Páginas

Pesquisar este blog

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

POLÍTICA Procuradores da Lava Jato ameaçam renúncia coletiva e encostam Temer e o Congresso na parede; veja quais foram as mudanças na proposta

30 de novembro de 2016 às 17h55

Captura de Tela 2016-11-30 às 17.54.32
Um sumário honesto da votação das 10 Medidas, na Câmara dos Deputados, deverá registrar que o que havia de melhor no projeto foi excluído e medidas claramente retaliatórias foram incluídas. Cabe esclarecer que a emenda aprovada, na verdade, objetiva intimidar e enfraquecer Ministério Público e Judiciário. Rodrigo Janot, procurador-geral da Justiça, em nota
No regime democrático, propor teste de integridade, reportante do bem, fim do habeas corpus, validação de prova ilícita, isso tudo é defensável no fascismo, mas no estado de direito democrático, por favor, não. Renan Calheiros, presidente do Senado, comentando a decisão da Câmara
DIZ DALLAGNOL
Força-tarefa da Lava Jato ameaça renunciar se pacote for sancionado
“A Câmara sinalizou o começou do fim da Lava Jato”, disse o procurador Deltan Dallagnol, um dos coordenadores da força-tarefa

15:24 | 30/11/2016
O procurador da República, Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato, fez uma contundente manifestação contra um novo projeto anticorrupção aprovado durante a madrugada desta quarta-feira, 30. “A Câmara sinalizou o começou do fim da Lava Jato”, afirmou Deltan.
“Não será possível trabalhar na Lava Jato se a lei da intimidação for aprovada”. O Ministério Público Federal encampou a proposta “10 Medidas contra a Corrupção”, que teve apoio de mais de 2 milhões de pessoas e foi levado à Câmara. O texto embasou um projeto anticorrupção que passou pela Comissão Especial da Casa e entrou em votação pelo plenário na noite desta terça-feira.
Durante a madrugada, os deputados desconfiguraram a proposta inicial e votaram um novo pacote que flexibiliza punição a corruptos.
O projeto provocou fortes protestos de diversas entidades.
Pelo menos 11 mudanças foram feitas no texto do projeto de medidas de combate à corrupção que tinha sido aprovado na comissão especial, na semana passada.
Descontentes com o parecer do relator, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), parlamentares aprovaram emendas e destaques que incluíram novos temas e, sobretudo, retiraram trechos do pacote que dificultam investigações e flexibilizam a punição de corruptos.
Entre as mudanças aprovadas está a inclusão do crime de abuso de autoridades para magistrados e membros do Ministério Público, emenda apresentada pela bancada do PDT, e duramente criticada pelos membros do Judiciário. A pena é de 6 meses a 2 anos de reclusão e multa.
O coordenador da força-tarefa criticou a aprovação. “Como se não fosse suficiente foi aprovada a lei da intimidação contra o Ministério Público e o Poder Judiciário sob o maligno disfarce de crime de abuso de autoridade. Abusos devem sim ser punidos. Contudo, sob esse disfarce de crimes de abuso há verdadeiros atentados contra independência do exercício legítimo da atividade ministerial e judicial. A lei da intimidação avançada no Congresso faz do exercício da função do Ministério Público e do Judiciário uma atividade de altíssimo risco pessoal.”
AS MUDANÇAS APROVADAS NO PLENÁRIO:
Abuso de autoridade: Inclusão do crime de abuso de autoridades para magistrados e membros do MP — emenda apresentada pela bancada do PDT. Pena: 6 meses a 2 anos de reclusão e multa.
Punição para violação de prerrogativas: Inclusão de punição a policiais, juízes e membros do MP que violarem direito ou prerrogativa de advogados — emenda apresentada pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS), a pedido da OAB. Pena: 1 a 2 anos de detenção e multa.
Reportante do bem: Retirada a instituição do “reportante do bem”: figura cuja denúncia a órgãos da Justiça ou à imprensa acarretasse imposição de penalidades poderia receber até 20% dos valores recuperados — destaque apresentado pela bancada do PSB.
Ação de extinção de domínio: Retirado todo o trecho que regulava a apresentação das chamadas “ação de extinção de domínio”, cuja finalidade é decretar a extinção dos direitos de propriedade e posse e de outros direitos — destaque apresentado pela bancada do PR.
Progressão de pena: Retirado artigo que previa que condenado por crime contra administração pública só teria direito a progressão do regime de cumprimento de pena quando reparasse o dano causado ou devolvesse os recursos produtos do ato ilícito praticado — destaque apresentado pela bancada do PT.
Prescrição da pena: Retirados quatro artigos que endureciam as regras de prescrição de crimes, como a que estabelecia que o prazo de transcrição só começaria a ser contado após o ressarcimento integral do dano — emenda apresentada pela bancada do PT.
Enriquecimento ilícito: Retirado tipificação do crime de enriquecimento ilícito para funcionários públicos — destaque apresentado pelo bloco PP, PTB e PSC.
Acordo penal: Retirada possibilidade de Ministério Público e denunciado celebrarem acordo para aplicação imediata da pena antes da sentença judicial — destaque apresentado pela bancada do PSOL.
Acordo de leniência: Retirado trecho que previa que Ministério Público poderia celebrar acordo de leniência — destaque apresentado pela bancada do PT.
Responsabilização de partidos: Retirada da previsão de pena de suspensão do funcionamento dos partidos e da filiação do dirigente partidário responsável por crime de caixa 2 — destaque apresentado pelo bloco PP, PTB e PSC
Lei dos Partidos: Retirada de trecho que revogava artigo da Lei dos Partidos que estabelece que a responsabilização pessoal, civil e criminal de dirigentes partidários em razão da desaprovação de contas e atos ilícitos atribuídos ao partido só ocorre se a Justiça verificar irregularidade “grave e insanável”. Dessa forma, o artigo permanecerá na Lei dos Partidos — destaque apresentado pela bancada do PR.
MUDANÇAS QUE TINHAM SIDO APROVADAS NA COMISSÃO
Caixa 2: Inclui punição a quem praticar caixa 2 em nome do candidato ou do partido, como tesoureiros de campanha ou das legendas;
— Reduziu multa a partidos para de 5% a 20% do valor de repasse da cota do fundo partidário referente ao ano em que o ato lesivo ocorreu. MPF queria multa de 10% a 40%.
— Em caso de agravante, pena de 2 a 5 anos para caixa 2 será elevada em um terço, e não mais dobrada, como previsto.
Venda de voto: Tornou mais explícito que o eleitor que vender o voto também será responsabilizado, com pena de um a quatro anos.
Reportante do bem: Criou a figura do reportante, figura cuja denúncia a órgãos da Justiça ou à imprensa acarretar imposição de penalidades, poderá receber até 20% dos valores recuperados.
Crime de corrupção: Torna crime hediondo crimes de corrupção contra administração pública apenas quando o valor da vantagem for superior a 10 mil salários mínimos. Parecer anterior mencionava 100 salários mínimos.
Embargos declaratórios: Embargos declaratórios só poderão ser apresentados uma única vez e deverão ser respondido em um prazo de até 5 dias pela Justiça.
Ação Popular: Reincorporou normas para atualização da Lei da Ação Popular.
Prova ilícita: Deixa claro que provas ilícitas não poderão ser aceitas em processo.
Habeas Corpus: Retirou medidas que restringiam a concessão de habeas corpus; manteve apenas trecho que diz que juiz deverá “cientificar” MP e defesa para se manifestar sobre habeas corpus, caso instrumento tenha efeitos na investigação criminal ou processo penal.
Teste de integridade: Retirado por destaque apresentado pelo PT.
Prisão preventiva: Rejeitada proposta que permitia prisão preventiva com finalidade de permitir identificação, localização e devolução do produto do crime.
Cooperação internacional: Retirou artigos que regulavam cooperação jurídica internacional entre a Justiça brasileira e de outros países.

