Estudantes também fecharam a Rua Real da Torre contra a PEC do Teto dos Gastos e a reforma do ensino médio
Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 10/11/2016 12:46
Protesto de estudantes interrompeu o trânsito na Rua Real da Torre. Foto: CTTU/ Divulgação |
De acordo com os manifestantes, a ação policial teria impedido a ocupação. A PM continua no local, proibindo a entrada de pessoas. "Os estudantes chegaram aqui para uma mobilização para a ocupação da escola. O diretor estava alteradíssimo,
agrediu verbal e fisicamente os estudantes e acionou a PM dizendo que a escola estava cheia de marginais, armados e fazendo baderna. A PM chegou soltando bomba de efeito moral, spray de pimenta. Os maiores foram presos e eles não deixa, ninguém entrar na escola. Eles querem calar a gente. Isso não pode ficar assim.Estamos lutando não só pelos direitos da gente, mas pelos direitos de todos", relatou a estudante Sílvia Maria Izaías de Carvalho, do movimento Ocupa CAC. Segundo os estudantes que permanecem no local, três pessoas foram encaminhadas pra Central de Flagrantes, alguns estudantes foram agredidos e chegaram a desmaiar, após inalarem o gás.
Também esta manhã, alunos da Escola Joaquim Távora interromperam o trânsito na Rua Real da Torre, nas imediações do Túnel da Abolição. A Companhia de Trânsito e Transportes Urbanos (CTTU) enviou uma equipe ao local. Há informações ainda não confirmadas de uma nova ocupação, desta vez em Olinda, na Escola Olinto Vítor.
Pelo menos duas escolas da rede estadual de Pernambuco estão ocupadas no Recife: a Escola Estadual Martins Júnior, no bairro da Torre, e a Escola Cândido Duarte, em Apipicos. Na Martins Júnior, o ato conta com mais de 100 apoiadores, entre alunos e ex-alunos do ensino médio e da modalidade de educação de jovens e adultos (EJA).
Pelo menos duas escolas da rede estadual de Pernambuco estão ocupadas no Recife: a Escola Estadual Martins Júnior, no bairro da Torre, e a Escola Cândido Duarte, em Apipicos. Na Martins Júnior, o ato conta com mais de 100 apoiadores, entre alunos e ex-alunos do ensino médio e da modalidade de educação de jovens e adultos (EJA).
O protesto também tem o apoio de entidades estudantis, movimentos sociais e advogados populares do estado, além de alguns pais de alunos. As atividades administrativas da escola foram mantidas para que o final do ano letivo não seja prejudicado. De acordo com os estudantes, que se queixam da precariedade do espaço físico da escola, ações de revitalização, pintura e restauração de algumas salas de aula já foram iniciadas. Nenhum conflito com a polícia ou comunidade foi registrado pelos estudantes, que relataram a presença pacífica de alguns policias militares na tarde ontem.
A comissão de comunicação do movimento também afirma que uma programação de palestras educativas e debates foi organizada para a semana. Entre os temas, estão o movimento LGBT e a inserção dos negros no mercado de trabalho. Oficinas e cine-debates também foram pautados na agenda dos estudantes. "O que a gente quer fazer é mostrar, junto à comunidade, a visão dos alunos sobre a escola que a gente deseja", dizem representantes da comissão. A ocupação pretende seguir por tempo indeterminado.
A comissão de comunicação do movimento também afirma que uma programação de palestras educativas e debates foi organizada para a semana. Entre os temas, estão o movimento LGBT e a inserção dos negros no mercado de trabalho. Oficinas e cine-debates também foram pautados na agenda dos estudantes. "O que a gente quer fazer é mostrar, junto à comunidade, a visão dos alunos sobre a escola que a gente deseja", dizem representantes da comissão. A ocupação pretende seguir por tempo indeterminado.
No bairro de Apipucos, a escola Cândido Duarte chegou a ser cercada por Policiais Militares, que intimidaram os estudantes e buscaram impedir a entrada de novos alunos na ocupação.
Interior - Em Nazaré da Mata, a Escola de Aplicação Professor Chaves (UPE), também foi ocupada, sendo a primeira da Mata Norte a aderir ao protesto. Em Petrolina, no Sertão do estado, a Escola Estadual Antonio Padilha segue ocupada há mais de uma semana, além da Escola Estadual Professora Adelina Almeida, ocupada na última segunda-feira.
Com informações das repórteres Carlol Sá Leitão e Nathália Fonseca
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