Páginas

Pesquisar este blog

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

CARNAVAL Prefeitura deve fazer ajustes na programação do Carnaval para adequar agenda de artistas

Segundo nota oficial, podem ocorrer ajustes na grade para possíveis adequações de 

horários, datas e cachês

Publicado em 30/01/2014, às 20h12

A Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) admite que terá que fazer ajustes na programação do Carnaval de 2014, por não ter consultado previamente todos os artistas e agremiações incluídos na grade. Até hoje, apenas 600 dos 2 mil artistas convocados para apresentações foram contactados, por uma equipe formada por 12 profissionais. Segundo nota da Secretaria de Cultura, “os contatos (incluindo os polos que não tiveram a grade divulgada ainda) devem terminar até a próxima semana”. A Secult-Recife esclarece ainda que “a partir daí podem acontecer ajustes na grade para possíveis adequações de horários, datas e cachês”.
Na quarta-feira, a Prefeitura divulgou a programação do Carnaval de 2014 na última quarta-feira, mas deixou de fazer algo básico: avisar aos artistas e produtores que eles tinham sido escolhidos para tocarem durante os dias de Momo. A maior parte deles só souberam que tocariam nos polos oficiais do Recife quando consultaram a programação. 
Além disso, como não houve negociação dos cachês entre contratantes e contratados, ainda não é possível saber se o valor exigido pelo artista, para tocar no evento, foi aceito ou não pela PCR. Há produtores e artista que já bateram o pé: não vão tocar por um valor menor que o estipulado no ato de inscrição, já que não houve negociações.
Foi isso o que aconteceu com a Orquestra Contemporânea de Olinda (OCO), que vai tocar na Terça-feira Gorda no Polo Lagoa do Araçá. A agente do grupo, Aline Feitosa, só soube que a OCO iria tocar no Carnaval quando viu o nome da banda na grade. “Fui pega de surpresa quando vi o nome na programação, porque nada foi combinado com a produção. Imagine, você manda uma proposta de trabalhar para editar uma revista e, de repente, a editora anuncia a equipe, você está lá, mas não estava sabendo em que setor trabalhará. Nem o valor acertado. É isso”, conta a agente.
Aline também acredita que não existe o menor critério no agrupamento de determinadas atrações em um palco. Para ela, a OCO mereceria um lugar de maior visibilidade. “A Orquestra Contemporânea de Olinda já esteve no Marco Zero no Carnaval, representou o Brasil na Womex no ano passado, tem patrocínio da Petrobras até 2015. A gente pensa: que bom que está na grande, não é? Mas em uma programação de palco que em nada dialoga com o estilo da banda”, diz ela.
Não só ela ficou insatisfeita com a escolha dos palcos. O sanfoneiro Beto Hortiz, foi escalado para o palco da Várzea e do Alto Zé do Pinho, e não gostou: “Sou o vencedor do festival de frevo 2014. Não me deram a oportunidade de brilhar em um polo com mais visibilidade. Isso é uma falta de consciência”.
Beto também não foi notificado de que iria tocar no Carnaval, assim como o percussionista Naná Vasconcelos, que foi escalado para tocar no Polo Várzea, no sábado, e no de Casa Amarela, no domingo, sem uma conversa prévia. As cantoras Renata Rosa e Alessandra Leão também integram a lista dos desavisados. Segundo Alessandra, o produtor dela, Thiago Duarte, não consegue entrar em contato com a PCR para resolver o choque de horários que se estabeleceu na agenda da cantora. No caso da OCO, os músicos tocam em outras bandas e agora eles vão ter que ficar presos à programação para fechar outros contratos para se apresentar, segundo o produtor da banda Igor Jatobá.
Segundo nota da prefeitura, uma série de medidas foram tomadas para agilizar o processo de contratação. “Como o Carnaval acontece ainda daqui a um mês, existe tempo hábil para que todas as pendências sejam sanadas, garantindo a contratação totalmente regularizada”, diz o documento oficial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário