Professor Edmilson e Teresa Leitão - dois dos postulantes à presidência estadual do PT - criticam decisão sobre manutenção dos postos
Publicado em 28/09/2013, às 06h26
A decisão de não deixar os cargos na administração de Pernambuco e do Recife – ambas comandadas pelo PSB – serviu para mais uma vez externar os problemas que o PT enfrenta no Estado. Ficou homologado, após a reunião, que o posicionamento externado pela Executiva Nacional, de permanecer com as alianças nos Estados, seria respeitado. Ontem, dois candidatos a presidência do partido em Pernambuco – Edmilson Menezes e Teresa Leitão – condenaram a forma como a decisão foi tomada pela instância estadual.
Para Teresa, o debate deveria ser em torno das alianças. “O que não podemos é ficar refém da posição de pessoas que não discutem a conjuntura. Ora, se temos em Pernambuco o presidente do PSB e ele é o candidato à reeleição nós estamos inseridos num contexto particular e não na orientação geral repassada pela nacional. Faltou um debate amplo de conjuntura mais uma vez”, condenou a deputada estadual.
Na mesma linha, Edmilson Menezes ponderou que a tendência que integra – ‘O Trabalho’ – defendeu ainda na primeira gestão Eduardo Campos que o PT não assumisse cargos. A mesma postura foi defendida após a derrota eleitoral que levou à saída da Prefeitura do Recife. “Nós somos tratados como aliados de terceira categoria tanto no governo quanto na prefeitura. Desde o início defendemos que o PT tivesse uma postura independente. O PT é tratado como capacho. Precisamos de uma discussão programática”, ponderou.
A falta de uma concepção de estratégia eleitoral para 2014 pautou o segundo dia de debates sobre o Processo de Eleição Direta (PED), promovido pela rádioJC News em parceria com o Blog de Jamildo. Teresa Leitão fez uma crítica direta ao deputado federal João Paulo e ao senador Humberto Costa, afirmando que as alianças não podem ser determinadas ao gosto de cada liderança. “Uma avaliação de aliança não pode ser pontuada em circunstâncias. Não podemos ser submetidos a determinado jogo”, apontou.
Menezes, por sua vez, defendeu o fim do PED, alegando tratar-se de um processo viciado que termina por beneficiar sempre os mesmos grupos políticos. “Uma das nossas propostas é justamente acabar com o PED e fazer uma reforma política dentro do PT”, destacou.
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