Senador do PTB não mediu palavras no discurso de cinco minutos feito durante a eleição que escolhe o presidente da Casa, nesta manhã; "Ele não tem moral para mover qualquer ação contra alguém", atacou, em referência à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República a duas semanas da votação contra o candidato favorito, Renan Calheiros
2 DE FEVEREIRO DE 2013 ÀS 05:55
247 – "Chantagista", "prevaricador" e "sem moral". Esses foram alguns termos usados pelo senador Fernando Collor (PTB-AL) para definir o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, durante seu discurso na eleição que escolhe o presidente do Senado. A fala de no máximo cinco minutos foi tomada de ataques ferozes a Gurgel. "O procurador é um chantagista, um prevaricador", criticou Collor, na manhã desta sexta-feira. "Ele não tem moral para mover qualquer ação contra alguém", acrescentou.
O senador do PTB defendeu a candidatura do peemedebista à presidência da Casa. "A eleição de Renan Calheiros será uma afirmação do que é o Senado Federal". Em sua fala, ele se referiu à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o favorito ao cargo a apenas duas semanas das eleições no Senado. "Algo de estranho paira no ar e alguma orquestração está por detrás disso. O Senado não pode em nenhum momento se agachar e aceitar uma denúncia inepta, partindo de quem está partindo".
A ação, que acusa Renan de cometer os crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso, estava nas mãos de Gurgel há cerca de dois anos. O procurador nega que haja motivações políticas em apresentar a peça agora, próximo da eleição. Para deixar a ação ainda mais suspeita, porém, o documento com a denúncia
foi vazado na íntegra para a revista Época nesta manhã, poucas horas antes da eleição no Senado. Para Renan Calheiros, a atitude do procurador é "completamente estranha".
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