Depois de muito tempo sem encontrar a esposa de Eduardo Cunha, o que gerou suspeitas de parcialidade e cumplicidade, o juiz Sergio Moro finalmente decidiu incomodá-la. Nesta quarta-feira (9), ele rejeitou o pedido de Cláudia Cruz para ser julgada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro. Com a decisão, ela será interrogada pelo “justiceiro” em 14 de novembro, o que elevam as apostas de que a mulher do correntista suíço poderá ser presa em breve. A defesa da jornalista fez de tudo para evitar o interrogatório. Alegaram, na maior caradura, que as contas bancárias dela no exterior não têm relação com o esquema de corrupção na Petrobras. Mas o juiz considerou a desculpa “sem sentido”.
Sergio Moro encarou como provocação a atitude dos advogados. “A alegação de que as condutas imputadas à acusada Cláudia Cordeiro Cruz não estariam relacionadas à corrupção na Petrobrás não faz sentido, pois é ela acusada exatamente de ocultação e dissimulação de produto de crime de corrupção no esquema criminoso da Petrobrás... Se houve ou não lavagem, se agiu ela ou não com dolo (intenção), é questão de mérito e não de competência”, afirmou o juiz em seu despacho. Segundo reportagem do Estadão nesta quarta-feira (9), a situação do ex-todo-poderoso presidente da Câmara Federal tende a se complicar ainda mais.
“A decisão é mais uma derrota do casal Cunha na tentativa de evitar ser julgado pelo juiz Sérgio Moro, que determinou a prisão preventiva de Eduardo Cunha no mês passado, levando o ex-presidente da Câmara e responsável por aceitar a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT) para a prisão em Curitiba junto com outros grandes empresários e políticos detidos na Lava Jato. Na decisão, Moro apontou que o próprio Supremo Tribunal Federal remeteu a investigação sobre os parentes de Eduardo Cunha e até a ação penal contra ele, aberta pelo STF quando o peemedebista ainda tinha mandato, para a 13ª Vara Federal em Curitiba, de responsabilidade de Moro”.
Cláudia Cruz já é ré, acusada de evasão e lavagem de ao menos US$ 1 milhão em contas não declaradas no exterior. Segundo a Procuradoria Geral da República, estes valores vieram de propinas recebidas por Eduardo Cunha para “viabilizar” a aquisição, pela Petrobras, de 50% de um campo de exploração de petróleo na costa do Benin (África), em 2011. Com apoio do Ministério Público da Suíça, a Lava-Jato rastreou os recursos que aportaram na conta da esposa do lobista e identificou que eles foram usados, por exemplo, para pagar compras de luxo feitas com cartões de crédito no exterior. Os dois filhos do casal também seriam beneficiários do milionário esquema de corrupção.
“Parte dos gastos dos cartões de crédito, que totalizaram US$ 854.387,31, foram utilizados, dentre outras coisas, para aquisição de artigos de grife, como bolsas, sapatos e roupas femininas. Outra parte dos recursos foi destinada para despesas pessoais diversas da família de Cunha, entre elas o pagamento de empresas educacionais responsáveis pelos estudos dos filhos do deputado afastado, como a Malvern College (Inglaterra) e a IMG Academies LLP (EUA). Cláudia ainda teria mantido, segundo a denúncia, depósitos não declarados às repartições federais na offshore Köpek em montante superior a US$ 100 mil entre 2009 e 2014, o que constitui crime contra o sistema financeiro nacional”.
Ainda segundo o Estadão, Sergio Moro agendou o interrogatório de Cláudia Cruz e do empresário Idalécio de Oliveira, também réu na ação, para 14 de novembro, “seis meses depois de o juiz da Lava Jato aceitar a denúncia contra a mulher de Cunha. Antes, serão interrogados o ex-diretor Internacional da Petrobrás Jorge Luiz Zelada e o lobista João Augusto Rezende Henriques, apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção na Petrobrás... O interrogatório é a última etapa antes de o juiz ouvir as alegações finais das defesas. Nele os réus ficarão frente a frente com Moro e poderão responder a todas as acusações do Ministério Público Federal”.
