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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Com bandeira arco-íris, ativista russo gay é preso no revezamento da tocha

Pavel Lebedev foi agarrado por seguranças em Voronej, a 900 quilômetros de Sochi, e levado para estação policial. Em 2013, ele foi agredido em protesto contra lei antigay


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Voronej, Rússia
Um ativista russo LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) foi preso em Voronej, a 900 quilômetros ao norte de Sochi, por exibir uma bandeira do arco-íris, símbolo do movimento, durante o revezamento da tocha olímpica. Pavel Lebedev foi agarrado por seguranças e levado à força para uma estação policial para "esclarecer as circunstâncias do incidente", de acordo com uma publicação do grupo "Straight Alliance" na rede social VKontakte (equivalente ao Facebook na Rússia).
- Sediar os Jogos aqui promove uma contradição aos princípios básicos das Olimpíadas, que é o de cultivar a tolerância - disse Lebedev à agência de notícias AP. 
Pavel Lebedev  ativista LGBT foi preso em Soch (Foto: Agência AP)Com bandeira do arco-íris, Pavel Lebedev é preso durante o revezamento da tocha na Rússia (Foto: Agência AP)
Em janeiro de 2013, o ativista foi atacado em um protesto em prol dos direitos dos gays em Voronej. Um homem chutou o seu estômago durante a manifestação e foi condenado a dois meses de detenção em um campo de trabalho. Uma das reivindicações foi a mudança na postura do governo de Vladimir Putin diante da lei que proíbe a propaganda gay no país, o que tem gerado polêmica em todo o mundo. 
Sediar os Jogos aqui promove uma contradição aos princípios básicos das Olimpíadas, que é o de cultivar a tolerância
Pavel Lebedev, ativista LGBT
Lebedev e o seu companheiro planejavam se casar em um cartório de São Petersburgo em junho passado, mas tiveram o seu pedido recusado pelas autoridades. 
O presidente russo disse que os gays não seriam perseguidos nos Jogos Olímpicos de Sochi, desde que " deixem as crianças em paz". A comunidade gay do país registrou um aumento da violência homofóbica após a aprovação da lei antigay.
No Mundial de atletismo, realizado no ano passado na Rússia, Yelena Isinbayeva disse concordar com a lei e gerou polêmica. Na ocasião, uma atleta sueca pintou as unhas em apoio ao movimento gay e foi repreendida pela musa do salto com vara. Depois, Isinbayeva seretratou.

A polêmica com o movimento gay tem se estendido durante toda a competição, assim como em relação aos Jogos Olímpicos de Inverno, no ano que vem, em Sochi. A Rússia tem uma lei que proíbe a propaganda homossexual. Vários atletas criticaram a posição do país, gerando, inclusive, um abaixo-assinado e uma ameaça de boicote.

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