Postado em 17 Nov 2016
Não tenho motivo para defender o ex-governador Anthony Garotinho, preso sob acusação de chefiar um esquema de compra de votos através de um programa social de Campos.
Mas, depois que escrevi aqui que a prisão dele era suspeita — casos explícitos de uso do poder econômico para manipular resultado de eleição não teve repercussão judicial, caso do prefeito eleito de São Paulo João Dória, acusado pelos próprios correligionários de comprar apoio para ser indicado candidato –, recebi algumas mensagens de leitores que me chamaram a atenção.
“Você precisa saber o que acontece em Campos”, disse uma leitora a respeito da atuação do delegado da Polícia Federal que prendeu o ex-governador depois de comandar o inquérito que apurou supostas irregularidades no programa social Cheque Cidadão, um tipo de Bolsa Família local que tem raízes anteriores ao próprio programa do Governo Federal.
O delegado da PF, Paulo Cassiano Júnior, teria feito campanha para o candidato que derrotou o grupo de Garotinho na cidade.
Achei difícil de acreditar.
Mas fui verificar através de links que ela me mandou e vi que, no dia 12 de setembro do ano passado, quando as pesquisas indicavam uma disputa apertada na cidade, saiu do celular (22) 99981-9922 a seguinte mensagem:
“Amados amigos, a corrente do bem não para de crescer. Aproxima-se o dia em que Campos será libertada da escravidão e devolvida e devolvida aos seus legítimos usufrutuários: os campistas. Vai ser diferente!!!”
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