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sábado, 2 de fevereiro de 2013

'Antídoto' contra gás chega ao Brasil para tratar vítimas de Santa Maria


Medicamento hidroxicobalamina anula efeito tóxico do cianeto no organismo.
140 kits do remédio vieram dos EUA e serão distribuídos às vítimas no RS.

Lotes do medicamento doado pelos Estados Unidos, indicado para o tratamento de intoxicação por gás, chegaram ao Brasil na manhã deste sábado (2) para serem usados nas vítimas do incêndio ocorrido na boate Kiss, em Santa Maria (RS).  A expectativa do Ministério da Saúde é a de que o medicamento chamado de "antídoto" anule os possíveis efeitos tóxicos do cianeto no organismo.
O voo 243 da American Airlines pousou no aeroporto de Brasília por volta das 10h. Os 140 kits do medicamento hidroxicobalamina (vitamina B12 injetável) serão transportados em uma caixa por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) até Porto Alegre e Santa Maria, onde serão distribuídos aos hospitais em que há sobreviventes internados.
Chamado de “antídoto de gás tóxico”, a hidroxicobalamina ainda não está aprovada no Brasil, que possui apenas uma versão similar, porém menos concentrada.
Segundo o Ministério da Saúde, a oferta de hidroxocobalamina é “mais uma medida para assegurar tratamento às vítimas e complementa as medidas clínicas já adotadas”.
“Os 140 kits de hidroxicobalamina foram solicitados de maneira preventiva para atender os pacientes que necessitarem e já como reserva para caso de necessidade. Qualquer ação ou esforço que for necessário para salvar vidas será feito”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Cada kit de Hidroxicobalamina possui 5g e o medicamento é aplicado de forma intravenosa. A expectativa é de que a quantidade seja suficiente para anular os possíveis efeitos tóxicos do cianeto no organismo, mas a definição da dose a ser aplicada no paciente deve ser indicada pelo médico responsável.
O incêndio durante uma festa para universitários,em Santa Maria (RS), teve início quando a banda Gurizada Fandangueira fazia uso de artefatos pirotécnicos no palco. Segundo relatos de sobreviventes e testemunhas, e de informações divulgadas até o momento pela polícia:
- O vocalista segurou um artefato pirotécnico.
- Era comum a utilização de fogos pelo grupo.
- A banda comprou um sinalizador proibido.
- O extintor de incêndio não funcionou.
- Havia mais público do que a capacidade.
- A boate tinha apenas um acesso, para a rua.
- O alvará dado pelos Bombeiros estava vencido.
- Mais de 180 corpos foram retirados dos banheiros.
- 90% das vítimas tiveram asfixia mecânica.
Equipamentos de gravação estavam no conserto.

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