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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

RECURSOS HÍDRICOS Estado contrata estudo de avaliação dos aquíferos na RMR

Iniciativa faz parte do Projeto de Sustentabilidade Hídrica (PSH), financiado pelo Banco Mundial, e

 irá, em 18 meses, diagnosticar disponibilidade, vulnerabilidade e qualidade dos aquíferos

Publicado em 05/02/2015, às 05h00


Como parte do Projeto de Sustentabilidade Hídrica (PSH), financiado pelo Banco Mundial, o Estado começou a elaborar um projeto de estudo sobre a disponibilidade, vulnerabilidade e qualidade dos recursos hídricos subterrâneos. O último diagnóstico da situação dos aquíferos da Região Metropolitana do Recife (RMR) foi feito há 10 anos. Na época, provou-se que o ritmo de renovação dessas fontes sofria um rebaixamento, tanto que foram proibidas perfurações em algumas localidades, como em Boa Viagem. 

O PSH é realizado por meio da Secretaria Executiva de Recursos Hídricos, da Compesa e em parceria com agências estaduais (Apac, Arpe e CPRH). O consórcio executor do projeto em questão foi firmado entre o Laboratório Nacional de Engenharia Civil de Portugal e a consultoria local Costa, a mesma que participou do estudo há dez anos. O contrato é de R$ 1,3 milhão, com prazo de execução de 18 meses. Segundo o presidente da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), Marcelo Asfora, em seis meses já começam a sair alguns diagnósticos preliminares.

O objetivo, explica ele, é avaliar a condição atual e a realimentação dos aquíferos que abastecem a RMR. “Vamos perceber, por exemplo, se a demanda está maior do que as fontes podem suportar e aí elaborar uma modelagem para construir cenários e gerenciar de forma eficiente”, detalha.

O presidente da Apac lembra da alta demanda pelos aquíferos na região. “A quantidade de poços perfurados nos últimos anos foi grande e acostumou-se a utilizar esses recursos”, alerta. “Agora que Pirapama retirou mais de três milhões de pessoas do rodízio, talvez esteja na hora de restringir o uso subterrâneo para que o aquífero se recupere, o que pode levar anos”, exemplifica, dando uma ideia do que pode ser feito na prática a partir do estudo. 

Atualmente, das 6,3 mil outorgas de água subterrânea no Estado, 70% estão na RMR, o que inclui o volume de água retido, pois é onde estão localizadas muitas indústrias, comércio e grandes condomínios, que pressionam os recursos. Da água utilizada pela Compesa, na casa de 20% vêm de aquíferos.

ABASTECIMENTO

Asfora garante que não há perigoso de desabastecimento na RMR. “Estamos numa situação de baixo risco de racionamento ou colapso. O volume médio hoje, somando o acumulado dos principais reservatórios, está em torno de 50%. Chegaremos com tranquilidade ao período chuvoso, que tem início geralmente em maio”, afirma. Sobre a previsão de chuvas para este primeiro semestre, o presidente da Apac diz que ainda é muito cedo para traçar cenários precisos. 

Questionado sobre o motivo, então, de muitas áreas sofrerem com rodízios, ele explica que é uma questão de rede e sistemas de distribuição, e não de disponibilidade hídrica. Os dois grande sistemas na RMR, responsáveis por cerca de dois terços do abastecimento, são Pirapama e Tapacurá.

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