A Polícia Federal cumpriu o mandado de prisão preventiva contra a ex-prefeita de Ribeirão Preto (SP) Darcy Vera (PSD), expedido pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Ribeirão Preto; Darcy Vera é investigada na Operação Sevandija, que denunciou um esquema criminoso comandado pela ex-prefeita, no qual teriam sido desviados cerca de R$ 45 milhões dos cofres do município; de acordo com o STJ, por maioria de votos, o órgão cassou a liminar que mantinha a ex-prefeita em liberdade provisória
Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil
A Polícia Federal cumpriu na manhã desta sexta-feira (19) o mandado de prisão preventiva contra a ex-prefeita de Ribeirão Preto (SP) Darcy Vera, expedido pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Ribeirão Preto. Darcy Vera é investigada na Operação Sevandija, que denunciou um esquema criminoso comandado pela ex-prefeita, no qual teriam sido desviados cerca de R$ 45 milhões dos cofres do município.
De acordo com informações do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por maioria de votos, a Sexta Turma do STJ decidiu ontem (18) cassar a liminar que mantinha a ex-prefeita em liberdade provisória. Eles alegaram que em função de seu destaque no grupo criminoso, ela pode interferir nas investigações se continuar em liberdade.
A liminar para substituir a prisão preventiva da ex-prefeita foi concedida em dezembro de 2016 pelo ministro Sebastião Reis Júnior, que substituiu a prisão preventiva por medidas cautelares alternativas. No mês de março o processo foi redistribuído ao ministro Rogério Schietti Cruz, em razão da conexão com outros processos de sua relatoria, todos relacionados à Operação Sevandija.
Também foram cassadas liminares que concederam a liberdade provisória para Angelo Invernizzi, ex-secretário de Educação; Marco Antonio dos Santos, ex-secretário de Administração; Sandro Rovani Silveira Neto, advogado dos servidores municipais; Davi Mansur Cury, ex-superintendente da Companhia de Desenvolvimento de Ribeirão Preto (Coderp), e Maria Lúcia Pandolfo, ex-funcionária da Coderp.
Segundo Schietti, ainda não foi possível descobrir o destino de parte considerável do dinheiro envolvido nas operações investigadas, o que poderia inviabilizar a recuperação de recursos desviados da prefeitura caso a ex-prefeita continuasse em liberdade. “No âmbito da sua própria residência ou de outro local que lhe foi permitido frequentar, ou mesmo por interposta pessoa, sobre a qual não recai qualquer medida restritiva, é possível a movimentação, dissimulação ou dissipação dos ativos que se buscam resgatar”, considerou o ministro.
Segundo a Polícia Federal em Ribeirão Preto, dois dos investigados já estavam presos e um deles se apresentou espontaneamente às 5h na sede da Delegacia de Polícia Federal da cidade.
*Colaborou a estagiária Francisca Sousa.
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