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domingo, 29 de setembro de 2013

CHANCE Está aberta a temporada de vagas de emprego para o fim do ano

Com o final do ano se aproximando, empresas precisam cada vez mais de mão de obra. Desafio para trabalhador é se efetivar

Publicado em 29/09/2013, às 10h45

 / Foto: Edmar Melo/JC Imagem

Foto: Edmar Melo/JC Imagem

Severino, Cícero, Heleno, Ricardo, Alexandre, Evaldo, José e Darcio entraram na Esposende como vendedores temporários. Foram contratados para atender o aumento do fluxo de clientes no Natal e Ano Novo. Hoje todos estão efetivados. Durante a temporada, apresentaram qualidades que foram além dos conhecimentos de português e matemática listados no currículo: mostraram-se proativos, comunicativos e interessados em aprender e entregar resultados. Esse é o perfil procurado pelo comércio e pelo setor de serviços, mas que não tem sido fácil de encontrar. Quem se encaixa nele tem boas chances de começar o ano com um emprego fixo. As empresas já começaram a abrir as portas para os novos funcionários. Somente na Região Metropolitana do Recife (RMR), 20 mil pessoas devem ser contratadas e 18% devem ser efetivadas.
Elas irão trabalhar principalmente nos cargos de vendedor, embalador, caixa e estoquista, sobretudo em lojas de vestuário, calçados, perfumaria e eletroeletrônicos. No ano passado, segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da capital, cerca 12% das vagas ofertadas não chegaram a ser preenchidas por falta de qualificação.
Heleno Josimar é um dos oito funcionários contratados que aparecem na foto acima. Ele foi gerente de outra loja durante quatro anos e, em 2012, decidiu entrar na Esposende como temporário para tentar fazer carreira na empresa. Hoje é ele quem repassa as dicas para os novatos. “Preço e prazo muita gente tem, mas o cliente também busca segurança e um bom relacionamento”, ensina. Foi com essa filosofia que Daniel Henrique dos Santos saltou do cargo de ajudante de Papai Noel no Shopping Recife para contratado do mall. Hoje ele trabalha no Espaço Cliente. Este ano, está fazendo seis anos de shopping. “É preciso sempre se aperfeiçoar e inovar”, afirma.
Uma pesquisa inédita encomendada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que a maior parte do comércio busca profissionais com idade entre 18 e 24 anos, enquanto os prestadores de serviço tendem a absorver funcionários de uma faixa etária superior, em especial entre 25 e 49 anos. No mercado local, por acordo firmado entre comerciários e lojistas, os profissionais entram recebendo, no mínimo, R$ 730 por mês, durante os três primeiros meses. Depois o valor sobe para R$ 780. Por lei, os temporários também devem ser remunerados por essa base. Mas, somada às comissões, a remuneração pode chegar a R$ 10 mil no final da temporada em lojas do segmento de luxo dos maiores shoppings.
Para quem procura uma vaga, a dica do presidente da CDL Recife, Eduardo Catão, é espalhar o currículo em lojas e associações de lojistas, sempre atento ao perfil da empresa, para que seja condizente com o que se busca. Na avaliação do presidente executivo da Associação dos Lojistas de Shopping de Pernambuco (Alshop), Ricardo Galdino, o atual clima morno do varejo é também uma boa oportunidade para os empresários se reciclarem e pensarem em novas formas de atração do cliente. 
Para ele, o quadro não deve ser muito diferente em 2014, quando Copa e eleições também devem contribuir para desviar a atenção e arrefecer as vendas. O comércio começou 2013 com expectativa de crescimento anual de 6%, mas inflação persistente, inadimplência, alta dos juros e do dólar forçaram o mercado a revisar o percentual para 4%. Neste Natal, o volume de vendas do comércio varejista deve crescer 4,5% no Brasil na comparação com o Natal passado.

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