BRASIL Votação da quadrilha da corrupção será anulada pelo STF

Postado  
001

“Já se cassaram magistrados em tempos mais tristes. Pode-se tentar calar o juiz, mas nunca se conseguiu, nem se conseguirá, calar a Justiça”.
A afirmação é da presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, em resposta a votação da Câmara dos Deputados que desfigurou o pacote anticorrupção de iniciativa popular.
Em nota divulgada nesta quarta-feira (30/11), Cármen Lúcia disse que “a democracia depende de poderes fortes e independentes” e defendeu que o” Judiciário brasileiro vem cumprindo o seu papel.”
A presidente do STF diz que reafirma seu integral respeito ao princípio da separação de poderes, mas “não pode deixar de lamentar que, em oportunidade de avanço legislativo para a defesa da ética pública, inclua-se, em proposta legislativa de iniciativa popular, texto que pode contrariar a independência do Poder Judiciário.”

Saiba como votou cada senador no 1º turno da PEC da maldade

30 de novembro de 2016 - 9h28 


FOTO: Roque de Sá/Agência Senado
Aprovada a PEC da MaldadeAprovada a PEC da Maldade

Senadores e senadoras que votaram a favor da proposta:
 
PMDB (16)Dário Berger (SC)
Edison Lobão (MA)
Eduardo Braga (AM)
Eunício Oliveira (CE)
Garibadi Alves Filho (RN)
Hélio José (DF)
Jader Barbalho (PA)
João Alberto (MA)
José Maranhão (PB)
Marta Suplicy (SP)
Raimundo Lira (PB)
Romero Jucá (RR)
Rose de Freitas (ES)
Simone Tebet (MS)
Valdir Raupp (RO)
Waldemir Moka (MS)

PSDB (12)


Aécio Neves (MG)
Aloysio Nunes (SP)
Antonio Anastasia (MG)
Ataídes Oliveira (TO)
Dalírio Beber (SC)
Deca (PB)
Flexa Ribeiro (PA)
José Anibal (SP)
Paulo Bauer (SC)
Pinto Itamaraty (MA)
Ricardo Ferraço (ES)
Tasso Jereissati (CE)

PP (7)


Ana Amélia (RS)
Benedito de Lira (AL)
Ciro Nogueira (PI)
Gladson Cameli (AC)
Ivo Cassol (RO)
Roberto Muniz (BA)
Wilder Morais (GO)

PSD (4)


José Medeiros (MT)
Omar Aziz (AM)
Otto Alencar (BA)
Sérgio Petecão (AC)

PR (4)


