Pontífice deixará suspensas todas as suas atividades públicas
AGÊNCIA EFE
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Ravasi é o promotor do "Pátio dos Gentis" para impulsionar o diálogo com os não crentes e também é considerado um "papável", ou seja, tem possibilidades de ser eleito sucessor de Bento XVI, que, por sua vez, anunciou que deixará de ser papa no próximo dia 28 de fevereiro. O tema destes exercícios será "Ars orandi, ars credenti: o rosto de Deus e o rosto do homem na prece dos salmos", sendo 17 meditações ao longo de toda semana, cerca de três por dia. As meditações de Ravasi estão baseadas no Saltério, livro do Antigo Testamento que contém elogios a Deus e que conta com 150 salmos, dos quais o maior número foi composto por David.
O "ministro da Cultura" do Vaticano já foi chamado em 2007 por Bento XVI, quando era prefeito regional da Biblioteca-Pinacoteca Ambrosiana de Milão (Itália) para que escrevesse as meditações da Via-Sacra da Sexta-Feira Santa, nas quais denunciou o abandono e o isolamento em que vivem muitos idosos e doentes, assim como os maus-tratos às mulheres. Estas duas incumbências papais, que associam Ravasi a Ratzinger, fizeram com que observadores vaticanos considerassem que o cardeal tem "um ponto" a mais do que os outros em relação à escolha do próximo pontífice, em março.
Embora não se possa comparar os casos, esses mesmos observadores lembraram que João Paulo II encarregou as meditações de sua última Via-Sacra, em 2005, ao então cardeal Joseph Ratzinger, hoje Bento XVI. Além disso, disseram que, em 1976, Paulo VI chamou o então cardeal Karol Wojtyla para que predicasse exercícios espirituais. Dois anos depois, Wotjyla foi eleito papa João Paulo II, após a morte de João Paulo I.
Todas as atividades do papa nesta semana, como ocorre normalmente neste período da Quaresma de exercícios espirituais, foram canceladas. No entanto, o papa se reunirá brevemente todos os dias com seu secretário particular e prefeito regional da Casa Pontifícia, Georg Gänswein, para despachar os assuntos mais urgentes. No sábado, após o encerramento dos exercícios, Bento XVI receberá em audiência privada de despedida o presidente da Itália, Giorgio Napolitano.
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