Presente foi dado com cartão assinado por Emílio e Marcelo Odebrecht no aniversário de 50 anos de Geddel, quando era ministro da Integração, em 2009. Naquele ano, pasta do peemedebista liberou R$ 35 milhões para a empreiteira.
publicado 23 de novembro de 2016, 8:25 p.m.
BuzzFeed Staff
Um dos homens fortes da articulação política do presidente Michel Temer, o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria-Geral de Governo) ganhou de presente da Odebrecht em seu aniversário de 50 anos um relógio suíço Patek Philippe, modelo Calatrava, que custou aproximadamente US$ 25 mil dólares (R$ 85 mil no câmbio de hoje).
O presente foi dado em comemoração ao aniversário de 50 anos do político, que aconteceu em março de 2009. Naquele ano, Geddel ocupava o Ministério da Integração do governo Lula na cota do PMDB. A pasta de Geddel liberou R$ 35,2 milhões para a Construtora Norberto Odebrecht em 2009.
O dinheiro custeou uma das etapas de implantação do projeto de irrigação Tabuleiros Litorâneos de Parnaíba, executado pelo DNOCS (Departamento Nacional de Obras contra a Seca) – vinculado ao ministério comandado por Geddel.
Junto com presente, Geddel recebeu também um cartão de felicitações assinado por Emílio Odebrecht, por seu filho, Marcelo, e pelo ex-vice-presidente de Relações Institucionais da empreiteira Cláudio Filho.
Marcelo Odebrecht, que assumiu a presidência do grupo, está preso desde junho de 2015 em Curitiba. Ele já foi condenado a 19 anos e 4 meses de prisão.
As revelações fazem parte dos anexos do acordo de delação premiada de Cláudio Melo Filho, um dos muitos ex-executivos da Odebrecht que já firmaram termos de colaboração com o Ministério Público Federal.
Melo Filho era citado nas comunicações de Marcelo Odebrecht pelas iniciais CMF.
Além do relógio, o ex-executivo contou aos investigadores que Geddel mantinha boa relação com a Odebrecht e recebia recursos regularmente.
Os pagamentos, segundo o delator, eram feitos em períodos eleitorais, na forma de doações de campanha, e também em períodos não eleitorais. Melo Filho narrou ainda que Geddel recebeu contrapartida para liberar recursos da obra Tabuleiros Litorâneos.
Detalhes e valores das transações serão dados pelos delatores da Odebrecht na próxima fase da colaboração, quando os chamados ‘anexos’ serão esmiuçados em depoimentos aos investigadores.
Geddel, segundo Filho, ainda faria jus ao apelido de “boca de jacaré”. Segundo ele, apesar da Odebrecht sempre ter dado um volume considerável de recursos ao político, ele sempre achava pouco e pedia mais.
Os pagamentos, segundo o delator, eram feitos em períodos eleitorais, na forma de doações de campanha, e também em períodos não eleitorais. Melo Filho narrou ainda que Geddel recebeu contrapartida para liberar recursos da obra Tabuleiros Litorâneos.
Detalhes e valores das transações serão dados pelos delatores da Odebrecht na próxima fase da colaboração, quando os chamados ‘anexos’ serão esmiuçados em depoimentos aos investigadores.
Geddel, segundo Filho, ainda faria jus ao apelido de “boca de jacaré”. Segundo ele, apesar da Odebrecht sempre ter dado um volume considerável de recursos ao político, ele sempre achava pouco e pedia mais.
Um dos homens da confiança de Michel Temer, Geddel passou a ser personagem-central de uma crise após ser acusado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de pressioná-lo para obter a liberação da obra de um prédio de apartamentos de luxo numa área histórica de Salvador.
Calero pediu demissão alegando que Geddel o pressionou para que o Iphan derrubasse uma decisão contrária à obra. Geddel relatou ser dono de um apartamento no empreendimento.
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