Cidinho Santos (MT)
Magno Malta (ES)
Vicentinho Alves (TO)
Wellington Fagundes (MT)

DEM (3)


Davi Alcolumbre (AP)
José Agripino Maia (RN)
Ronaldo Caiado (GO)

PSB (3)


Antônio Carlos Valadares (SE)
Fernando Coelho (PE)
Lúcia Vânia (GO)

PTB (3)


Armando Monteiro (PE)
Elmano Férrer (PI)
Zezé Perrella (MG)

PSC (2)


Eduardo Amorim (SE)
Pedro Chaves (MS)

PDT (2)


Lasier Martins (RS)
Pastor Valadares (RO)

PV


Álvaro Dias (PR)

PRB


Marcello Crivella (RJ)

PPS


Cristovam Buarque (DF)

PTC


Fernando Collor (AL)
Sem partido
Reguffe (DF)

Senadores e senadoras que votaram contra a proposta:


PMDB


Kátia Abreu (TO)

PT (9)


Ângela Portela (RR)
Fátima Bezerra (RN)
Gleisi Hoffmann (PR)
Humberto Costa (PE)
José Pimentel (CE)
Lindbergh Farias (RJ)
Paulo Paim (RS)
Paulo Rocha (PA)
Regina Sousa (PI)

PSB (2)


João Capiberibe (SE)
Lídice da Mata (BA)

Rede


Randolfe Rodrigues (AP)

PCdoB


Vanessa Grazziotin (AM)
A PEC ainda precisa ser analisada em segundo turno, previsto para 13 de dezembro.



Do Portal Vermelho

Obra de Fidel iluminará os povos do mundo, diz presidente da Venezuela

30 de novembro de 2016 - 12h42 


Efe
Maduro participou da homenagem a Fidel Castro em Havana junto a outros chefes de EstadoMaduro participou da homenagem a Fidel Castro em Havana junto a outros chefes de Estado
O presidente venezuelano afirmou que Fidel partiu invicto “absolutamente absolvido pela história”. E destacou a amizade entre o ex-presidente Hugo Chávez com o comandante da Revolução.

“A revolução bolivariana é irmã da revolução cubana”, ressaltou Maduro, que também falou sobre a solidariedade do governo cubano com o povo venezuelano inspirada nas ideias de Fidel e Chávez. “Hoje devemos levantar a bandeira da independência e da dignidade dos povos”.

Para o presidente venezuelano, a obra de Fidel será um farol que irá iluminar os povos do mundo. “Seguiremos o caminho vitorioso deste grande fundador da Pátria Grande”, proclamou.
 


Do Portal Vermelho, com Telesur

Fidel será lembrado por sua liderança, diz secretário-geral da ONU

30 de novembro de 2016 - 10h57 


Radio Rebelde
Fidel recebeu Ban Ki-Moon em 2014 em CubaFidel recebeu Ban Ki-Moon em 2014 em Cuba
O secretário-geral da ONU lembrou ainda de uma reunião com Fidel durante uma visita a Cuba em janeiro de 2014, na qual ficou impressionado com a “paixão do ex-presidente e seu vivo engajamento em uma ampla gama de questões”.

Ban Ki-moon também enviou suas condolências ao povo cubano e à família do ex-presidente, particularmente o presidente Raúl Castro.

De acordo com o porta-voz da ONU, Ban disse esperar que Cuba continue seu avanço no caminho da reforma, da maior prosperidade e dos direitos humanos. Ele ofereceu ainda o apoio das Nações Unidas ao povo cubano neste momento de luto nacional.

ONU em Cuba também envia condolências
O Sistema das Nações Unidas em Cuba também enviou condolências ao povo cubano, à família do ex-presidente e ao presidente Raúl Castro após a morte de Fidel.

“Fidel Castro será lembrado por sua liderança nacional e internacional, pelas conquistas do país em saúde pública, educação e ciência, empoderamento das mulheres, proteção às meninas e meninos, preparação e resposta a desastres naturais”, disse o comunicado.

“Também será lembrado por suas visões sobre agricultura e alimentação, assim como pela cooperação cubana no desenvolvimento humano de outros países. Nos debates globais nas Nações Unidas, Fidel Castro foi um grande defensor da justiça social, da proteção ao meio ambiente, do desenvolvimento sustentável e da luta contra a fome e a desnutrição”, completou.


Do Portal Vermelho, com informações da ONU

Mais de 2 milhões lotam Praça da Revolução para se despedir de Fidel

30 de novembro de 2016 - 13h42 



Ladyrene Pérez/ Cubadebate
Mais de 2 milhões de pessoas compareceram na Praça da Revolução, isso equivale a quase 20% da população cubanaMais de 2 milhões de pessoas compareceram na Praça da Revolução, isso equivale a quase 20% da população cubana
Além do povo cubano, responsável por prestar a homenagem mais linda que se pode oferecer a um líder, o ato conta com a participação de dezenas de presidentes, representantes oficiais de governo e outras autoridades políticas.

Entre os presidentes que foram a Cuba se despedir de Fidel estão: Rafael Correa, Equador; Enrique Peña Niet, México; Daniel Ortega, Nicarágua; Nicolás Maduro, Venezuela; Hage Geingob, Namíbia; Eshaq Jahangiri, vice-presidente do Irã; Li Yunchao, vice-presidente da China; Salvador Sánchez Cerén, de El Salvador; Alexis Tsipras, primeiro ministro da Grécia e Roosevelt Skerrit, primeiro ministro da República Dominicana.

