Ex-prefeito ocupa segundo posto mais importante do PT (Foto:Diego Nigro/Folha)















A aliança entre PT e o PTB para a sucessão estadual está alinhavada. O ex-presidente Lula, a presidente Dilma Rousseff e todo o comando nacional petista estão convencidos de que o apoio, já no primeiro turno, à candidatura ao Governo do Estado do senador Armando Monteiro Neto é a melhor opção para a construção de um palanque forte no Estado para o projeto nacional encabeçado pela chefe do Executivo Nacional. No entanto, o caminho da formalização é longo e possui um ator que pode complicar o processo: o ex-prefeito João da Costa.
Atual secretário-geral do PT em Pernambuco, João da Costa e alguns de seus aliados ainda não superaram o desembarque do PTB do seu governo, em 2011, no que se constituiu como o início de uma crise que persistiu até o final da administração do petista. Tem gente que participou daquela gestão que viu na ação petebista o primeiro passo para a construção de um discurso de resistência à reeleição de Costa, que acabou impedido de disputa-la.
Uma mostra disso é que coube ao presidente do PT do Recife, Oscar Barreto, que integra o grupo liderado por João da Costa, ressuscitar o episódio como um elemento que precisaria ir à mesa antes de os petistas fecharem questão sobre o caminho que trilharão nas eleições estaduais deste ano.
Como o apoio à candidatura do senador Armando Monteiro Neto é um desejo de Lula e Dilma, esse tipo de resistência é minimizada. Afinal, há um projeto maior em jogo. Entretanto, vale a ressalva de que há nesse mesmo grupo de João da Costa os principais nomes do PT relacionados com o Palácio do Campo das Princesas e com a Prefeitura do Recife, a chamada turma do queijo do reino. Fator que pode, no mínimo, conturbar o ambiente.
Até a oficialização, o partido cumprirá seu calendário eleitoral dando vez e voz a todas as tendências e correntes que possuem expressão no Estado. O debate será tocado até março.
Os petebistas precisarão exercitar, e muito, a paciência para enfrentar o debate interno do PT e todas as suas peculiaridades, resistências e, claro, possíveis confusões.  E, certamente, vai ter confusão.