O cerco parece se fechar contra Eduardo Cunha, o que aumenta a tensão no covil golpista de Michel Temer. Em várias ocasiões, o vingativo lobista já afirmou que ligaria o ventilador no esgoto no caso de sua família ser prejudicada. O tempo está se esgotando!
Sergio Moro encarou como provocação a atitude dos advogados. “A alegação de que as condutas imputadas à acusada Cláudia Cordeiro Cruz não estariam relacionadas à corrupção na Petrobrás não faz sentido, pois é ela acusada exatamente de ocultação e dissimulação de produto de crime de corrupção no esquema criminoso da Petrobrás... Se houve ou não lavagem, se agiu ela ou não com dolo (intenção), é questão de mérito e não de competência”, afirmou o juiz em seu despacho. Segundo reportagem do Estadão nesta quarta-feira (9), a situação do ex-todo-poderoso presidente da Câmara Federal tende a se complicar ainda mais.
“A decisão é mais uma derrota do casal Cunha na tentativa de evitar ser julgado pelo juiz Sérgio Moro, que determinou a prisão preventiva de Eduardo Cunha no mês passado, levando o ex-presidente da Câmara e responsável por aceitar a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT) para a prisão em Curitiba junto com outros grandes empresários e políticos detidos na Lava Jato. Na decisão, Moro apontou que o próprio Supremo Tribunal Federal remeteu a investigação sobre os parentes de Eduardo Cunha e até a ação penal contra ele, aberta pelo STF quando o peemedebista ainda tinha mandato, para a 13ª Vara Federal em Curitiba, de responsabilidade de Moro”.
Cláudia Cruz já é ré, acusada de evasão e lavagem de ao menos US$ 1 milhão em contas não declaradas no exterior. Segundo a Procuradoria Geral da República, estes valores vieram de propinas recebidas por Eduardo Cunha para “viabilizar” a aquisição, pela Petrobras, de 50% de um campo de exploração de petróleo na costa do Benin (África), em 2011. Com apoio do Ministério Público da Suíça, a Lava-Jato rastreou os recursos que aportaram na conta da esposa do lobista e identificou que eles foram usados, por exemplo, para pagar compras de luxo feitas com cartões de crédito no exterior. Os dois filhos do casal também seriam beneficiários do milionário esquema de corrupção.
“Parte dos gastos dos cartões de crédito, que totalizaram US$ 854.387,31, foram utilizados, dentre outras coisas, para aquisição de artigos de grife, como bolsas, sapatos e roupas femininas. Outra parte dos recursos foi destinada para despesas pessoais diversas da família de Cunha, entre elas o pagamento de empresas educacionais responsáveis pelos estudos dos filhos do deputado afastado, como a Malvern College (Inglaterra) e a IMG Academies LLP (EUA). Cláudia ainda teria mantido, segundo a denúncia, depósitos não declarados às repartições federais na offshore Köpek em montante superior a US$ 100 mil entre 2009 e 2014, o que constitui crime contra o sistema financeiro nacional”.
Ainda segundo o Estadão, Sergio Moro agendou o interrogatório de Cláudia Cruz e do empresário Idalécio de Oliveira, também réu na ação, para 14 de novembro, “seis meses depois de o juiz da Lava Jato aceitar a denúncia contra a mulher de Cunha. Antes, serão interrogados o ex-diretor Internacional da Petrobrás Jorge Luiz Zelada e o lobista João Augusto Rezende Henriques, apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção na Petrobrás... O interrogatório é a última etapa antes de o juiz ouvir as alegações finais das defesas. Nele os réus ficarão frente a frente com Moro e poderão responder a todas as acusações do Ministério Público Federal”.
O cerco parece se fechar contra Eduardo Cunha, o que aumenta a tensão no covil golpista de Michel Temer. Em várias ocasiões, o vingativo lobista já afirmou que ligaria o ventilador no esgoto no caso de sua família ser prejudicada. O tempo está se esgotando!
Fonte: Brasil 247
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