Entre os enviados oficiais dos países estavam: Jacob Zuma, presdiente do Congresso da África do Sul; Abdelkader Bensalah, representante da Argélia; Hamad bin Khalifa, enviado do Catar; Nguyen Thi Kim Ngan, presidenta da Assembleia do Vietnã; Viachesalav Volodin, presidente do congresso russo e Viktor Sheiman, enviado especial da Bielorrússia.

Todos os chefes de Estado e os representantes oficiais discursaram e lamentaram profundamente a morte do ex-presidente Fidel Castro.

Ao final desta onda de homenagem nas Praça da Revolução, as cinzas de Fidel serão levadas para sua cidade natal, Santiago de Cuba, percorrendo um caminho de forma que o povo das demais cidades possa render uma última homenagem ao líder.

Em Santiago haverá um último ato político aberto à população e por fim, uma cerimônia particular para a família no cemitério onde as cinzas de Fidel serão enterradas.

Em um vídeo produzido pela agência AFP é possível ver a multidão que lotou a praça, além de trechos dos discursos de alguns chefes de Estado. O presidente do congresso da África do Sul, Jacob Zuma, ressaltou a contribuição de Fidel Castro na luta de seu país contra o apartheid.

CÁRMEN LÚCIA ENCARA O CONGRESSO E DIZ QUE NÃO SE PODE CALAR A JUSTIÇA


A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, criticou, em nota, a decisão do Congresso Nacional, que, na noite de ontem, retalhou a proposta das "10 medidas contra a corrupção" e incluiu no pacote a punição a juízes e procuradores por abuso de autoridade; "O Judiciário brasileiro vem cumprindo o seu papel. Já se cassaram magistrados em tempos mais tristes. Pode-se tentar calar o juiz, mas nunca se conseguiu, nem se conseguirá, calar a Justiça", disse ela; integrantes da força-tarefa da Lava Jato disseram que a intenção das medidas é intimidar o Judiciário
30 DE NOVEMBRO DE 2016 ÀS 13:50 

247 – A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, criticou, em nota, a decisão do Congresso Nacional, que, na noite de ontem, retalhou a proposta das "10 medidas contra a corrupção" e incluiu no pacote a punição a juízes e procuradores por abuso de autoridade.
Leia, abaixo, sua nota:
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, reafirma o seu integral respeito ao princípio da separação de poderes. Mas não pode deixar de lamentar que, em oportunidade de avanço legislativo para a defesa da ética pública, inclua-se, em proposta legislativa de iniciativa popular, texto que pode contrariar a independência do Poder Judiciário.
Hoje, os juízes respondem pelos seus atos, na forma do estatuto constitucional da magistratura.
A democracia depende de poderes fortes e independentes. O Judiciário é, por imposição constitucional, guarda da Constituição e garantidor da democracia. O Judiciário brasileiro vem cumprindo o seu papel. Já se cassaram magistrados em tempos mais tristes. Pode-se tentar calar o juiz, mas nunca se conseguiu, nem se conseguirá, calar a Justiça.
Relembre a posição da ministra sobre o caixa 2:

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Sérgio Moro faz pedido de licença para passar um ano nos EUA

brasil-juiz-federal-sergio-moro-brasilia-20160804-01




O juiz federal Sérgio Moro protocolou, hoje (28), um pedido de licença acadêmica para passar um ano nos Estados Unidos.
O pedido foi feito na Universidade Federal do Paraná.

Moro aguarda deliberação do Conselho Universitário.
O que o magistrado pretende? Quais as consequências para a Operação Lava Jato?
Aguardemos.

TCE confirma denúncias de obras paradas da Oposição

  

O relatório de obras paradas divulgado nesta segunda-feira (28) pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) é a confirmação do que a Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) vem alertando desde o início de 2015, quando deu início às visitas ao programa Pernambuco de Verdade: o Estado está parado. Ao todo, segundo os dados do TCE, são 911 obras paradas no Estado, que juntas somam R$ 5,3 bilhões em recursos públicos.
a-silvio-costa-filho
Desde o ano passado, a Oposição colocou em curso uma série de visitas a obras paralisadas, todas presentes no atual relatório do Tribunal de Contas. “O relatório confirma o que a Bancada vem alertando há mais de um ano em relação aos empreendimentos em execução no Estado. Além de a causar a frustração das expectativas da população, a paralisação das obras gera desemprego e provoca aumento dos gastos públicos, por causa da recuperação das intervenções que ficaram paradas”, avaliou o deputado Silvio Costa Filho (PRB), líder da bancada oposicionista.
Na lista, estão as principais promessas dos governos do PSB no Estado, como os corredores Norte-Sul e Leste-Oeste do BRT, o projeto de Navegabilidade do Rio Capibaribe, a Via Metropolitana Norte, Barragem de Serro Azul, entre outras. Por órgãos, lidera a lista de empreendimentos paralisados a Secretaria das Cidades, com um montante de R$ 1,13 bilhão, seguida pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), com um total de R$ 560 milhões em obras paradas. A conta da Compesa não leva em consideração a PPP do Saneamento, que tem hoje menos de 10% de seu orçamento executado.
Por município, a cidade do Recife lidera a lista do TCE, com R$ 810,3 milhões em projetos parados. Na lista de obras recifenses estão a reforma do Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães (Geraldão), intervenções na bacia do Beberibe, requalificação da comunidade do Pilar, revestimento dos canais do Arruda e Rio da Prata e a ponte Monteiro-Iputinga.
Silvio chama a atenção para a necessidade de tanto o Governo do Estado quanto a Prefeitura do Recife apresentarem para a sociedade um programa de conclusão desses empreendimentos. “Os governos do PSB no Estado e na Prefeitura precisam prestar contas à população e apresentar um cronograma para a entrega dessas obras, antes de prometer novos empreendimentos para gerar notícias positivas”, defendeu.

