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domingo, 26 de janeiro de 2014

Funeral de Bruno Maranhão é marcado pela presença de aliados e adversários políticos

Cerimônia contou com presena de dezenas de militantes petistas no Morada da 

Paz


26/01/2014 11:07 - Geraldo Lélis, com informações de Carol Brito, da Folha de Pernambuco

Arthur Mota/Folha de Pernambuco
Familiares e amigos mais próximos discursaram durante velório do militante
Atualizada às 14h17
Militantes políticos compareceram em peso ao cemitério Morada da Paz, em Paulista, para o funeral do fundador do PT em Pernambuco. Dezenas de seguidores do partido, além de personalidades políticas, como o senador Humberto Costa e até o adversário político e deputado federal Bruno Araújo, do PSDB. A cerimônia teve início às 8h deste domingo (26) e contou com discurso de familiares, de Humberto e do fundador do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) Carlos Lemos.
O deputado federal João Paulo não pode comparecer por motivos de saúde, e o governador Eduardo Campos também não se fez presente, mas ambos enviaram coroa de flores, assim como fez o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho. O tucano Bruno Araújo destacou a "a importância da trajetória política dele independente de política partidária".
O funeral foi encerrado com a cremação do corpo de Maranhão, que morreu aos 74 anos por falência múltiplas dos órgãos. Ele passou duas semanas internado no hospital Memorial São José, no Derby, região central do Recife.
Engenheiro e filho de usineiros no interior de Pernambuco, Bruno teve um histórico de militante político marcado pela luta armada como contraposição ao regime militar e chegou a ser detido e torturado por uma vez, sendo liberado algumas horas depois. Ele já foi líder estudantil e exilado político e teve participação decisiva na fundação do PT, além de ter atuação marcante na manutenção dos princípios do partido, além de ser um dos líderes do Movimento de Libertação dos Sem Terra, organização dissidente do MST. Maranhão também se candidatou a prefeito do Recife e a governador de Pernambuco.
O último grande episódio em que ele participou foi uma invasão à Câmara dos Deputados, em Brasília, no dia 06 de junho de 2006. Na ocasião, Bruno, que exercia uma função de coordenador de campanha, deixou de comparecer a uma reunião da executiva do partido que trataria da reeleição do presidente Lula, para se juntar a integrantes do MLST na invasão ao Congresso Nacional, na tentativa de falar com o então presidente da casa, Aldo Rebelo (PCdoB).
A atitude contrariou a cúpula do PT, que temia um estrago nas pretensões de manter Lula no Palácio do Planalto, e a permanência de Maranhão no partido chegou a ser questionada. Ele chegou a ser preso e, ao ser detido, jogou-se no chão, alegando problemas de saúde. Durante a invasão houve confronto com policiais militares do Distrito Federal e mais de vinte pessoas ficaram feridas, além de vidros e vasos terem sido quebrados e um carro que foi virado.

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