Acusado com frequência de agir com viés político, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, participou de evento do MBL neste fim de semana e disse que o impeachment o deixou com um "duplo sentimento" de felicidade; ele também defendeu a ortodoxia fiscal, ao dizer que não se pode gastar mais do que se arrecada, mas Michel Temer fechará o ano com um rombo de R$ 172 bilhões
247 – Ao participar de um evento do MBL neste fim de semana, o ministro Gilmar Mendes disse que o impeachment da presidente Dilma Rousseff lhe deixou com duplo sentimento de felicidade.
Ele também negou que tenha ocorrido um golpe, muito embora muitos juristas sustentem que não ficou comprovado o crime de responsabilidade.
"Dada a não atualização da lei do crime de responsabilidade, que é de 1952, praticamente todo o processo de impeachment foi regulado pelo Supremo Tribunal Federal", afirmou. "O que faz parecer absurdo dizer-se que o Supremo compactuou com qualquer propósito de golpe, especialmente o Supremo, que hoje tem no seu quadro oito juízes indicados pelo governo petista de Dilma e por Lula", disse ele.
Gilmar também defendeu a responsabilidade fiscal.
"Às vezes eu digo que o Brasil é um país psicodélico. A ideia de que nós não devemos gastar mais do que arrecadamos parece algo óbvio nas nossas casas. Isso não é de esquerda nem de direita, mas isso se tornou um discurso de que quem faz isso é neoliberal. É algo extremamente extravagante."
No entanto, a paralisia do País, decorrente da articulação pró-impeachment desde a derrota do PSDB nas eleições presidenciais de 2014, impôs ao Brasil a maior recessão de sua história, que Michel Temer tem sido incapaz de debelar.
Neste ano, o rombo fiscal será o maior de todos os tempos, ficando próximo a R$ 172 bilhões.
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