"Fidel era como um pai para mim”, diz jovem resgatado por Cuba dos EUA

América Latina

28 de novembro de 2016 - 16h54 


Divulgação
Na adolescência Elián se tornou próximo a Fidel e mais tarde se filiou à Juventude do Partido ComunistaNa adolescência Elián se tornou próximo a Fidel e mais tarde se filiou à Juventude do Partido Comunista
Elián tinha 5 anos quando sua mãe resolveu deixar Cuba para tentar a vida nos Estados Unidos e durante a travessia morreu em um acidente. Ele conseguiu se salvar e foi regatado na costa norte-americano e entregue à família que morava no país. Porém, foi afastado de seu pai, que vivia na ilha.

A disputa entre o pai de Elián e os parentes nos Estados Unidos virou uma questão diplomática no mento que Fidel Castro interviu em defesa do retorno da criança.

O então presidente encabeçou grandes manifestações em Cuba que exigiam a libertação da criança para que pudesse voltar aos braços do pai, em Cuba.

À época, Fidel, que era presdiente do país, afirmou que o regresso do pequeno Elián foi "a maior batalha enfrentada pelo povo cubano".

Aos 22 anos, Elián é engenheiro e fala sobre a dor de perder Fidel. “Ele era como um pai pra mim, eu gostava de mostrar a ele tudo o que conseguia. Ainda há coisas que eu gostaria de ter lhe mostrado, para deixá-lo orgulhoso”.

Para ele, o processo revolucionário não será abalado com a morte de Fidel. “Não está certo falar de Fidel no passado, mas sim no futuro. Hoje, mais que nunca, ele é onipresente. Fidel nos preparou para este exato momento, porque foi precisamente isso que ele fez: nos ensinou a voar, a sonhar e agora isso é com a gente. Agora não o temos mais do nosso lado, é nosso dever seguir o caminho, é nosso dever completar a revolução”.


De volta a Cuba, sob a proteção do pai, Elián comemorou o aniversário de 7 anos na companhia dos colegas de classe
Depois do regresso do pequeno, Fidel sempre manteve uma relação muito próxima com a família. Na adolescência, Elián se filiou à Juventude do Partido Comunista e mais tarde ingressou em uma academia militar, onde foi cadete por algum tempo. Em julho deste ano se formou em Engenharia Industrial na Universidade Camilo Cienfuegos.


Do Portal Vermelho, com agências

Moro veta 21 das 41 perguntas da defesa de Cunha para Temer

Estadão Conteúdo


Uma das preocupações do juiz da Lava Jato é a citação a autoridades com prerrogativa de foro privilegiado - caso do presidente da República. A menção a pessoas nessas condições em processo de primeiro grau judicial pode levar até à anulação do caso ou provocar o deslocamento dos autos.

Dentre as perguntas indeferidas, está uma que é praticamente a mesma feita pelo advogado de Cunha ao ex-diretor da Petrobras e delator Nestor Cerveró em audiência na Justiça Federal na quinta-feira, 24: "Essa proposta financeira que o sr (Cerveró) recebeu para se manter no cargo de pagar 700 mil dólares por mês também foi levada ao presidente do PMDB à época (Michel Temer)?", perguntou na ocasião o criminalista Marlus Arns, a Cerveró.

Na sexta, por escrito, a defesa reiterou o questionamento, desta vez para Temer: "Vossa Excelência foi comunicado pelo Sr. Nestor Cerveró sobre uma suposta proposta financeira feita a ele para sua manutenção no cargo?", indaga a defesa do peemedebista, na tentativa de ligar o presidente às investigações.

"Ressalve-se, considerando o teor inapropriado de parte dos quesitos, que, nos depoimentos extrajudiciais do colaborador Nestor Cuñat Cerveró, apesar de sua afirmação de que teria procurado o então Deputado Federal Michel Temer para lograr apoio político para permanecer no cargo de Diretor da Petrobras, não há qualquer referência de que a busca por tal apoio envolveu algo de ilícito ou mesmo que a conversa então havida tenha tido conteúdo ilícito", assinala o juiz Sérgio Moro ao negar várias perguntas de Cunha.

Além disso, em relação a outras oito perguntas, Moro entendeu que elas não tinham "pertinência" com a ação penal na qual Cunha é réu em Curitiba. Dentre os questionamentos estavam perguntas sobre a bancada do PMDB na Câmara, alianças do partido, indicações para a presidência de Furnas e para a vice-presidência da Caixa, dentre outros.

