual como das expectativas para o futuro.
(...) Percepção do cenário atual: economia está ruim para 82% dos consumidores
O subindicador de Percepção do Cenário Atual registrou 28,9 pontos em abril de 2017, também abaixo do verificado em março (30,1). Em termos percentuais, a queda foi de 3,7%. “Apesar de a economia emitir sinais de recuperação, o cenário ainda é difícil para o consumidor. O desemprego segue em alta, a queda da taxa Selic ainda não repercute nas taxas de juros do mercado e a inflação, por mais que tenha desacelerado, não se traduz em ganho do poder de compra”, analisa a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
O subindicador é composto pela avaliação do consumidor em dois pontos: a economia do Brasil e a sua própria situação financeira. Com relação à economia, a avaliação pontuou 18,3 pontos. Cerca de 82% dos entrevistados acreditam que a situação está ruim ou muito ruim, contra somente 1% que consideram a situação boa ou muito boa. Para 16%, o quadro econômico atual é regular. Entre os que fazem uma avaliação negativa, a maioria relativa (53%) atribui este resultado à corrupção e ao mau uso dos recursos públicos. Outros 20% creditam ao alto desemprego e 15% disseram que os preços dos produtos aumentaram.
(...)

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