Kerry não disse nada sobre um eventual fornecimento de armas não-letais para a Ucrânia, um anúncio esperado pelas autoridades pró-ocidentais em Kiev
Publicado em 05/02/2015, às 13h58
Da AFP
Foto: ANATOLII STEPANOV / AFP
A Rússia deve "se engajar imediatamente" em favor de um cessar-fogo no leste da Ucrânia e deixar de apoiar os rebeldes pró-russos, declarou nesta quinta-feira em Kiev o secretário de Estado americano, John Kerry.
Ele ressaltou que os Estados Unidos "não buscam o conflito" com a Rússia e que são "favoráveis a uma solução pacífica" do conflito ucraniano, que provocou a pior deterioração das relações entre Moscou e o Ocidente desde o final da Guerra Fria.
Mas a Rússia deve também "fazer escolhas" para acabar com o conflito que já dura quase 10 meses e que já deixou mais de 5.300 mortos, insistiu.
No entanto, Kerry não disse nada sobre um eventual fornecimento de armas não-letais para a Ucrânia, um anúncio esperado pelas autoridades pró-ocidentais em Kiev.
"É necessário que haja um compromisso imediato para um verdadeiro cessar-fogo, que não seja apenas um pedaço de papel com palavras, mas que seja seguido por ações concretas", declarou Kerry durante uma coletiva de imprensa conjunta com o presidente ucraniano Petro Poroshenko.
Ele também considerou que "a agressão russa" no leste da Ucrânia é "a maior ameaça" para Kiev.
"Queremos uma solução diplomática, mas não podemos fechar os olhos quando os tanques vindos da Rússia atravessam a fronteira e entram na Ucrânia. Nós não podemos fechar os olhos quando os soldados russos em uniforme sem insígnia cruzam a fronteira", acrescentou.
"Retirar as armas pesadas da linha de cessar-fogo (...) seria uma primeira medida de confiança que permitiria uma solução pacífica", insistiu.
"Em segundo lugar, retirar as tropas estrangeiras e armas pesadas da Ucrânia, o que levaria a uma terceira medida - respeitar a fronteira internacional", disse ele.
Os Estados Unidos e Kiev acusam a Rússia de armar os separatistas pró-russos no leste da Ucrânia e de implantar tropas, o que Moscou nega.
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