Nesta ação penal, o ex-presidente da Câmara é acusado pela Procuradoria da República de ter recebido, entre 2010 e 2011, propinas relacionadas à aquisição pela Petrobras de um campo de petróleo em Benin. O ex-presidente da Câmara é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas pela manutenção de contas secretas na Suíça que teriam recebido propina do esquema na Petrobras.

A ação já havia sido aberta pelo Supremo Tribunal Federal em junho. O processo foi remetido para a primeira instância em Curitiba, pois Cunha perdeu foro privilegiado desde que foi cassado pela Câmara, por 450 votos a 10, no dia 12 de setembro. Com isso, o Supremo remeteu esta ação contra o peemedebista para a Justiça Federal em Curitiba, sede da Lava Jato.
Leia mais em: http://zip.net/bttyn0

sábado, 26 de novembro de 2016

Fidel Castro, ex-presidente de Cuba, morre aos 90 anos

26/11/2016 12h46

Anúncio foi feito pelo irmão Raúl; país declarou 9 dias de luto oficial.

Líder da Revolução Cubana foi figura internacional polêmica por décadas.


Do G1, em São Paulo
 ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, morreu à 1h29 (hora de Brasília) deste sábado (26), aos 90 anos, na capital Havana. A informação foi divulgada pelo seu irmão Raúl Castro em pronunciamento na TV estatal cubana.
"Com profunda dor compareço para informar ao nosso povo, aos amigos da nossa América e do mundo que hoje, 25 de novembro do 2016, às 22h29, faleceu o comandante da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz", disse Raúl Castro.
"Em cumprimento da vontade expressa do companheiro Fidel, seus restos serão cremados nas primeiras horas" deste sábado, prosseguiu o irmão.
Na segunda e na terça, a população da capital cubana poderá render homenagens a Fidel no Memorial Martí. Na própria terça, as cinzas de Fidel partem para a caravana de quatro dias pelo país. No dia 4 de dezembro, a cerimônia para enterrar as cinzas no cemitério Santa Ifigenia, em Santiago de Cuba, começa às 7h, pela hora local.
Figura controversa
Visto como um grande líder revolucionário por uns, e como ditador implacável por outros, Fidel foi saindo de cena progressivamente ao longo da última década, morando em lugar não divulgado e fazendo aparições esporádicas nos últimos anos.
As últimas imagens de Fidel Castro são do dia 15, quando recebeu em sua residência o presidente do Vietnã, Tran Dai Quang. Antes, ele foi visto em um ato público foi no dia 13 de agosto, na comemoração de seu 90º aniversário. A festa reuniu mais de 100 mil pessoas. Na época, Fidel apresentou um semblante frágil, vestido com um moletom branco e acompanhado pelo seu irmão Raúl e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Despedida
Em abril, durante o XVII Congresso do Partido Comunista de Cuba, Fidel reapareceu e fez um discurso que soou como uma despedida, onde reafirmou a força das ideias dos comunistas.

"A hora de todo mundo vai chegar, mas ficarão as ideias dos comunistas cubanos, como prova de que neste planeta se trabalha com fervor e dignidade, é possível produzir os bens materiais e culturais que os seres humanos necessitam, e devemos lutar sem descanso para isso", afirmou Fidel Castro na ocasião.

Desde que ficou doente, em julho de 2006, e cedeu o poder ao seu irmão Raúl Castro, o líder cubano se dedicou a escrever artigos, assim como livros sobre sua luta na Sierra Maestra e a receber personalidades internacionais em sua residência, no oeste de Havana.
Doença e saída do poder
Na noite de 31 de julho de 2006, Fidel Castro surpreendeu Cuba e o mundo com o anúncio de que cedia o poder ao irmão Raúl, em caráter provisório, depois de sofrer hemorragias. Foi a primeira vez que saiu do poder.
Sem revelar qual doença o afetava, Fidel admitiu que esteve à beira da morte. Perdeu quase 20 quilos nos primeiros 34 dias de crise, passou por várias cirurgias e dependeu por muitos meses de cateteres.
Em dezembro de 2007, o comandante cubano já havia expressado em uma mensagem escrita que não estava aferrado ao poder, nem obstruiria a passagem das novas gerações, mas em janeiro foi eleito deputado e ficou tecnicamente habilitado para uma reeleição – o que não ocorreu.
Desde março de 2007, já afastado do cenário público, sendo visto apenas em vídeos e fotos, Fidel Castro se dedicava a escrever artigos para a imprensa sob o título de "Reflexões do Comandante-em-Chefe".
Fidel deixou o poder definitivamente em fevereiro de 2008. Em um texto publicado no jornal estatal “Granma”, ele anunciou sua renúncia.
Fidel Castro foi um dos personagens da política internacional durante mais de seis décadas  (Foto: Adalberto Roque/AFP)Fidel Castro foi um dos personagens da política internacional durante mais de seis décadas (Foto: Adalberto Roque/AFP)

