Crítico de arte denunciou mostra por não ter obras autênticas
© REUTERS/Joshua Lott
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POR ANSA
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A procuradoria de Gênova abriu nesta quarta-feira (31) uma investigação sobre as supostas obras falsas no acervo da mostra do artista italiano Amedeo Modigliani, que acontece no Palazzo Ducale. Segundo os promotores Paolo D'Ovidio e Michele Stagno, responsáveis pelo caso, o inquérito trata de uma investigação da violação do Código do Patrimônio Cultural e paisagístico. Desta forma, um perito será nomeado para analisar as obras e confirmar se todas são autênticas ou não.
A investigação também será conduzida pela polícia do núcleo operacional de patrimônio cultural de Roma, que recebeu uma denúncia feita pelo colecionador e especialista de arte, o italiano Carlo Pepi.
Segundo Pepi, a exposição precisa ser revista porque ao menos 13 obras são questionáveis, sendo que três quadros têm dupla assinatura.
Em comunicado, o estudioso de arte, Marc Restellini, também afirmou que "esta exposição é questionável e eu tive que denunciar esta situação para as autoridades italianas logo que eu vi o conteúdo. O Instituto conhece essas obras, são falsas.
Temos toda a documentação e evidência científica para confirmar. Trata-se de pelo menos um terço de pinturas falsas", escreveu.
Na última terça-feira (30), em nota, o Palazzo Ducale definiu a abertura do inquérito "útil" e manifestou sua vontade de "prestar a máxima colaboração aos órgãos responsáveis pela investigação".
A exposição, que acontece até o dia 16 de julho, recebe 30 obras de Modigliani provenientes, por exemplo, da Pinacoteca de Brera, do Museu Picasso, em Paris, e do Museu Real de Belas Artes de Antuérpia, na Bélgica. (ANSA)
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