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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Presidente do STF lamenta prisão de jornalista do 'Estado' nos EUA

Claudia Trevisan foi detida pela polícia depois de tentar entrevistar Joaquim Barbosa


29 de setembro de 2013 | 19h 55
O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, lamentou a prisão da correspondente do Estado em Washington, Claudia Trevisan, na universidade de Yale, nos EUA, quando ela tentava entrevistá-lo. 
Barbosa afirmou, por meio da sua assessoria, que ficou sabendo do episódio apenas na manhã de sábado, informado pela organização do seminário "Constitucionalismo Global 2013", do qual participava, e que lamentava o episódio, já que a jornalista estava lá "apenas fazendo seu trabalho".
Claudia foi detida por cinco horas, primeiro em uma viatura policial e depois na delegacia da cidade de New Haven, onde fica a universidade, depois de tentar localizar o seminário do qual Barbosa participava. A jornalista havia sido incumbida pelo Estado de tentar entrevistar o presidente do STF. Ao procurar a assessoria da faculdade de direito, foi informada que o evento seria fechado. Claudia falou também com o próprio Barbosa, de quem ouviu que ele não daria entrevista, a quem disse, então, que o esperaria do lado de fora do evento.
A própria jornalista, ao chegar à universidade, procurou um dos seguranças da instituição para confirmar a localização do evento, quando então foi detida, algemada e teve seu passaporte retido.
Ficou uma hora presa dentro de uma viatura, sem poder telefonar, e outras quatro na delegacia, quando pode enfim fazer contato com a empresa. O Itamaraty foi então acionado e um representante do consulado em Hartford foi encontrá-la. Claudia foi autuada por "transgressão criminosa" e terá que se apresentar à Justiça americana no próximo dia quatro. O Estado contratou um advogado para defendê-la. 

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