Trajetória
Fidel nasceu em 13 de agosto de 1926, na província de Holguín, sul de Cuba, e foi batizado durante a infância de Fidel Hipólito. Sua mãe trabalhava para a mulher de seu pai, o bem sucedido latifundiário espanhol Ángel Castro.
Apenas quando Fidel era adolescente seu pai se separou da primeira mulher e assumiu a família com a mãe de Fidel, Lina Ruz Gonzalez, com quem teve outros cinco filhos. Nesta época, Fidel foi assumido oficialmente pelo pai e recebeu o nome de Fidel Alejandro Castro Ruz.
Apesar de não ter sido registrado pelo pai na infância, Fidel cresceu estudando em escolas particulares e em meio a um ambiente de riqueza bastante diferente da pobreza do povo cubano.
Bastante inteligente, o jovem era mais interessado nos esportes do que nos estudos. Mesmo assim, o líder cubano iniciou seus estudos na Universidade de Havana em 1945, onde conheceu o nacionalismo político cubano, o anti-imperalismo e o socialismo, e se formou em direito em 1950.
GNews - Fidel Castro (Foto: Reprodução/GloboNews)GNews - Fidel Castro (Foto: Reprodução/GloboNews)
Em 1948, Fidel viajou para a República Dominicana em uma expedição para tentar derrubar o ditador Rafael Trujillo, que foi fracassada.
Ao voltar para a faculdade, ele se juntou ao Partido Ortodoxo, fundado para acabar com a corrupção no país.
Casamentos
No mesmo ano, Fidel se casou com Mirta Diaz Balart, de uma rica família cubana. Eles tiveram apenas um filho, Fidelito. O casamento com Mirta acabou em 1955. Durante a união, ele teve um relacionamento com Naty Revuelta, com quem teve uma filha, Alina Fernández-Revuelta. Em 1993, ela fugiu da ilha se fazendo passar por uma turista espanhola. Alina pediu asilo nos Estados Unidos e passou a fazer fortes críticas a seu pai.
Com sua segunda mulher, Dalia Soto del Valle, Fidel teve outros cinco filhos homens cujos nomes começam com a letra "A": Alexis, Alexander, Alejandro, Antonio e Ángel.
Além da filha Alina, uma das irmãs de Fidel, Juanita Castro, também se mudou para os EUA, no início da década de 1960.
A amizade entre Castro e Chávez era antiga (Foto: ENRIQUE DE LA OSA / POOL / AFP)A amizade entre Castro e Chávez era antiga (Foto: ENRIQUE DE LA OSA / POOL / AFP)
Revolução
Durante o casamento com Mirta Diaz, Fidel teve contato com as famílias ricas de Cuba, e se candidatou a um posto no parlamento. Entretanto, o golpe do general Fulgêncio Batista derrubou o governo da época e cancelou as eleições.
Junto com outros membros do Partido Ortodoxo, Fidel organizou uma insurreição. Em 26 de julho de 1953, cerca de 150 pessoas atacaram o quartel de Moncada, em Santiago de Cuba, em uma tentativa de derrubar Batista. O ataque falhou e Fidel foi capturado. Após julgamento, ele foi condenado a 15 anos de prisão. Entretanto, o incidente o tornou famoso no país.
Em 1955, Fidel foi anistiado, e fundou o movimento 26 de Julho, de oposição ao governo. Nessa época, ele se encontrou pela primeira vez com o revolucionário Ernesto ‘Che’ Guevara e se exilou no México.
Em 1957, junto com Guevara e mais 79 expedicionários, chegou a Cuba a bordo de um navio e tentou derrubar o presidente, mas foi surpreendido pelo Exército e derrotado. Fidel, seu irmão Raúl e Che conseguiram escapar e se refugiaram na Sierra Maestra, onde travaram combates com o governo.
Em 30 e 31 de dezembro de 1958, as vitórias revolucionárias assustaram Batista, que fugiu de Cuba e foi para a República Dominicana. Aos 32 anos, Fidel conseguiu o controle do país.
Reforma para o comunismo
Um novo governo foi criado, e Fidel assumiu como primeiro-ministro em 1959, após a renúncia de Jose Miro Cardona. Nesta época, foram iniciadas as relações com a então União Soviética.
O líder passou então a sua reforma para o comunismo. Em 1960, Fidel nacionalizou a indústria açucareira de Cuba, sem pagar indenizações. Três anos depois ele estatizaria as fazendas, ampliando a reforma agrária.
Em 1961, o governo proclamou seu status socialista. Houve uma fuga em massa dos ricos do país para Miami, nos Estados Unidos, que rompem as relações diplomáticas com Cuba.
Fidel com Che Guevara, em foto de 1960 (Foto: AP Foto/Prensa Latina via AP Images)Fidel com Che Guevara, em foto de 1960 (Foto: AP Foto/Prensa Latina via AP Images)
Crise com os EUA
Em abril, Castro formalizou Cuba como um estado socialista. No dia seguinte, cerca de 1,3 mil exilados cubanos apoiados pela CIA atacaram a ilha pela Baía dos Porcos, em uma tentativa de derrubar o governo.
O ataque foi um fracasso – centenas de pessoas foram mortas e quase mil capturadas. Os EUA negaram seu envolvimento, mas revelaram que os exilados foram treinados pela CIA. Décadas depois, o país confirmou que a ação vinha sendo planejada desde 1959.
O incidente fez Castro consolidar seu poder. Em maio do mesmo ano, ele anunciou o fim das eleições democráticas no país e denunciou o imperialismo americano. Che Guevara assumiu o Ministério da Indústria.
