Paciente de origem africana deu entrada na unidade se queixando de dores de cabeça e febre
Publicado em 19/02/2015, às 22h33
Do JC Online
Foto: Reprodução/ Internet
Várias pessoas que aguardavam atendimento na UPA da Caxangá, localizada na Zona Oeste do Recife, passaram por um susto na tarde desta quinta-feira (19). Depois que uma mulher de origem africana deu entrada na unidade se queixando de dores de cabeça e febre, boatos de que ela estaria infectada com o vírus ebola se espalharam e fizeram com que os demais pacientes ficassem apavorados com a possibilidade de contágio da doença.
Pouco tempo depois, mensagens informando que três casos suspeitos da enfermidade estariam sendo examinados na UPA já circulavam em aplicativos como o Whatsapp. “Se alguém precisar ir a uma UPA, não vá para a da Caxangá, pois a mesma está interditada com três africanos com suspeita de Ebola”, dizia uma das mensagens.
Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que a mulher não veio de nenhuma área onde há incidência da doença (ela passou apenas por Uganda, Congo e Angola, países que não são considerados de risco para o ebola) e que o diagnóstico inicial descartou a infecção pelo vírus, pois a paciente já apresentava os sintomas há mais de um ano.
“Todas as medidas foram tomadas e a paciente será transferida para a unidade de referência em infectologia no Estado, o Hospital Universitário Oswaldo Cruz”, conclui o texto enviado pela SES. A secretaria afirma ainda que a UPA da Caxangá não chegou a ser interditada.
Confira a nota na íntegra:
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informa que foi notificada, na noite desta quinta-feira (19/02), sobre o caso de uma paciente, de origem africana, que deu entrada na UPA Caxangá com sintomas de febre e cefaleia. A SES esclarece, no entanto, que a paciente não veio de nenhuma área endêmica e que passou por Uganda, Congo e Angola, países que não são considerados de risco para o ebola.
Além disso, o diagnóstico inicial descarta a possibilidade de infecção pelo vírus, pois o quadro clínico da paciente é crônico, apresentando dor de cabeça há mais de um ano, com crises de cefaleia. E, neste momento, não apresenta quadro febril. A SES ressalta ainda que, em nenhum momento, foi aberto protocolo para o ebola, já que a paciente não teve contato com ninguém que tenha estado nos três países que possuem transmissão da doença (Guiné, Libéria e Serra Leoa).
Todas as medidas foram tomadas e a paciente será transferida para a unidade de referência em infectologia no Estado, o Hospital Universitário Oswaldo Cruz.
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