GOVERNO24/NOV/2016 ÀS 17:56
Advogada autora do parecer responsável pelo impeachment de Dilma e, consequentemente, por alçar Michel Temer ao poder agora se diz 'decepcionada' com o atual presidente. Janaina Paschoal cobra 'providência' do ex-interino
A autora do impeachment Janaina Paschoal afirmou na última terça-feira, 22, que ‘para conduzir o Brasil, um verdeiro líder precisa ter a sensibilidade de notar que o País mudou’.
A advogada criticou a condução da denúncia do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero sobre a pressão de Geddel Vieira Lima, homem forte do presidente Michel Temer (PMDB), para liberar a construção de um prédio em que o baiano tem uma unidade.
Janaina Paschoal foi contratada pelo PSDBpara elaborar um parecer favorável ao impedimento de Dilma Rousseff.
Temer é Dilma?
“Sei que o presidente Michel Temer já manifestou que não pretende afastar pessoas com base, apenas, em alegações. Dilma também dizia isso”, escreveu Janaina no Twitter.
“Não adianta o governante se apegar ao princípio da presunção da inocência. Esse princípio vale para o processo penal, não para gestão pública”, prosseguiu.
Janaina Paschoal citou novamente a ex-presidente Dilma Rousseff. “Os sinais indicam que o presidente pretende trilhar o caminho de sua antecessora, passando a mão na cabeça de quem precisa ser afastado.”
Na mensagem seguinte, a advogada escreveu. “O primeiro crime de responsabilidade atribuído à Dilma foi de não afastar os envolvidos no escândalo do Petrolão, nunca vou cansar de lembrar.”
Resistência
Apesar da denúncia, o presidente Michel Temer resiste em afastar Geddel Vieira Lima.
O líder do governo na Câmara, deputado André Moura (PSC-SE), assim como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) também têm minimizado o caso e apoiado a permanência de Geddel.
Geddel
Articulador político de Temer, Geddel é alvo de processo na Comissão de Ética da Presidência da República acusado de pressionar o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de pressão para obter favores pessoais.
De acordo com Calero, o peemedebista o pressionou para que o o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão do MinC, produzisse um parecer favorável a um empreendimento na zona nobre de Salvador, onde Geddel é donod e apertamento.
Calero disse que o caso motivou sua decisão de pedir demissão na última sexta-feira (18).
O Ministério Público Federal defende suspensão das obras de luxo do prédio.
Os apartamentos de alto padrão, com quatro suítes e área de 295 metros quadrados, custam entre R$ 2,6 milhões e R$ 4,5 milhões.
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