Em 1962, os EUA ordenaram o bloqueio econômico total à ilha, isolando o regime, uma política que se seguiu até a atualidade.
Fidel passou a intensificar sua relação com a União Soviética, aceitando financiamento e ajudas militares. Em outubro de 1962, o país concebeu a ideia de implantar misseis nucleares em Cuba, gerando uma crise com os EUA e quase uma guerra nuclear.
Dias depois, o premiê soviético concordou em remover os mísseis com o comprometimento americano de não invadir Cuba. Castro foi deixado de lado nas negociações.
Camilo Cienfuegos era um dos colaboradores mais próximos de Castro (Foto: Prensa Latina/AFP)Camilo Cienfuegos era um dos colaboradores mais próximos de Castro (Foto: Prensa Latina/AFP)
Governo
Em 1965, Che deixa o país para expandir a revolução. Dois anos depois, ele foi assassinado na Bolívia, deixando Fidel como único rosto da revolução.
Ainda em 1965, Fidel se posicionou como líder do Partido Comunista cubano. Pouco a pouco, ele começou uma campanha para apoiar a luta armada contra o imperialismo na América Latina e na África.
Apesar do comprometimento dos EUA de não invadir a ilha, houve ataques de outras formas, como o bloqueio econômico e centenas de tentativas de assassinato contra Fidel ao longo dos anos. Fidel chegou a dizer que se escapar de tentativas de assassinato fosse um esporte olímpico, ele teria ganhado medalhas de ouro.
Durante seu governo, Fidel investiu na educação – foram criadas cerca de 10 mil novas escolas, e a alfabetização atingiu 98% da população. Os cubanos têm um sistema de saúde universal, que reduziu a mortalidade infantil para 11 a cada mil nascidos vivos.
Execuções e prisões
Entretanto, as liberdades civis foram confiscadas. Sindicatos perderam o direito de realizar greves, jornais independentes foram fechados e instituições religiosas perseguidas. Castro removeu seus opositores com execuções e prisões, além do exílio forçado.
Centenas de milhares de cubanos fugiram do país ao longo das décadas, muitos seguindo para a Flórida, bastante próxima da costa da ilha. A maior saída ocorreu em 1980, quando o governo anunciou a autorização de saída, e 125 mil pessoas deixaram Cuba – 15 mil delas se jogaram ao mar amarradas e canoas, pneus e botes.
Em 1986, instituições de defesa dos direitos humanos realizaram em Paris o “Tribunal de Cuba”, onde ex-prisioneiros da ditadura deram seu testemunho. Entidades calculam que cerca de 12 mil pessoas morreram nas mãos do governo.
Em 1989, com a queda do muro de Berlin, a União Soviética retira seus 7 mil militares da ilha e acaba com a ajuda comercial à Cuba.
Em 1996, Cuba bombardeia dois aviões civis pilotados por exilados cubanos em Miami, retomando as tensões com os EUA. No ano seguinte, Fidel apontou seu irmão, Raúl, como seu sucessor.
Em 2002, os EUA criam uma prisão para suspeitos de terrorismo em uma base militar Guantánamo, no território cubano. O então presidente George W. Bush inclui o país na lista dos que apoiam o terrorismo.
  •  
O ex-presidente de Cuba, Fidel Castro (centro), participa de festa de gala celebrando seu aniversário de 90 anos, acompanhado de seu irmão, Raúl (ao fundo) e do presidente da Velezuela, Nicolas Maduro (direita), no teatro Karl Marx em Havana (Foto: Ismael Francisco/Cubadebate/AP)O ex-presidente de Cuba, Fidel Castro (centro), participa de festa de gala celebrando seu aniversário de 90 anos, acompanhado de seu irmão, Raúl (ao fundo) e do presidente da Velezuela, Nicolas Maduro (direita), no teatro Karl Marx em Havana (Foto: Ismael Francisco/Cubadebate/AP)
Segredos
Desde que caiu doente e entregou o poder provisoriamente a Raúl, Fidel deixou claro que sua doença era um assunto delicado e não um assunto de domínio público.
"Devido aos planos do império (EUA), meu estado de saúde se converte em um segredo de Estado a respeito do qual não se pode ficar constantemente divulgando informações", afirmou.
Os segredos em torno do ex-dirigente são guardados com tanto afinco que não se conhecia nem mesmo o local onde Fidel se recuperava.
Conta-se que, durante anos, Fidel jamais dormiu duas noites no mesmo lugar.
Ele circulava por Cuba em uma caravana com três carros Mercedes Benz pretos idênticos, e a presença dele nas cúpulas realizadas no exterior nunca está 100% confirmada antes de sua chegada.
Até a ideologia comunista dele foi objeto de mistério nos primeiros anos da revolução.
Diferentemente de outros líderes mundiais, a vida privada de Fidel não comparece aos jornais.
O único dos filhos dele que ocupou um cargo público é Fidel Castro Diaz-Balart, o "Fidelito", um engenheiro nuclear que trabalhou como assessor científico do Conselho de Estado.
Fidel nunca abandonou suas ideias sobre estratégia militar. Em 1953, quando organizou o ataque contra o quartel Moncada, em Santiago de Cuba, sua primeira e desastrosa ação militar, quase todos os seus companheiros só ficaram sabendo do objetivo da investida no último minuto.
Cronologia Fidel Castro V3 (Foto: Editoria de Arte/G1)
tópicos: