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sábado, 25 de janeiro de 2014

CARUARU Secretários serão ouvidos no caso da propina

Secretário-executivo de Relações Institucionais, Marco Casé, e seu adjunto serão 

notificados pelo MPPE para depor no caso da cobrança de propina por vereadores

Publicado em 25/01/2014, às 05h22

Marco Case vai se chamado para falar sobre o episódio do pedido de propina  /

Marco Case vai se chamado para falar sobre o episódio do pedido de propina

Os promotores que estão investigando os dez vereadores acusados de cobrar propina para aprovar projetos da prefeitura vão notificar o secretário-executivo de Relações Institucionais, Marco Casé, e o seu adjunto, Davi Cardoso, para prestarem esclarecimentos. Casé foi o principal interlocutor do governo municipal nas conversas que foram gravadas pela polícia durante as investigações. Davi Cardoso teve que prestar esclarecimentos à polícia no dia 17 de dezembro, quando foi desencadeada a Operação Ponto Final. Outros vereadores também serão convocados a depor.
A informação foi divulgada pela promotora Bianca Stella, que, junto com o promotor Maviael Peixoto, já ouviu os parlamentares que estão sob suspeita. De acordo com ela, durante os depoimentos foram feitas referências a outras pessoas, tanto da prefeitura, quanto da Câmara de Vereadores.
“Vamos notificar essas pessoas para serem ouvidas na semana que vem. Além do secretário e do adjunto, estão outros vereadores que já foram ouvidos no inquérito, mas não no Ministério Público.”
De acordo com a promotora Bianca Stella, a ouvida é uma das etapas da investigação que pode levar o MP a mover ação de improbidade administrativa contra os parlamentares. Ontem, os promotores ouviram os vereadores Neto (PMN) e Evandro Silva (PMDB), os últimos que faltavam prestar esclarecimentos.
“Eu continuo dizendo que a justiça vai ser feita e estamos aqui para colaborar com tudo que for pedido para juntarmos com os processos”, disse Neto. Ele ainda citou a família e o histórico de vida, para dizer que não tem problemas anteriores com a justiça.
Os dez vereadores estão sendo acusados de concussão, corrupção passiva e de integrar organização criminosa. De acordo com investigações feitas pela Polícia Civil, eles formaram um grupo com o objetivo de cobrar cerca de R$ 2 milhões para aprovar o projeto do Executivo que prevê a implantação de um Bus Rapid Transit (BRT) em Caruaru.
O projeto, orçado em R$ 250 milhões, foi aprovado no dia 17 de dezembro, um dia antes de a Operação Ponto Final ser desencadeada. Seguindo recomendação do Ministério Público, a Câmara anulou a votação e o projeto foi novamente aprovado, desta vez com os vereadores suplentes, na última quinta-feira.

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