18 de novembro de 2016 - 15h44
Os advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira informaram em nota que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vai comparecer a audiência de oitiva de testemunhas de acusação na Justiça Federal em Curitiba, Paraná. O juiz federal Sergio Moro aceitou pedido da defesa para que ele e a esposa Marisa Letícia sejam dispensados das audiências, que ocorrerá nos dias 21, 23 e 25 de novembro.
Na segunda-feira (21), serão ouvidos os empreiteiros Augusto Mendonça, Dalton Avancini e Eduardo Hermelino e o ex-senador Delcídio do Amaral. Na quarta-feira (23), será a vez do ex-deputado Pedro Corrêa, dos ex-diretores da Petrobras Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, e do ex-gerente da estatal Pedro Barusco. Os depoimentos do doleiro Alberto Youssef, do pecuarista José Carlos Bumlai, e dos lobistas Fernando Baiano e Milton Pascowitch estão marcados para a sexta-feira (25).
Também foi ampliado para mais 30 dias o prazo para que a Secretaria de Administração da Presidência da República, hoje comandada por Michel Temer (PMDB) após o golpe, examine os bens do ex-presidente Lula.
Moro quer que a Presidência avalie se os presentes recebidos ao longo do mandato foram irregularmente incorporados ao patrimônio do político ao invés de ficar com a União. Os materiais foram apreendidos durante a 24ª fase da Lava Jato e estavam guardados no Banco do Brasil.
Recentemente, quatorze anos depois da edição do decreto que trata do patrimônio da União, o Tribunal de Contas (TCU) determinou ao Palácio do Planalto que os presentes recebidos pelos presidentes da República sejam incorporados ao patrimônio. Estranhamente, o órgão afirma agora que o texto regulamentou os critérios de preservação de acervos privados da Presidência da República foi interpretado equivocadamente.
Do Portal Vermelho, com informações de agências
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