Claudia Trevisan foi detida pela polícia depois de tentar entrevistar Joaquim Barbosa
29 de setembro de 2013 | 19h 55
O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, lamentou a prisão da correspondente do Estado em Washington, Claudia Trevisan, na universidade de Yale, nos EUA, quando ela tentava entrevistá-lo.
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Correspondente do 'Estado' é presa e algemada
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Barbosa afirmou, por meio da sua assessoria, que ficou sabendo do episódio apenas na manhã de sábado, informado pela organização do seminário "Constitucionalismo Global 2013", do qual participava, e que lamentava o episódio, já que a jornalista estava lá "apenas fazendo seu trabalho".
Claudia foi detida por cinco horas, primeiro em uma viatura policial e depois na delegacia da cidade de New Haven, onde fica a universidade, depois de tentar localizar o seminário do qual Barbosa participava. A jornalista havia sido incumbida pelo Estado de tentar entrevistar o presidente do STF. Ao procurar a assessoria da faculdade de direito, foi informada que o evento seria fechado. Claudia falou também com o próprio Barbosa, de quem ouviu que ele não daria entrevista, a quem disse, então, que o esperaria do lado de fora do evento.
A própria jornalista, ao chegar à universidade, procurou um dos seguranças da instituição para confirmar a localização do evento, quando então foi detida, algemada e teve seu passaporte retido.
Ficou uma hora presa dentro de uma viatura, sem poder telefonar, e outras quatro na delegacia, quando pode enfim fazer contato com a empresa. O Itamaraty foi então acionado e um representante do consulado em Hartford foi encontrá-la. Claudia foi autuada por "transgressão criminosa" e terá que se apresentar à Justiça americana no próximo dia quatro. O Estado contratou um advogado para defendê-la.
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