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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

ENTREVISTA Criador de Eu me chamo Antônio lança livro "mais seguro e mais poético"

A tarde de autógrafo acontece na Livraria Cultura do RioMar Shopping, a partir das 17h

Publicado em 04/02/2015, às 04h05


Do JC Online

 / Leo Aversa/Divulgação

Leo Aversa/Divulgação

Os guardanapos com poemas e ilustrações do publicitário e “desenhador de letras” Pedro Gabriel são um fenômeno na web. Logo depois de criado, Eu me chamo Antônio virou livro, com 200 mil exemplares vendidos e um novo volume agora, Segundo – Eu me chamo Antônio (192 páginas, R$ 29,90). Confira abaixo entrevista com o autor, que lança a obra nesta quarta (4/2) na Livraria Cultura do RioMar Shopping, às 17h.


JORNAL DO COMMERCIO – O livro sai depois do sucesso do primeiro. Dá um certo medo lançar Segundo – Eu me chamo Antônio? O nervosismo e a expectativa mudaram?

PEDRO GABRIEL –
 No dia do lançamento do Segundo, eu senti o mesmo nervosismo, a mesma ansiedade e o mesmo medo do dia que o primeiro livro foi publicado. Isso é bom. É sinal de que estou vivenciando cada etapa da minha evolução no mercado literário. Acredito que publicar algo depois de um sucesso é sempre mais delicado, mas estou tranquilo. O segundo livro manteve o mesmo conceito do universo do personagem Antônio, mas ganhou uma força poética em relação ao primeiro. Como novidade, o leitor encontra muitas ilustrações e fragmentos de textos.

JC – Algum sentido especial para o Recife ser a primeira cidade a receber o evento de Segundo – Eu me chamo Antônio nesta turnê?


GABRIEL –
 Na verdade, o Segundo foi lançado no Rio de Janeiro, em novembro. Mas o Recife não poderia ficar de fora dessa turnê que estou fazendo pelo Brasil. Afinal, foi a cidade onde mais leitores compareceram na noite de autógrafos do primeiro livro. Espero que a dose se repita e que se seja mais uma noite inesquecível. Sou muito grato aos meus seguidores recifenses.

JC – Você inseriu novas técnicas para fazer seus poemas/ilustrações. No que eles mudaram a dinâmica da sua forma de criar poemas?


GABRIEL – 
No Segundo, eu me senti mais seguro para apresentar novas ilustrações. Independentemente da técnica escolhida, a força da minha expressão artística está sempre na palavra ou na junção de várias palavras. Não importa a forma quando o objetivo é encantar pelo conteúdo.

JC – Nesse novo livro, você faz um percurso poético mais romântico. É fruto de uma experiência pessoal? Ou algo que surgiu para dar unidade ao textos do volume?


GABRIEL –
 Mesmo que de forma inconsciente, todo livro traduz um momento do autor. Acredito que o Segundo reflete uma nova fase do personagem Antônio. A poesia está mais madura. As ilustrações estão mais seguras. O texto está menos tímido. Eu estou mais poético. Eu estou mais seguro. Eu estou menos tímido.
JC – Eu me chamo Antônio tem virado outros produtos, como camisetas. É legal ver o trabalho ganhar outras formas? Quais cuidados você tem na criação de outros produtos?


GABRIEL – 
Eu não sou só um escritor. Eu sou também um escritor. Se fosse para me definir, eu diria que sou um desenhador de palavras. Então, é normal que eu sinta necessidade em ver minha arte em outros formatos, em outras texturas, em outras manifestações. Acredito que quando você tem um bom conceito nas suas mãos, 

você consegue desdobrá-lo em incontáveis plataformas diferentes com a mesma verdade. Tenho muito orgulho dos meus produtos. Eu faço questão de escolher as parcerias que faço. Tenho um cuidado redobrado em definir quais artes podem se desdobrar em produtos para não banalizar tudo o que conquistei. O que muitos esquecem é que um livro também é um produto.

JC – Tem planos para livros de textos mais longos, como crônicas?
GABRIEL –
 Sim, tenho esse desejo de ver meus textos mais longos publicados. Quem me acompanha todas as terças-feiras na minha coluna no blog da editora Intrínseca tem me pedido para reunir algumas crônicas em um livro. Assim que passar essa fase de divulgação do Segundo, eu vou pensar direitinho sobre o meu próximo passo. Por enquanto, ainda estou pisando naquela sensação indescritível de poder dividir com meus leitores a minha poesia em guardanapo.

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