De acordo com o professor, o momento político é um dos mais graves da história do Brasil e a perseguição a Lula simboliza um golpe contra a democracia
03/11/2016 17h03
Professor, jornalista e ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral é um dos intelectuais e integrantes de movimentos sociais que vão se reunir no dia 10 de novembro, na Casa de Portugal, em São Paulo, pelo movimento “Por um Brasil justo pra todos e pra Lula”.
Em entrevista à Agência PT, Amaral explica
o motivo principal de se levantar a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “A defesa necessária não é a defesa do homem Lula. É a defesa do que ele simboliza”, afirma.
“A vítima não é o homem Lula. A vítima é a emergência das massas que se quer combater por seu papel político e de liderança ideológica. Ele simboliza um trabalhador que emergiu da luta sindical e, dentro do processo democrático, chegou à presidência da República para realizar mudanças em favor de uma sociedade inclusiva, democrática e libertária”, explica.
De acordo com ele, a Operação Lava Jato, comandada pelo juiz Sérgio Moro, “se transformou em uma farsa e em uma tragédia ideológica” que visa a destruição da figura política do ex-presidente.
“A Lava Jato pode trazer a destruição de direitos fundamentais conquistados após dezenas e dezenas de anos de luta dos trabalhadores, dos liberais, dos democratas e da esquerda deste País. Ela tem um adversário a ser alvejado, tem uma mira, e a mira se chama Luiz Inácio Lula da Silva. É preciso destruir Lula para destruir os avanços democráticos do Brasil”.
Em sua análise, o Brasil vive um dos piores momentos de sua história devido à combinação de forças que estão atuando contra os direitos da população.
“É um dos momentos políticos dos mais graves e dos mais inéditos. Pela primeira vez, nós temos em uma operação golpista a unificação de forças do poder Judiciário, do poder policial, da grande mídia, do grande capital e dos interesses internacionais. (Essa união) Está criando uma grande trama para impedir o desenvolvimento democrático do País”.
Por fim, Amaral afirma: “Nunca houve uma perseguição tão grave e tão mesquinha como esta de agora contra o ex-presidente Lula”.
Por Bruno Hoffmann, para a Agência PT de Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário